“Homem é o que sois, não máquina”. A frase de Chaplin rasga como bisturi e expõe com precisão o drama deste tempo. Estamos num processo de desumanização acelerado, involuímos tão dramaticamente que é aterrorizante não termos nos apercebido. A revolução industrial, que encheu de esperanças visionários, serializou, juntamente com as coisas, as pessoas. Tornamo-nos massificados, perdemos toda singularidade, somos o homem commoditizado. O desenvolvimento da ciência, por outro lado, ao invés de produzir equilíbrio e justiça, criou multidões de excluídos, aprofundou misérias. A verdade é que o século XX sepultou as últimas ideologias, até a religião foi a óbito. O socialismo fez do homem uma peça...