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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

28 março 2012

Tolerando os Intolerantes!



Certa vez, navegando pela internet, dei de cara com um texto que tratava da discussão entre católicos e protestantes a respeito da foto de uma matéria onde, aparecem o papa da Igreja de Roma, o arcebispo de Cantuária, da Igreja Anglicana e o patriarca da Igreja Ortodoxa Oriental.

Percebi também, depois, que já havia discussões sobre a foto nas redes sociais. Protestantes atacavam ferozmente uma fiel católica que se alegrava com o fato de que seu líder espiritual visitaria o Brasil em breve. Apenas isso foi motivo para toda sorte de acusações, intolerâncias e impropérios. Um deles, inclusive, citou que o Papa era a Besta, e ainda teve o despautério de dizer que isso estava nas Escrituras! Volta logo, Jesus!

Já há muito fujo desse tipo de “debate” inútil, pois me lembro de Paulo aconselhando seu filho na fé, Tito, dizendo-lhe para evitar tais conversações. Mas a coisa me pareceu tão absurda que eu não suportei. Entrei no jogo, na briga!

Comecei publicando um comentário no site que veiculava o texto em questão chamando os “irmãos” à reflexão de suas posturas discriminatórias, da falta de respeito pela fé do outro, da inexistência de tolerância e amor. Lembrei questões históricas já superadas e que devemos nos ater àquilo que nos une, e não ao que nos divide ainda mais. Tudo em vão...

Na verdade, a coisa só piorou! Quem sabe há agora gente mais lúcida para entender essas linhas. Mas não me surpreenderá se a grande maioria me “passar o rodo!”. Fazer o quê? Talvez, quem sabe, usar como conforto a famosa frase de Victor Hugo: “A tolerância é a melhor das religiões”.

Duas passagens narradas no Evangelho de Mateus acabam tendo relação com tudo isso que argumentei: “Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé”, Mt. 8:10. “Jesus respondeu: Mulher, grande é a sua fé! Seja conforme você deseja”. E naquele mesmo instante a sua filha foi curada”, Mt. 15:28.

Eu poderia me servir de uma infinidade de textos que quebram esses paradigmas de patente do “DNA” do sagrado, essa ufania que gera a ilusão de que Deus faz acepção de pessoas, a pretensão de muitos em achar que estão salvos por causa de sua religião, dogmas e confissões, e não por causa do Sangue de Jesus e de Seu sacrifício eterno! Bem escreveu Arturo Graf, poeta literário e crítico italiano: “São pouquíssimos os homens capazes de tolerar, nos outros, os defeitos que eles próprios possuem”.

Mas esses dois textos que citei acima me bastam, ainda que saiba que não bastará à grande maioria... Nas duas passagens citadas, a maior fé encontrada em Israel não era de um hebreu, de um fariseu ou escriba, nem de um membro da confraria do sinédrio, nem mesmo do sumo sacerdote! Era a fé dos “expurgados”!

No primeiro caso, de um homem que está para além dos muros da religião, um soldado romano que nada conhecia das tradições de Israel. Sim, a esse “ser” que parece excluído das “rotinas” da religião, Jesus atribuiu a maior fé que Ele, até então, havia visto!

No outro texto, encontramos na narrativa uma mulher grega – siro-fenícia. Ora, o fato de ser mulher e estrangeira, desgraçadamente, já a tornava excremento social, imundice encarnada, em se tratando de um judeu. Espiritualmente, ela estava totalmente exilada de qualquer possibilidade de misericórdia. Era como se ela fosse impermeável à Graça. Mas Jesus – palavras minhas – disse: “Tô nem aí!”, e lhe atribuiu grande fé. Por causa dela, inclusive, sua filha foi curada!

A intolerância religiosa não é algo novo nem se restringe à centenária disputa entre católicos e protestantes. É próprio da religião produzir nas pessoas esse tipo de sentimento, ao contrário do que acontece no Evangelho, onde o “espírito” é de outra natureza, pois a prostitua foi despedida em paz – “vá, não peques mais” – e o “jovem rico”, que cumpria toda a lei e era observador dos ditames da “constituição” divina, voltou para casa entristecido e esvaziado de sentidos e significados para a vida.

Quanta arrogância e intolerância vejo entre mui-tos dos protestantes! Para esses, o exemplo dos judeus não foi suficiente. Eles, que se achavam o povo escolhido, foram desprezados e colocados “do lado de fora” até que possam aprender o que significa: “misericórdia quero, e não holocaustos”!

Como afirmou o apóstolo Paulo, e agora aplicando “aos da Reforma”, como podes tu, que eras “oliveira brava”, e fostes enxertado na “Videira”, não ter temor e tremor por tua salvação, sabendo que eras “povo de Zebulon e Naftali”, da “Galileia dos gentios”, e só vistes resplandecer em ti a “Luz” porque a Graça vazou pelas frestas da tumba da religião em tua direção?!

Como pode, no século XXI, depois de tantos exemplos do que a religião já produziu em termos de intolerância, mortes, genocídios, torturas, perseguições, injustiças, a humanidade ainda alimentar tais sentimentos e pensamentos?

Lembrando desses que se acham melhores que os outros, indago: quem és tu para julgar o teu irmão? Quem te deu a autoridade para legislar na Terra quem ao céu irá? Quem disse a ti que tua religião é o cartório do Altíssimo, que autentica nos átrios da existência caída aqueles que serão chamados à festa do perdão?

E aqui posso utilizar a figura de Melquisedeque, sacerdote de Salém, que não tinha “heranças espirituais”, nem “genealogias sagradas”, que saiu do “nada” e para o “nada” voltou. Mas Abraão, o Pai da fé, lhe deu o dízimo e lhe reconheceu como sendo enviado por aquele que demonstra ter misericórdia por quem lhe aprouver!

Ora, para todo aquele que ainda alimenta tais preconceitos e discriminações, deixo esta preciosa reflexão: “Por que ser desagradável quando, com um pequeno esforço, você pode ser intolerável?”, Fran Lebowitz, escritora norte-americana.

No mais, ninguém me moleste, pois eu já trago na consciência e no coração as marcas do Evangelho de Jesus de Nazaré, amigo de publicanos e pecadores!

Carlos Moreira

24 março 2012

Toda Segunda-Feira...



Toda segunda-feira eu acordo cansado, levanto como um autômato da cama e faço tarefas corriqueiras com os olhos ainda fechados. Ah como as repetições me enfadam, drenam minha energia, roubam minha alegria. Mas é preciso seguir... Olho-me no espelho e repito comigo mesmo: “The show must go on!”.

Toda segunda-feira eu vou começar alguma coisa. Há semanas em que vou iniciar um regime, em outras vou passar a me exercitar e existem aquelas em que eu decidirei consertar certas coisas que estão precisando de reparo. Ainda bem que isso só acontece às segundas-feiras. Como disse Oscar Wilde: “A vida é muito importante para ser levada a sério.”.

Toda segunda-feira eu vou terminar alguma coisa. Sim, segunda-feira, para mim, é o dia perfeito para as desistências. Eu penso em parar de me estressar tanto, mudar de profissão, de empresa, de “ministério”, passar apenas a escrever. Alguém certa vez me perguntou: “Pastor, o senhor já pensou em desistir?”. E eu respondi: “Sim... toda segunda-feira penso nisso e prometo a mim mesmo que vou parar”. Mas a “roda” continua girando, a “engrenagem” nunca se cansa, essa “coisa” tem um apetite infinito, só se sacia com a sepultura.

Toda segunda-feira eu me deparo com tudo o que ficou “entulhado” da semana anterior. Incrível, mas os problemas ainda continuam lá! Pendências de pagamentos, clientes insatisfeitos, funcionários inconformados, parceiros desesperados, e minha mesa cheia de papéis. A agenda sinaliza a “brutalidade” da semana que está por vir. São tantos com-promissos que eu fico cansado só de olhar. Sexta-feira, todavia, todos terão sido cumpridos, ou, pelo menos, a maioria deles. Alguns me darão prazer, outros não. É a vida...

Toda segunda-feira o trânsito está pior que nos outros dias, o semáforo demora mais que de costume, o clima está mais quente. Por incrível que pareça, é na segunda que o celular não dá sinal, o computador demora mais para inicializar, a internet parece movida a lenha, o rádio toca música ruim, a comida vem salgada, o café frio, há fumaça demais e paciência de menos. Piora quando chove... Aí é o caos.   

Toda segunda-feira eu me deparo comigo mesmo. Nesse dia gosto menos do que vejo do que em outros. Aqui estou eu e os meus 46 anos... com uma estranha sensação de inutilidade, de vazio, de “fazer o quê?”. Nas segundas meus problemas ficam maiores; meus defeitos, piores. Surgem todas as dores e elas parecem mais agudas que nos outros dias. De fato, na segunda seria melhor não sair da cama, mas a vida me chama para cumprir a velha e pálida rotina.

Toda segunda-feira eu penso em fazer algumas coisas boas... Ligar para um velho amigo, visitar minha avó, comprar algo que me dê satisfação ou até andar pela rua sem destino. Segunda-feira é o dia oficial dos prazeres impossíveis, dos sonhos não realizáveis e das promessas feitas ao vento.

Toda-segunda-feira eu me lembro de Jeremias. Suas palavras soam como um mantra em meus ouvidos: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; renovam-se a cada manhã.”. Acho que é por isso que continuo a fazer tudo que tem de ser feito depois da segunda. Sim, se não houvesse essa tão preciosa esperança, eu sucumbiria logo no começo da semana.

Bem, tudo isso acontece comigo às segundas-feiras. Talvez com você seja em outro dia... Talvez você nem passe por nada disso, talvez tenha chegado a um nível bem acima do meu, a um platô que almejo, quem sabe, um dia alcançar... É que sou ser rasteiro, fragmentado. Queria mesmo era ser como o Drummond: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica for-ma de felicidade.”. Mas fazer o quê?

Obrigado, Senhor, pelas segundas-feiras! Obrigado por me acolher todos os dias da minha vida, sobretudo nesses em especial. Obrigado por tornar tudo possível, até eu mesmo viável, e pela Tua Graça que acolhe os caídos da existência, gente como eu, ou, quem sabe, gente como a gente...

Escrevi isso porque queria que você soubesse como me sinto, Senhor. Já que citei acima um profeta, terminarei, então, com um poeta: “Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano-novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...”, Mário Quintana, escritor.

Boa segunda-feira para você!


Carlos Moreira

15 março 2012

Uma Semana que Vai Impactar sua Vida!

Venha participar de nossa programação na Semana Santa, a partir do dia 02 de abril. Teremos intensa programação em nossa comunidade todos os dias até o domingo da ressurreição.



Veja abaixo o folder que mostra as atividades que teremos com seus respectivos horários. Não deixe de participar e levar alguém de seu convívio para desfrutar de momentos maravilhosos na presença do Senhor Jesus.


Estamos lhe aguardando... Divulgue com seus amigos, nas redes sociais, em seu blog e através de sua lista de e-mails. Te aguardamos lá.


Carlos Moreira





12 março 2012

Preciso de Cura a Qualquer Preço!



Assista a mensagem "Preciso de Cura a Qualquer Preço" clicando na seção acima "Mens. em Vídeo". Veja abaixo a sinopse.

O que você estaria disposto a fazer para ser curado de algo? Quanto pagaria por isso? A que métodos se submeteria? 



E se não fosse algo físico, emocional, mas algo de natureza existencial, como uma reconciliação no casamento, uma promoção na empresa, a obtenção de algo de valor, a realização de um sonho, a reconciliação com um filho? O que você faria? Até onde estaria disposto a perseverar?


Num mundo onde tudo é feito e pensado no curto prazo, as pessoas tem dificuldades em resistir, em lutar, em sonhar, em desenvolver um espírito tenaz, em desenvolver projetos de longa duração. 


Aprenda nesta mensagem sobre o que fazer para entender as dinâmicas da vida alcançada por uma tragédia, e como Deus age de forma maravilhosa para produzir em nós paz e bem. 

Carlo Moreira

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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