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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

26 janeiro 2016

A Ceia só é Santa se a Fome for Farta



Santa Ceia? É ser pão para o faminto e vinho – alegria – para o oprimido de alma. O resto é rito dominical elitizado para uma igreja cauterizada de mente e gangrenada de coração.

Compreenda, portanto, que todo memorial que não aponta para a vida e não se faz carne e sangue no Caminho, para nada aproveita, é tradição religiosa que reverbera apenas como piedade perversa. 
A mística do Corpo e do Sangue servem para aguçar o Espírito em nossa consciência quanto ao Evangelho, essa é a benção, sermos livres do egoísmo que opera em nós, pois não há nada que produza mais doença do que ser autocentrado.  

Jesus afirmou que era o verdadeiro Pão que havia descido do Céu, e assim, arrematou: "A minha comida e a minha bebida é fazer a vontade de meu Pai". Ora, nós já sabemos que a vontade do Pai é ser amado no próximo. O outro, portanto, é o altar onde eu devo realizar o meu serviço, pois, só fazendo assim, é que o Senhor virá até nós, sentará à mesa e cerará conosco.

Quando Jesus declarou na Eucaristia: "Fazei isto em memória minha", ele não tencionava induzir ninguém a repetir um rito sem qualquer entendimento, pois, em verdade, aquele ato significava algo com uma perspectiva muito maior! Chega a ser bizarro imaginar que Jesus desejava que comêssemos pão e vinho, fizéssemos o sinal da cruz, cara de piedade e voltássemos saltitantes para nossos lugares no culto.

Na verdade, a fala do Senhor, ao depois, desdobrou-se de forma mais profunda e consistente no fato dele ter dado a Sua vida em prol do mundo! Então, Santa Ceia é aquilo que me leva, a partir do rito e dos símbolos, a entender que eu também devo ser pão para os outros, que devo gastar minha vida em prol de amenizar a dor dos que não possuem esperança. Que melhor maneira de anunciar a "morte e a ressurreição do Senhor" que não esta? 


Em absoluto, é propósito de Deus que, semana após semana, ano após ano, o indivíduo faça o "árduo" caminho do banco até o altar para tomar a sua Ceia e voltar ao seu lugar, tão inerte de consciência e insensível de alma quanto estava antes.

E assim, a Ceia só se torna Santa se a fartura da mesa seja tanta que chegue até os miseráveis e indigentes da Terra. Caso contrário, é apenas pão, vinho, religiosidade e descaso...



Carlos Moreira

O Jejum que Alimenta o Coração




O jejum, no meio evangélico, é uma espécie de “Espinafre do Popeye”, o sujeito faz uso dele como um suplemento espiritual com vistas a se fortalecer, tornar-se mais ungido, mas destemido na sua luta contra o diabo, é algo travestido de sobrenaturalidade, não obstante não passe de uma prática supersticiosa e vazia.

Sim, o Jejum de Jesus foi feito como preparação para a oferta de si mesmo ao mundo, portanto, correlatamente, ele deve ser algo que aguça a consciência e fortalece o coração para a ação solidária e generosa com o outro no chão da vida.

O jejum tem, sim, esse poder de nos mover para fora de nós mesmos, ele leva a fixar o olhar para o que está no entorno, para as realidades dramáticas que nos cercam, como a dor, a miséria e a injustiça contra aquele que é nosso igual.

Isaías, no capítulo 58, já advertia a Nação de Israel quanto a esse jejum ascético, auto-indulgente e meritório, que visa fazer chantagem emocional com a divindade com vistas a tirar proveitos dela. Já ali, numa sociedade experimentando um desequilíbrio social grave, há a denúncia do abandono dos pobres em detrimento do exercício de uma espiritualidade oca, que imaginava que Deus desejava que o abastado se privasse de pão por um ou dois dias, enquanto o faminto agonizava sem ter o que comer.

O único jejum que agrada a Deus é aquele que você faz para o benefício do outro, um jejum que remove a lepra da alma para torná-la sensível ao sofrimento humano, o jejum que traz algum proveito alimenta o coração de solidariedade, move mãos e pés na direção dos indigentes da terra, dos esquecidos e soterrados sem qualquer esperança.

Tudo o mais, para mim, é só fuleragem, não é necessário se fazer um curso para aprender o óbvio! Com o que está dito aí, você já está diplomado em jejum, não precisa de mais nada...


Carlos Moreira

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