Quando em 1960, Manfred E. Clynes usou o termo “Ciborgue” – um ser dotado de partes orgânicas e cibernéticas – já se referia a possibilidade de se estabelecer uma conexão entre os seres humanos e as máquinas, entrelaçar mente e matéria, o que abriria uma nova fronteira para a civilização. Hoje, olhando para as possibilidades da biomecânica, da engenharia genética e da inteligência artificial, percebemos o quanto Clynes foi assertivo em suas considerações. Ora, além das questões técnicas e éticas que envolvem essa grande revolução, meu olhar deseja ir em direção a um campo pouco considerado nestas circunstâncias: as implicações espirituais e psicossociais. Que estamos diante de uma nova era,...