Pesquisar Neste blog

Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

25 janeiro 2015

Um Trem para Londres



Eu cheguei uma hora antes da partida do trem na estação central de Bruxelas. Meu destino era a cidade de Londres, um sonho de consumo antigo, uma metrópole como poucas no mundo.

Vencida a imigração, um tanto autoritária, sentei-me e fiquei esperando o trem da Eurostar chegar. Imaginei, com um pouco de ansiedade, as maravilhosas horas que se seguiriam. Um dia antes, havia feito o caminho de Amsterdam para Bruxelas, vendo paisagens inimagináveis, campos verdes, moinhos solitários, raios de sol rasgando o cinzento chumbo do céu, um pouco de neve preguiçosa teimando em se manter como cobertor sobre a terra.

Enquanto flertava com meus devaneios, a voz rouca do maquinista – deve haver outro nome, mas eu sou das antigas – informou em francês, inglês e alemão que o trem ia partir. Sentei-me perfilado, olhei pela janela, suspirei com sofreguidão e agucei os olhos para o espetáculo que se seguiria...

Confesso que os primeiros minutos foram um tanto frustrantes, pois a paisagem era aquela de periferia urbana, muitas casas amontoadas, nada mais do que tijolo e cimento. Mas em seguida, quando a cidade foi ficando para trás, o cenário começou a se descortinar. E então, veio a grande frustração! É que o trem não andava, ele voava a mais de 200 km por hora!

Sim, aquele trem deslizava pelos trilhos frios em direção a Londres numa velocidade de fórmula 1. Na verdade, ele é o resultado do progresso, da tecnologia que insiste em me lembrar em que tipo de mundo eu vivo. O trem corre, voa, não apita, não tem fumaça, não faz barulho! Esse é um trem para gente ocupada, que precisa chegar rápido, que tem reunião marcada, que vai enfrentar o trânsito, que precisa remir o tempo.

E foi com tristeza que segui me deslocando para Londres, de forma melancólica, vendo as paisagens borradas, pessoas que não tinham rostos, as imagens me imploravam para se agarrar a janela, mas eram despejadas pela força do vento, ficou tudo sem sabor, sem luz, sem poesia. Corre trem, sufoca a alegria, rasga o tempo porque a hora urge, rouba de nós a beleza do sol fazendo sombra nas árvores, dos pingos de chuva balançando nas folhas, das bolinhas de neve aglomeradas no teto das casas.

Corre trem, ninguém se importa mesmo com a paisagem, o que interessa não é o que há no caminho, mas apenas chegar ao destino. Corre trem, rouba de nós sonhos contidos, sufoca sensações adormecidas, faz a vida acontecer sem graça, com a brevidade que sequestra dos olhos aquilo que poderia virar soneto no coração. Vai trem, corre trem...

E assim eu cheguei em Londres, na hora certa, na estação correta, mas um tanto frustrado. Cheguei cheio de malas e vazio de emoções. A contemporaneidade nos roubou as coisas mais simples, amputou nossa sensibilidade, gangrenou nosso coração. Somos gente de lata, com nervos de aço, somos iguais ao trem da Eurostar, frios, rápidos e precisos.

Londres, inverno de 2015.
© 2015 Carlos Moreira
Outros textos podem ser lidos em http://anovacristandade.blogspot.com

16 janeiro 2015

A Religião e suas Gaiolas




Eu acho curioso quando pessoas ligadas à religião tentam patentear Deus. Sim, eles querem um deus domesticado, alguém que siga conceitos teológicos pasteurizados, costumes dietéticos, um deus que se submeta a convenções, que siga liturgias, que cumpra agendas, que consiga ser explicado, ainda que não possa ser compreendido.

Olhando esta geração, e conhecendo a história do cristianismo, penso que chegamos à última fronteira, não posso conceber algo pior. A igreja contemporânea tornou a idade das trevas medievais um parque de diversões. O que se faz hoje, em nome de Deus, reduziu a inquisição e as cruzadas a histórias de jardim da infância.     

No Brasil, o fenômeno religioso-cristão é passível de estudo. Ainda que templos e catedrais estejam lotados, as manifestações de fé são cada vez mais patológicas. A quantidade de gente adoecida por causa de crenças perversas e infundadas é alarmante. A religião tem esse poder: quando não sara a consciência, adoece todo o resto. Se Marx fosse vivo, diria que esse tipo de prática é o “Rivotril do povo”.  

O cristianismo brasileiro é, na verdade, uma hidra com muitas cabeças. A igreja de Roma tenta sobreviver à secularização, busca de todas as formas preservar heranças moribundas das práticas ibéricas que submergiram no Velho Continente. A igreja Protestante, por outro lado, é a expressão da perversão, resultado da alquimia que simbiotizou doutrinas judaizantes, positivismo filosófico, costumes das religiões Afro e o pentecostalismo americano do início do século XX. Exceções? Sim, existem, mas pouquíssimas!

Diante deste cenário, resta-nos perguntar: o que nós podemos fazer? Bem, penso eu, nada. Não creio que ação de homem algum, ou de instituição, doutrina, ideologia, métodos ou qualquer outra coisa seja capaz de alterar a situação. A solução não está no que se pode fazer, a partir da Terra, mas do que já está sendo feito, a partir dos Céus! Sim, Deus está se movendo há tempos, nós é que, talvez, ainda não tenhamos discernido. 

Um bom observador, contudo, vai perceber que estamos diante de algo muito próximo ao que aconteceu nos dias de Jesus. Naquele tempo, a religião de Israel adoecera de morte. As práticas eram lesivas, o sacerdócio havia se transformado em exercício político, a interpretação da Lei era tendenciosa, o Sinédrio estava corrompido, a fé havia se dessignifcado. A corrupção era tal que o lugar da adoração transformou-se em centro de comércio, impulsionava a Nação. Nada do que se fazia ali tinha significados para Deus, até o perdão tornara-se negócio, era vendido e comprado por preço. Tudo tão semelhantes aos nossos dias...

Mas Deus tinha seus próprios planos. Ele irrompeu as tradições, desprezou geografias pseudo-sagradas, ignorou hierarquias, sublevou interesses e enviou João, o batista, para o deserto. Lá, ele pregava o arrependimento e conclamava o povo a mudança de vida, afirmava que o Reino de Deus estava próximo, Reino de consciência e fé, não de aparência e opulência.

Na verdade, o Senhor sabia que Anás e Caifás não se converteriam, que Herodes não se renderia a Graça, nem tão pouco o Sinédrio se sensibilizaria ao Evangelho. Por isso João foi enviado ao deserto, sem Templo, sem utensílios sagrados, sem os rolos da Torá, sem lugar para sacrifícios, sem liturgias, sem levitas, sem nada que não fosse o Espírito Santo, a Voz do que clamava no deserto! Nós sempre imaginamos que a solução para tudo está do “lado de dentro” da igreja, mas Deus, não raro, começa agindo no deserto, do “lado de fora”!

Dali por diante, quebrados os paradigmas, o Galileu foi “destruindo” o que encontrou pela frente, mitos foram caindo, um por um. Ele afirmava as multidões: “Ouvistes o que foi dito aos antigos...” e expunha os preceitos caducos da Lei. Em seguida, todavia, afirmava com autoridade: “Eu, porém, vos digo...”, e dava novo significado a tudo. Com leveza, o Evangelho foi sendo fecundado no coração das pessoas e os simples de coração puderam entendê-lo.

A igreja cristã brasileira pensa ser proprietária da fé em Jesus. Católicos e Protestantes se arvoram como legitimadores do Evangelho. Trancafiados em suas “gaiolas”, imaginam que o Senhor juntou-se a eles. Engano. Deus é claustrofóbico! Saiu da “arapuca” faz tempo. Aqueles que ainda enxergam e são honestos sabem que o “sistema” está condenado! Sim, há muita gente boa na Instituição-Igreja, gente de Deus, mas a luta deles é inglória, não há como salvar aquilo que já nasceu condenado. A igreja de Jesus triunfará! A dos homens, não...  

É tempo de perceber o que o está acontecendo! Milhares começam a surgir, de todos os lugares, filhos da Esperança e da Graça, e esses não estão vinculados a nada, são apenas pessoinhas do bem, gente de coração singelo e boa consciência, sem tradições, sem liturgias, credos ou dogmas. Eles vão por aí, estão em pequenos grupos, em ajuntamentos informais, comunidades livres, partem o pão, falam com Salmos, sensibilizam-se com as dores das pessoas, comprometem-se com ações que promovam a dignidade humana e a preservação do Planeta.   

O que posso lhe dizer, depois destes mais de 30 anos caminhando com Jesus, é que “O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai”. Há, novamente, muitas vozes que clamam no “deserto” e elas estão anunciando o arrependimento e a Salvação. Algo está se movendo, cada vez mais veloz, o Vento está soprando, livre e leve, portanto, discirna para onde está indo e siga junto com ele.

© 2015 Carlos Moreira

Outros textos podem ser lidos em http://anovacristandade.blogspot.com

13 janeiro 2015

Alzheimer Espiritual

Você está decepcionado com a igreja? Foi enganado por um pastor ou sacerdote? Você foi manipulado, iludido, espoliado? Sente-se como um “desigrejado”, como alguém que não cabe mais em lugar algum? Então essa mensagem é para você! Nela, vamos tratar do que denominei chamar “Alzheimer Espiritual”? Sabe o que é? É quando Deus vai sendo apagado em nós, quando os vestígios de Deus vão sendo, sucessivamente e lentamente, diluídos, subtraídos tanto da consciência, quanto do coração. Por diversos fatores essa "enfermidade espiritual" pode nos atacar, mas, quando isso ocorre, o que sobra em nossa existência é a prática de uma religiosidade baseada em retóricas, uma religião que produz apenas espasmos na alma, uma espiritualidade calcificada, onde a alegria e o bem de cada dia deu lugar à sequidão de espírito e a angústia de ser. Viver neste estado é existir para fora, amargando habitar um corpo que não tem alma, sendo refém de uma mente domesticada por regras e condicionamentos, longe de toda possibilidade de pacificação. Assista a mensagem!

09 janeiro 2015

Tiete da Religião ou Filho do Evangelho?



A religião muda rotinas. 
O Evangelho muda pessoas...
A religião se propõe a ocupar prédios.
O Evangelho se dispõe a ocupar mentes...
A religião molda as pessoas. 
O Evangelho muda as pessoas...
A religião consegue transformar pessoas boas em más.
O Evangelho é capaz de transformar pessoas más em boas...
Na religião, a Verdade é uma ideologia.
No Evangelho, a Verdade é uma pessoa...
A religião anestesia o pensamento.
O Evangelho reconstrói a consciência...
A religião se ocupa em edificar impérios.
O Evangelho se compromete a edificar pessoas...
A religião desafia você a ler as Escrituras.
O Evangelho instiga você a encarná-las...
Na religião, a confissão é uma liturgia do culto.
No Evangelho, a confissão é uma liturgia da vida...
Na Religião:
“Sem dízimos, nada podeis fazer.
No Evangelho:
"sem Mim, nada podeis fazer"...
Na religião, arrependimento é um pesar por aquilo que eu faço.
No Evangelho, arrependimento é a consciência sobre quem eu sou...
A religião põe a bíblia em suas mãos.
O Evangelho a põe em seu coração...
A religião propõe uma Reforma.
O Evangelho, uma nova forma...
Na religião, há muitos culpados e muita culpa.
No Evangelho, há muitos culpados e nenhuma culpa...
A religião raciocina com a categoria do "todos por Um". 
O Evangelho, com a factualidade do "Um por todos"...
A Religião muda à forma.
O Evangelho muda a "fôrma"...
Vem e segue-me, propõe o Evangelho. 
Vem e senta-te, propõe a religião...
O Evangelho lhe desafia a seguir a Jesus.
A Religião lhe propõe seguir-se a si mesmo...
A religião nos leva a buscar coisas.
O Evangelho nos desafia a abraças causas...
O Evangelho propõe: "Negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me".
A Religião propõe: "Negue a sua cruz, tome a si mesmo e siga-se"...


Agora, a pergunta que não quer calar: você é religioso ou é gente do Evangelho?

Carlos Moreira


08 janeiro 2015

Livre de Todos, Mas Escravo da Consciência



Alguém muito querido, e muito sincero, falou comigo pelo in-box e relatou que, depois de ver uma foto minha com um amigo tomando uma “breja”, sentiu-se desejoso de 
voltar a beber. E assim, ele foi tomando uma, duas, três, até que, inadvertidamente, tomou todas...

Bem, ele me confessou o caso e assumiu a responsabilidade pelo ato, mas pediu, com carinho, que eu revisasse minha postura quanto a tomar minha cerveja.

Então, eu respondi...

Mano, entendo o seu drama e entendo que, talvez, você tenha problema com a bebida e precise se conscientizar disto. Mas veja a questão por um ângulo mais amplo... Você imaginou que, se eu posso tomar minha cerveja, você também pode e isso ascendeu o desejo de voltar a beber. Mas ai você se excedeu e, por conta disto, agora acha que eu também não devo beber, uma vez que, fazendo assim, estimulo outros a igualmente fazê-lo.

Agora suponhamos que eu deixe de beber por conta disto... Mas aí, chega a sexta feira e eu vou na casa de uns amigos para jogar umas partidas de dominó. Noite rolando e um destes amigos posta uma foto da mesa de jogo no FB. Pois bem, ocasionalmente, alguém que me segue e é também viciado em jogo, acaba vendo essa imagem e, daí por diante, aquela "cena" passa a se constituir o álibi perfeito para que esse tal volte ao vício da jogatina.

Pois bem, chocado com o ocorrido, eu, “obviamente”, deixo também de jogar, para evitar ser um escândalo ao meu irmão. Mas, como se sabe, pastor é convidado para ir a muitos lugares, e, sendo assim, acabo indo a uma festa de aniversário. Chegando lá, sou servido pela dona da casa que me traz uma deliciosa torta de chocolate. Com todo o prazer, eu como a torta e me lambuzo todo. Minha filha Gabi, que adora fotos, posta, então, a imagem desta cena hilária na minha linha do tempo no FB. Mas, desgraçadamente, alguém que me segue e tem compulsão alimentar, me vendo comer a bendita torta, volta a ter problemas com a glutonaria. E é assim que eu paro de comer tortas...

Finalmente, como resultado do dia de Natal, eu posto uma linda foto com minha esposa na qual não estou, nem bebendo, nem jogando e nem comendo. Mas naquela foto, estou vestindo uma camisa nova que ela me deu de presente, linda mesmo! Infelizmente, e para meu desgosto, alguém que me segue no FB e tem compulsão por gasto, não conseguindo ver aquela imagem, acaba caindo novamente em tentação com o cartão de crédito. Dias depois, fico sabendo que a pessoa foi ao shopping e detonou geral, e o pior de tudo, voltou para as mãos dos agiotas.

E foi assim, desta forma triste, que eu deixei de viver! Sim, foi isso que me aconteceu, pois eu perdi, totalmente, minha individualidade e, com ela, minha liberdade. Tornei-me um escravo dos outros e, por “amor” aos outros, deixei de existir.

Ora, em absoluto é isso que as Escrituras afirmam sobre, por amor ao mais fraco, alguém deixar de fazer algo! Quando Paulo trata deste tema, em 1ª. Co. 8, o contexto imediato é a comida sacrificada aos ídolos, a qual era comprada ou consumida na feira, onde a maioria dos alimentos havia sido consagrado para os cultos tanto no templo de Apolo, quanto de Afrodite. Paulo, então, está tratando de uma questão específica, num contexto próprio, e faz uso, inclusive, de recursos literários, como a hipérbole do verso 13, para ratificar seu pensamento.

Para se ter uma ideia, a questão era a seguinte: a mente debilitada do neófito, que acreditava nos mitos das religiões pagãs, sobretudo a grega, acabava estimulada pela superstição e, desta forma, levava o indivíduo a viver eternamente dependente dos deuses, o que acarretava, por consequência, a não compreensão da liberdade do Evangelho e da salvação em Jesus. Ou seja, o que temos ali é uma questão essencial à fé e não algo de cunho meramente existencial.

No meu pensar, todavia, é óbvio que Paulo não está recomendando que nunca mais alguém tenha a liberdade de comer algum alimento pelo fato dele ter sido consagrado ao ídolo, pois ele mesmo diz que, recebida com ação de graças, todas as comidas estão santificadas para o uso! O que se subentende, então, é que, ainda que eventualmente julguemos que devamos nos privar de algo, por amor àquele que tem uma consciência fraca, não precisamos viver desta forma, mas usar a pedagogia e o discipulado para instruir aquele que é débil na fé a chegar a maturidade em Cristo!

O exemplo que dei acima é bastante simplista, mas factível! Agora, imagine que alguém se escandalize pelo fato de você usar calça jeans, o que é totalmente compatível com algumas doutrinas de igrejas pentecostais. Com sinceridade, você deixaria de usar a calça por causa da debilidade do pensamento desta pessoa? Ora, se não, então essa aplicação sobre a liberdade serve para algumas coisas e para outras não? Será que nós vamos ter de fazer uma planilha com o que pode e o que não pode ser feito?

Por isso, o mesmo Paulo que trata o tema de 1a. Co. 8, afirma, em Rm 14:22 “Bem aventura aquele que não se condena naquilo que aprova”. É assim que eu penso, com sinceridade e respeito pelo meu semelhante em suas fraquezas, mas não me tornando refém de nada nem de ninguém.

Para terminar, deixo essa frase de Harriet Tubman como reflexão final: "Libertei mil escravos. Podia ter libertado outros mil se eles soubessem que eram escravos". Cabe tão bem...

Beijo a todos!


PS: Eu sei que a maioria não vai concordar, mas alguns vão começar a acordar depois desta reflexão... E eu? Bem, eu continuo livre de todos e escravo de Cristo!

Carlos Moreira

Mais Lidos

Músicas

O Que Estamos Cantando

Liberdade de Expressão

Este Site Opera Desde Junho de 2010

É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

Visualizações de Páginas

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More