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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

18 outubro 2016

O Evangelho Como Ele Deveria Ser

“... Como você a interpreta?”, foi à pergunta de Jesus ao Doutor da Lei que está registrada no capítulo 10 de Lucas. Sabe o que eles tratavam? Doutrina. Agora, portanto, é minha vez de perguntar: “Como você interpreta?”. Sim, a interpretação das Escrituras é algo extremamente sensível à fé, pois compreender de forma equivocada os textos sagrados o levará a experimentar práticas religiosas que nada tem a ver com aquilo que o Senhor nos ensinou. Fico abismado como é possível que milhões de pessoas sejam tão grosseiramente iludidas pela alquimia que tem sido feita com as doutrinas mais elementares dos oráculos de Deus. O fenômeno revela, ao menos, três questões essenciais: (1) A perversidade daqueles que se travestem de Mestres da Palavra em transmitir ensinos que iludem as pessoas com vistas à marionetá-las em prol de interesses escusos; (2) A insipiência de conhecimento bíblico da esmagadora maioria daqueles que se dizem cristãos, evidenciada pela aceitação de todo tipo de sofisma religioso; (3) O surgimento da espiritualidade capitalista, um tipo de fé que faz de Deus um investidor em busca de dinheiro e dos crentes seres compulsivos e ávidos por benesses celestiais e riquezas materiais. O resultado não poderia ser outro a não ser a igreja que aí está. Assista a mensagem e confronte suas práticas com as práticas de Jesus e assim discirna para onde você está indo...


 

Fantasma Caseiro



Uma das grandes tragédias relacionais é a pessoa se tornar um fantasma caseiro. Sim, isso é mais comum do que se imagina, é quando o outro passa a ser ignorado pelo parceiro e aceita viver de migalhas do tempo, busca saciar-se com a escassez de gestos, quase suplica por miudezas de olhares e restos de atenção. 

O fantasma caseiro é o estado final da alma que foi desprezada e não se ateve para o mal do abandono, procurou, erradamente, satisfazer-se com pouco, lutou, ainda que heroicamente, para sobreviver do expurgo de um tipo de amor que mata, pois o narcisista só consegue amar àquilo que é espelho. 

Quanta gente já vi sucumbir em meio a esse tipo de patologia moderna, viraram assombrações de si mesmos, perambulando por corredores escuros, agonizando solitários em lençóis esbranquiçados, sentados, postumamente, na frente da TV ou comendo comida velha no banquinho de canto da cozinha. 

Neste contexto, já dizia Cazuza, a pior solidão é aquela de quem está acompanhado, faz a pele enrugar de tristeza e a boca murchar de descontentamento.

Portanto, se você discerne que está vivendo este processo, que sua existência está lhe levando a se tornar um holograma, uma projeção imaterial de um eu que sucumbiu em si mesmo, se as paredes se tornaram confidentes e os livros uma distração irremediável, talvez esteja na hora de pensar um pouco em você, pois há cura para este tipo de mal, basta que a pessoa acorde do sonífero que fez o coração se tornar dormente a dor. 

Acredite, não há pobreza maior do que não ter o que receber de quem se ama, pois a mendicância de afeto corrói mais que a ferrugem do ferro, mata compulsoriamente, faz o corpo implodir em silêncio e sombra, transforma a vida na cinza das horas. 

Desta forma, se já estais só, ainda que iludido com uma companhia que não te acompanha, não seria melhor libertar-se deste vício que te prendeu ao outro sem razão e sem por quês? Ama-te a ti mesmo, antes de tudo, e assim será possível amar e ser amado por alguém...


Carlos Moreira


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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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