Na idade média, era prática comum enterrar as pessoas dentro de igrejas. Famílias influentes, ricas e poderosas, tinham seus próprios jazigos nos corredores e assoalhos das catedrais, assim como bispos e autoridades sacerdotais também. Ser sepultado neste “solo sagrado”, de preferência em locais próximos ao altar, era privilégio para poucos. Com a pandemia da peste negra na Europa do século XIV, que dizimou aproximadamente 75 milhões de pessoas, o sepultamento em igrejas tornou-se algo inviável por questões de saúde pública, e assim surgiram os cemitérios como nós os conhecemos hoje. Eu tenho considerado a igreja dos nossos dias como cemitério de gente, com uma distinção fundamental em relação...