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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

07 julho 2015

O que Significa ser um Pastor?



O que vem a ser um pastor? Cabe aqui tentar definir visto que, o conceito que se tem hoje sobre esse indivíduo e a função que ele deveria desempenhar na igreja, está completamente equivocado e isso conforme o Evangelho. 

Pastor não é um título eclesiástico, mas um encargo que se recebe na vida, não é uma posição de diferenciação ministerial, mas um chamado ao serviço humilde e solidário aos homens.

Pastor não é um “iniciado” entre leigos errantes, nem um “ungido” entre os desviantes, mas um homem chamado para ser o coração de Deus entre os homens e o coração dos homens diante de Deus.

Pastor não é um déspota autoritário, não é um general, ele dirige com sabedoria, exorta com paciência, corrige com amor e disciplina com zelo. Sua autoridade lhe foi dada para edificar, não para destruir, e aqui entenda-se como autoridade a capacidade de ser servo dos demais, pois quem lava os pés dos irmãos tem também o direito de lhes redarguir com carinho.

Pastor não é o super-homem, é homem de carne e osso, mais carne do que osso, ou seja, pastor é gente! Ele se entristece, se desmotiva, tem crises de ansiedade, medo e depressão. Desconfie sempre de um pastor que só vive sorrindo e distribuindo beijinhos para a plateia. Certamente, está diante de você um personagem que a igreja criou, mas não um homem com todas as suas dores e contradições.

Pastor não é um marajá da fé, nem um funcionário da instituição ou um servidor do templo. Ele pode receber pelo seu trabalho, mas melhor seria se tivesse seu próprio emprego e fosse capaz de prover seu sustento. Dê dinheiro em excesso a um pastor e haverá uma enorme possiblidade dele se corromper, de deixar de pregar o que é preciso para passar a discursar sobre o que é desejado pela comunidade.

Um pastor deve ensinar com profundidade e com responsabilidade. Triste será a igreja que tiver pastores rasos, tanto de bíblia quanto de outros saberes indispensáveis a articulação da fé com a vida. Mas o pastor não é infalível, não é inerrante nem o dono da verdade. Ele deve ser coerente com o que acredita, mas ele não tem que crer igual a você, há espaço para a diferença dentro de toda comunidade sadia e saudável.

Pastor é um amigo presente, um conselheiro prudente, ele é capaz de ouvir com mansidão, de guardar segredos, de repartir sofrimentos. Pastor não é psicólogo, ele não usa técnicas para fazer anamnese, pastor se envolve, se emociona, seu trabalho é chorar com os que choram, se alegrar com os que se alegram.

Pastor tem ética, disciplina, tem caráter. Ele precisa do testemunho público da sociedade, precisa ser bom profissional, bom marido, bom pai, bom filho, bom cidadão. Ele não é infalível, mas precisa ser uma referência. O pastor é um pai para os órfãos da vida, um amigo para o solitário, um abrigo para os cansados, um alento para os oprimidos.

Que bom seria se tivéssemos mais pastores. Contudo, com tristeza, ei de admitir, eles estão se extinguido, rapidamente, silenciosamente. Em seu lugar surgiram profissionais da fé, estelionatários da Verdade, traficantes de influências do sagrado, sequestradores do bem. Faz falta pastores conforme o coração de Deus. Sim, faz muita falta...


© 2015 Carlos Moreira

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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