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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

01 junho 2011

O Crente e o Sexo, a Pesquisa.


Parte 1 - Fidelidade e Hábitos



Nesta edição do Almanaque Genizah, temos o orgulho de apresentar os resultados do mais completo estudo sobre a sexualidade da população evangélica.

Uma pesquisa inédita executada pelo BEPEC – Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã - em parceria tecnológica com a AKNA SURVEY, fornecedora de uma das melhores plataformas de pesquisa online do mundo.

O projeto O Crente e Sexo foi concebido pelos editores de Genizah e contou com a participação da Revista Cristianismo Hoje – além do talento de uma série de líderes cristãos, convidados a colaborar nas linhas de abordagem do tema e na análise de dados.

A pesquisa foi realizada por meio digital e envolveu amostragem científica e envio de instrumento de coleta de dados, por e-mail, para 71.552 pessoas, de uma amostra da base de mais de 1,5 milhão de evangélicos cadastrados.

Nesta edição, apresentamos os resultados para o grupo-alvo EVANGÉLICOS CASADOS. Outros grupos, como jovens, solteiros, etc. Serão apresentados oportunamente.

Entre os gráficos, o leitor encontrará comentários destacados de grandes líderes e formadores de opinião na igreja evangélica brasileira acerca de resultados específicos do estudo ou do projeto, de forma genérica. Foram convidados a opinar lideres de diferentes linhas teológicas, denominações e atuação ministerial. Os comentários publicados não representam a opinião do BEPEC, do Genizah ou da Revista Cristianismo Hoje.  

Temos a certeza de que os resultados serão de extrema utilidade para os líderes, aconselhadores, acadêmicos e, principalmente, para os próprios casados em Cristo. Ficamos felizes com o estímulo que estes achados oferecem para a produção de textos e projetos abençoadores do povo de Deus.

Para fins de publicação, o estudo está dividido em três partes:


– Parte 1 - Fidelidade e Hábitos; 


Parte 2 - Vivências e Atitudes; e


- Parte 3 - Percepções.



Qualificação dos Respondentes

Informações acerca da população pesquisada, objetivam cortes, classificação, qualificação, etc.







 NOTA 1

A qualificação acima é decorrente da percepção dos respondentes. Estes foram convidados a escolher o grupo que melhor representaria a sua própria igreja. Foram indicadas as principais igrejas / denominações, bem como, grupos nomeados com a linha teológica básica. Estes últimos, com exemplos de igrejas pequenas e médias  pertencentes ao conjunto, de forma que o respondente membro de uma igreja não listada não teve dificuldade de enquadrar a sua igreja / comunidade na categoria mais representativa de sua linha teológica. A qualificação "OUTROS" abarcou as denominações menores difíceis de serem enquadradas nos grupos apresentados, os desigrejados, os movimentos de igrejas em casa e as comunidades emergentes. As seitas mais conhecidas, como as Testemunhas de Jeová, tiveram as suas respostas expurgadas.



NOTA 2


A amostra não inclui pessoas com idade declarada inferior a 16 anos, exceto aquelas pessoas que se declararam casadas.

Em relação a denominação, a amostragem para o envio dos instrumentos de coleta de dados foi construída segundo os resultados obtidos no último Censo do IBGE.  Os gráficos representam a segmentação, segundo as respostas válidas. 


Quanto ao tempo de "convertido", observamos uma população, em média, mais madura no Evangelho. Contudo, vale ressaltar que o gráfico reflete os resultados para a  população EVANGÉLICOS CASADOS, como de resto os demais gráficos, salvo quando de outra forma for apresentado.




Um pouco sobre a metodologia


Este projeto é um esforço conjunto do site Genizah e BEPEC – Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã.

Contou ainda com o apoio da Revista Cristianismo Hoje www.cristianismohoje.com.br e a parceria tecnológica da AKNA , fornecedora da ferramenta de amostragem e coleta de dados digital.

Na fase da pre-pesquisa, foram disponibilizados links para o instrumento de coleta de dados em diversos sites evangélicos de alto tráfego, bem como, redes sociais. Entre outros: Genizah, Gospel Prime, etc. As 2.428 respostas obtidas possibilitaram refinar o instrumento de coleta de dados e ofereceram subsídios para inferências e parâmetros para a amostragem. Os dados coletados nesta fase foram descartados. 

Na segunda fase, produzimos uma amostra estratificada de e-mails de evangélicos, segundo a participação dos grupos de denominações evangélicas no Brasil, sexo e outros fatores. Ver detalhes no site do BEPEC. O BEPEC / Genizah possui o maior banco de dados de e-mails de evangélicos brasileiros – superior a 1,5 milhão.

Os métodos de coleta não presenciais têm evoluido muito nestes últimos anos, a medida em que os meios de coleta (telefone, e-mail / internet) tornam-se disponíveis a uma maior parcela da população. O Brasil é um dos países de maior inclusão digital e telefônica do mundo e oferece as melhores condições para este tipo de pesquisa. Nos E.U.A. as grandes empresas migram para a pesquisa digital pelo seu baixo custo e agilidade. Nas eleições de Obama, por exemplo, foi este, juntamente com o telefone os meios mais utilizados. Finalmente, as metodologias não presenciais são facilitadoras na investigação de certos temas.

Naturalmente, a metodologia empregada (digital) não substitui de forma alguma os métodos presenciais de coleta de dados (entrevistas) na maioria dos projetos, contudo, reunidas condições fovoráveis, acesso, banco de dados e uma plataforma de pesquisa on-line de última geração (com capacidade de controlar origem das respostas, qualificação dos respondentes, etc.) as pesquisas online têm sido largamente empregadas pelas maiores empresas do mundo, em especial os projetos de Hábitos e Atitudes, posicionamento, avaliação de campanhas, comportamento do consumidor e outras. Entre o cadastro, ferramenta, envio e análise, uma pesquisa como a presente tem seu custo de mercado em torno de R$ 40,000,00. O mesmo projeto de pesquisa quantitativa, com a mesma abrangência, baseado em entrevistas pessoais pode custar até oito vezes mais.

Utilizamos a ferramenta AKNA SURVEY para a amostragem científica, envio de questionários, apuração e tratamento de dados em mídia digital. A ferramenta enviou CONVITE e um link controlado via cookie – uma resposta por máquina – para 71.552 pessoas.

Para o grupo-alvo EVANGÉLICOS CASADOS obtivemos 5.139 respostas válidas. Para o grupo-alvo SOLTEIROS obtivemos 6.721 respostas válidas. As respostas do grupo VIUVOS E DIVORCIADOS ( 734) foram descartadas para análise por grupo, mas mantidas para as questões genéricas, aplicadas à população de EVANGÉLICOS.


Não é de hoje que precisamos saber com mais precisão acerca de quem somos, do que pensamos e do que fazemos como igreja evangélica brasileira. Uma pesquisa feita de forma profissional sobre a sexualidade dos evangélicos nos dá um retrato mais fiel daquilo que de fato nosso grupo é, pensa e faz nessa área, e nos ajuda a visualizar de uma forma mais precisa ações que gerem transformações profundas e genuínas. 
  Marcos Simas
Editor  
Revista Cristianismo Hoje



Visto que a relação conjugal do casal é a criação e ordenação de Deus e que tem a Sua plena benção quando é regulada pela Palavra, as relações conjugais são parte importante da santa vida do casal cristão. Os deveres e alegrias deste aspecto da vida conjugal precisam fazer parte do ensino da igreja, seja do púlpito, em aula ou em casa. A pesquisa apresentada neste documento revela saúde em alguns aspectos, mas também, espaço considerável para melhoramento. Como pastor, quero meditar nas questões apuradas, em oração e com Bíblia aberta, procurando, junto com meus colegas, a orientação de Deus para que possamos servir melhor o rebanho por meio do pleno conselho de Deus. Famílias saudáveis glorificam a Deus e promovem a sua agenda no mundo.
  Arcebispo Willian Mikler
Christian Communion International 
Líder do Apostolado para as Nações, 
programa de missões de evangelismo
e ensino presente em 40 nações
Reitor da Abadia St. John’s  


Considero a pesquisa extremamente relevante porque ela fornece dados mais precisos sobre o comportamento dos evangélicos na área da sexualidade. Será, sem dúvida, uma excelente ferramenta não só para os pastores no trato com as suas ovelhas, mas também para aquelas pessoas especializadas na orientação de casais. Não me lembro de outra pesquisa do gênero entre os evangélicos de maneira que se queremos contribuir para uma sexualidade saudável entre os "da fé", esses dados não podem ser desprezados. 
 Geremias do Couto
Jornalista, escritor e conferencista
 My Hope Project da Associação Evangelística Billy Graham.
Assembléia de Deus


Fidelidade e hábitos sexuais entre evangélicos casados


 Quando pessoas de nível se empenham em trazer ao povo evangélico um assunto que, infelizmente, ainda é visto como tabu pelos mais conservadores e, por outro lado, banalizado pelos liberais, tem: minha atenção e minhas congratulações. Afinal, assuntos como SEXO, podem LIBERTAR PESSOAS dos espectros religiosos de fanatismos, dar um "upgrade" nos casamentos falidos escondidos atrás da mascara da fé e trazer qualidade de vida e felicidade aos crentes fervorosos!
Pr. Marco Feliciano
Presidente do Ministério Tempo de Avivamento 
Presidente da AD Catedral do Avivamento
Deputado Federal PSC-SP

 Esses dados são irônicos, já que costumamos colocar o dedo no rosto dos não evangélicos com infindáveis discursos sobre moralidade. Não que a ética de Cristo seja ineficaz, mas o nosso moralismo não é um meio eficaz de promovê-la.
Marcelo Lemos
Pastor e teólogo
Igreja Angllicana Reformada


 Dados secundários relativos a população em geral (ver tabela a seguir) nos oferecem subsídios para balizar estes achados. O Ministério da Saúde apresentou em 2009 a maior pesquisa já realizada sobre comportamento sexual do brasileiro. Entre os meses de setembro e novembro de 2008, pesquisadores percorreram as cinco regiões do país para fazer 8 mil entrevistas com homens e mulheres entre 15 e 64 anos. Esta pesquisa apurou que 21% dos homens em relações estáveis vivendo com conjugue mantem relações sexuais esporádicas ou contínuas com outros parceiros. 11% das mulheres, na mesma situação, traem seus companheiros mantendo relação sexual paralela com outro(s) parceiros(s). Estes números indicam que o homem casado evangélico declara trair mais a sua esposa do que o homem casado da população geral. Já as esposas evangélicas são um grupo onde a ocorrência de infidelidade conjugal está abaixo da população total de mulheres casadas brasileiras.                                    

Danilo Fernandes 
Survey Director
Profissional de Marketing Digital
Editor do site Genizah



TABELA 1 - Ministério da Saúde 2008 








Os dados deixam claro que as igrejas neopentecostais, por se voltarem muito mais para a obtenção de benefícios e a aquisição de felicidade, não estão discipulando tão bem como deveriam os seus fieis e combatendo o pecado de forma eficaz. Os aspectos espirituais estão sendo negligenciados em função dos materiais.  
Maurício Zágari
Jornalista, escritor, tradutor
Editor da Editora Anno Dominni
Editor e locutor do programa de rádio Mosaico Cristão (Rádio 93 FM – RJ).






NOTA ao gráfico 3 - As denominações foram agregadas em grupos a fim de possibilitar inferências. Ver Q2 para todas as denominações.  Pentecostais, batistas e reformados – segundo definição vista em Q2  apresentam resultados semelhantes, dentro da margem de erro. Todos dentro da ocorrência média da população brasileira, segundo pesquisa do MS, supra. Já o grupo formado por neopentecostais está em outra faixa, apresentando frequência de ocorrência de traição conjugal superior à media dos demais grupos evangélicos e da população brasileira em geral.



O que explica as diferenças encontradas entre as denominações neopentecostais e as demais denominações evangélicas em diversas das questões pesquisadas?
Vamos imaginar a igreja evangélica como sendo uma grande estação de tratamento de águas, com seus diferentes tanques, de vários tamanhos e tipos, sendo estes as diferentes denominações e contendo água (fiéis) com níveis diferentes de limpeza e tratamento.
O que podemos falar dos tanques representando as denominações neopentecostais?
São um dos maiores reservatórios, seus tanques são os que vem recebendo mais água nos últimos 20 anos tendo, portanto, mais conexões com a rede de água pública do que qualquer outro tanque. Por conta deste fato, se retirarmos uma amostra de água destes tanques, esta será mais parecida com a água da rede e, portanto, suja, do que a água contida nos demais reservatórios da estação de tratamento. Em outras palavras, a estatística descreve os neopentecostais com com as tintas mais fortes do velho homem, e oferece seu traço mais suave aos renascidos vivendo sob a Graça.
Sabemos que as igrejas neopentecostais são denominações jovens, e não estamos falando das principais fundadas na década de 80, mas mesmo hoje vemos fenômenos como a Igreja Mundial surgirem da noite para o dia. Sendo tanques mais novos, a água ali depositada tende a ser mais nova e menos exposta ao eventual tratamento (discipulado) usado ali para limpar a água.
Estes são fatores que ajudam a explicar pequena parte das diferenças encontradas. Mas não são determinantes. Neste corte específico – CASADOS – o tempo de conversão médio é alto (veja Q3), o que deveria indicar mais maturidade doutrinaria e exposição ao discipulado. Este aspecto anula boa parte dos efeitos explicitados acima. Ou seja, devemos considerar outros fatores.
O que sabemos é que que o que se passa nos tanques neopentecostais não contribui muito para a limpeza da água. Fundamentalmente, porque ali não jorram as águas do Trono. O Evangelho do Reino não é pregado, mas outro antropocêntrico. Obra de homens para homens que comercializam o que não se pode comercializar, deturpam a Palavra e pretendem transformar o Senhor em garçom de bênçãos materiais e milagres obtidos em cassinos religiosos. Uma religião que demoniza tudo, incluindo a responsabilidade pelos próprios erros, incentiva com isto o pecado e ainda e nega o sacrifício de Cristo na Cruz. O resultado é que estes tanques atraem águas "cheias de ambição e egoísmo" caçadoras da promessa de ser água de piscina na vida. Antes de limpar, os reservatórios neopentecostais sujam e apodrecem as águas que ali ficam estagnadas e dominadas pela sedução de falsos tratadores e pela fraqueza de seu próprio fedor.
 Danilo Fernandes
Survey Director
Profissional de Marketing Digital
Editor do site Genizah








Pastoreio e discipulado - uma grande lacuna na vida da igreja brasileira.
Willy Bretas Galgoul 
Editor Ichtus Editorial 
Coisas de Crente






 Segundo pesquisa patrocinada pelos laboratórios Pfizer e coordenada pela Dr Carmita Abdoo do Hospital das Clínicas em SP, a média nacional entre casados é de 3X por semana.

Danilo Fernandes 
Survey Director



Contra o gosto de líderes que tentam – já há séculos aprisionar a alma dos homens, freando-lhes o humor e o sexo - até que os evangélicos parecem gozar (hi!) a sexualidade de modo satisfatório. Para esse ramo da igreja cristã tidos por intolerantes e retrógrados e cheios de pudor sexual num país reconhecido como um paraíso da tolerância e da exaltação à sensualidade, os evangélicos, mostram-se nessa pesquisa como dos mais felizes e mais atuantes. Nada menos que 73% praticam sexo semanalmente e, se disseram a verdade, parecem realizados.

Rubinho Pirola
Pastor reformado, cartunista
e grato a Deus pelo dom do sexo.



O fato de que um terço dos cristãos casados afirme que se masturba regularmente mostra o quanto esse pecado tem sido relativizado. Recentemente, no twitter, vi um influente líder de jovens defender abertamente que masturbação não é pecado. A quase inexistência da abordagem sobre o assunto nos púlpitos somada a essa relativização e à facilidade da prática têm contribuído muito para isso. Masturbação sem luxúria não existe e, portanto, constitui pecado. Sexo foi feito para ser vivido a dois.

Maurício Zágari
Jornalista, escritor, tradutor
Editor da Editora Anno Dominni
Editor e locutor do programa de rádio Mosaico Cristão (Rádio 93 FM – RJ).






Considero também elevado o indice 32,6% de masturbação como pratica regular, mas ele não pode ser analisado de maneira isolada, mas à luz de diferentes razões para tal comportamento, como, por exemplo, problemas no relacionamento conjugal, indiferença ou doença da esposa ou vício mesmo.

 Geremias do Couto

Jornalista, escritor e conferencista
 My Hope Project da Associação Evangelística Billy Graham.

Assembléia de Deus





Eu achava que masturbação, diante das alternativas disponíveis em termos de pornografia, era pecado só cometido em turma de escola dominical. Impressiona-me o percentual de 32,6% de pessoas casadas praticando a masturbação solitariamente. Em que essa moçada fica pensando enquanto se masturba? E mais, se o sexo no casamento é bom, porque o sujeito prefere “comer a azeitona” ao invés da “feijoada?
  Carlos Moreira
Pastor, escritor, teólogo  
Editor assistente do Genizah








Protegemos o nosso patrimônio, zelamos pela nossa segurança pessoal, mas estamos esquecendo de proteger o mais essencial: a família. Estamos juntos fisicamente, mas envoltos em nossos próprios anseios, problemas e necessidades individuais. Mesmo quando nos voltamos para Deus, cada vez mais, o fazemos como indivíduos, não como família! Não olhamos o outro, não nos ouvimos, não nos acolhemos. Não é este o projeto de Deus para a família. O individualismo destroi o núcleo e a proteção famíliar e o mal invade as nossas casas pelas telas.Veja: A pornografia já está presente em mais de 1/3 dos lares cristãos.

Cláudio Duarte
Pastor e conferencista 




É o sinal claro da falta de temor a Deus na vida da Igreja Brasileira. Que cenário mais terrível! Estamos tomando a forma do mundo e desatentos ao aviso e advertência de Romanos 12:1-2 pra que não nos conformemos a esse presente século. 
Willy Bretas Galgoul 
Editor Ichtus Editorial 
Coisas de Crente





A pesquisa mostra resultados alarmantes quando o assunto é a pornografia na internet, no chamado “meio cristão. [...] Antigamente era preciso correr o risco de deixar o conforto (e a segurança) da casa para ir até à zona de prostituição das cidades. Hoje, a internet – esse gigolô digital – traz a zona até sua casa. É uma espécie de pornô-delivery. No conforto de casa, “protegido” pelo silêncio da madrugada, muitos crentes dão vazão aos delírios mais lascivos de suas almas.

Alan Brizotti 
Teólogo, escritor e conferencista 
Assembleia de Deus







Houve um tempo em que as coisas eram significativamente diferentes, Eu ainda pastoriei neste tempo. [...] e, naquele tempo, até se encontravam coisas que combinavam com a qualificação encontrada na pesquisa, mas não com a quantificação. O que de fato houve foi uma subversão de conteúdo do Evangelho. De maneira que não é uma questão do muro da igreja ter caído ou de mistura (da igreja com o mundo). [...] O Evangelho pregado é que foi ficando rarefeito, foi desaparecendo e de trinta anos para cá, em especial nos últimos vinte anos, o processo se acelerou e o caráter do Evangelho foi totalmente deformado, quando chegaram estas teologias da mágica. [...] Há quanto tempo não se houve mais na TV uma pregação sobre o significado da Cruz de Cristo? E sobre o arrependimento, metanoia? Sobre frutos dignos de arrependimento? [...] O carisma foi trocado pelo caráter. (*)

Caio Fábio
Pastor e escritor
Do Caminho da Graça 


(*) Em seu programa Papo de Graça, 
respondendo a pergunta de Danilo Fernandes


O que a Bíblia diz sobre sexo anal? Sobre o uso de acessórios na prática sexual? Sobre o homossexualismo? Sobre a pornografia? O silêncio de muitos púlpitos sobre tais questões pode soar de duas maneiras: licença para tais práticas, já que não são abertamente condenadas, ou o oposto, uma vez que as mantém como tabu. Alguns chegam a pensar: Ora, se o pastor evita falar sobre o assunto, é porque é tão sujo que não vale a pena abordar. E assim, a ignorância continua… Será que a liderança eclesiástica deveria preocupar-se com o consumo de pornografia por pessoas casadas? A pesquisa revela que 32,03% acessam sites pornográficos. Se o percentual entre casados é tão grande, imagine entre solteiros! Enquanto isso, o púlpito continua omisso. Não basta dizer que é pecado. É necessário abordar as conseqüências disso para um casamento a médio e longo prazo. Como também é importante que se desmascare a indústria pornográfica, da qual são cúmplices todos os que consomem seus produtos.

Bispo Hermes Fernandes
Teólogo reformado, 
compositor, escritor
Líder da Reina

O Crente e o Sexo, a Pesquisa - Parte 2


Parte 2 - Vivências e Atitudes





Está é a segunda parte da pesquisa
O Crente e o Sexo - CASADOS.


Veja aqui a Parte 1  - Fidelidade e Hábitos



Vivências

 Cortes por grupos denominacionais, idade e gênero. 






De fato espanta o elevado número de cristãos que dizem ter feito sexo antes do casamento quando sabidamente a Igreja e mesmo grupos ligados à saúde defendem a abstinência. Mas devemos festejar os 49,93%, que fazem valer os princípios bíblicos e seguramente colhem frutos por isso.”
  Magno Paganelli
Pastor, escritor, editor 
Arte Editorial




O fato que permeia a pesquisa é que a maneira como os evangélicos encaram o sexo antes no casamento está mudando.
  Johnny T. Bernardo
Apologista, escritor 
INPR Brasil - Instituto de Pesquisas Religiosas





NOTA

Pentecostais incluem todos os ministérios Assembleianos e outras denominações pentecostais (Quadrangular, Deus é Amor, etc.) Os neopentecostais incluem a Universal e suas dissidências (Internacional, Mundial, Mundial renovada, etc.) e outras neopentecostais (renascer, bola de neve, vida nova, etc.). Tradicionais incluem os reformados, os batistas, luteranos, metodistas e demais históricos. Outros são as respostas fora da classificação oferecida pelo instrumento de coleta de dados e ainda algumas minoritárias aqui agregadas neste corte específico, entre outras: Adventistas, igrejas em casa, desigrejados, emergentes e comunidades. Os conjuntos formados servem apenas a este corte, para qualificação denominacional dos respondentes ver Q2. 





Pelo visto, o pessoal da confissão positiva está tomando posse da benção até fora de hora...
  Carlos Moreira
Pastor, escritor, teólogo 
Editor assistente do Genizah




56,07% fizeram o test-drive antes de se comprometerem perante Deus e os homens. Entre os neo-pentecostais o índice é ainda maior: 76,99%. Não se pode manter um discurso puritano ao extremo, fingindo que o problema não existe. Há que se dialogar abertamente com os jovens enamorados quanto aos riscos de uma vida sexual pré-marital.
  Bispo Hermes Fernandes
Escritor, compositor, teólogo 
Líder da Reina




 A liderança da igreja está falhando em tudo nesta matéria. De maneira geral, não está preparada para tratar a questão e, quando está, a evita.  A orientação bíblica relativa ao sexo chega aos casais cristãos de forma truncada e poluída. Quando chega! Sobram costumes, achismos, hipocrisia. O resultado é que é o crente anda sem a proteção da Palavra nesta matéria, o resultado está ai.

Cláudio Duarte 

Pastor e conferencista 
Batista


O intercurso sexual, entre seres criados à imagem e semelhança de Deus, deve ser regido pelo respeito à dignidade humana. Não podemos usar pessoas. Somos responsáveis por quem cativamos.

 Antônio Carlos Costa

Pastor, teólogo Calvinista
Presidente do Rio de Paz

Igreja Presbiteriana








 O propósito destes cortes é verificar se o tempo de matrimônio e / ou o tempo de evangelho afetam a ocorrência. Alguns poderiam imaginar que os casamentos mais antigos guardam valores mais tradicionais, incluindo o estudado. Não é o que se verifica neste caso. Já o tempo de evangelho é um fator decisivo. Limites superiores  aos 7 anos de maturidade na fé tendem a produzir resultados mais conservadores.                                   

Danilo Fernandes
Survey Director
Profissional de Marketing
Editor do site Genizah





Claro que a liberalização dos costumes tem também a ver com os resultados  da pesquisa. Mas sou propenso a acreditar que as coisas devem ter sido sempre assim, porque regra geral o sexo é tratado como tabu dentro das igrejas, com algumas exceções. Até mesmo entre as famílias os pais ainda têm dificuldade de tratar do tema com os filhos. Ou seja, o ensino sobre a vida conjugal e sexual na maioria dos casos não faz parte da homilia pastoral. O que eventualmente acontece é promover um encontro de casais aqui outro acolá e tudo fica por isso mesmo. Regra geral, os crentes são tratados como "massa" e esquecidos em suas particularidades.

 Geremias do Couto

Jornalista, escritor e conferencista
 My Hope Project da Associação Evangelística Billy Graham.

Assembléia de Deus 








 Os dados secundários a seguir - fonte Ministério da Saúde - balizam os indicadores desta pesquisa referentes ao comportamento homossexual de evangélicos dentro da ocorrência média da população total, com suaves nuances. Os homens evangélicos casados  apresentam ocorrência de experiência homossexual ligeiramente superior a média da população geral - 10% -, mas dentro da margem de erro das duas pesquisas de maneira que se encontram dentro do perfil populacional brasileiro. Já as evangélicas casadas e solteiras se encontram em patamar inferior no que diz respeito a esta ocorrência. Na população geral, 5,2%, entre as evangélicas casadas 3,7%., nas solteiras 4%.  Finalmente, é importante lembrar que a questão se refere a uma experiência ou mais, em qualquer momento da vida - como também formulada na pesquisa do Ministério da Saúde. Portanto, não explicita se esta experiência ocorreu antes ou depois da conversão ao Evangelho e nem tão pouco indica relacionamento homossexual atual. Esta última questão é  aferida no gráfico 15, para o qual não existem dados secundários comparativos.

Danilo Fernandes
Survey Director
Profissional de Marketing
Editor do site Genizah












 Nosso comportamento é hipócrita e danoso: a mesma incapacidade que nosso moralismo tem para gerar gente santa reverte-se em dinamite na produção de esquizofrênicos. Idealizamos o sexo como pecado, o monstro trancado na gaiola, quando ele escapa, e quase sempre escapa, não sobre nada.
Marcelo Lemos
Pastor e teólogo
Igreja Angllicana Reformada





 Os resultados da pesquisa mostram a distância abismal entre o discurso e a prática do evangelicalismo brasileiro. Vivemos uma 'fé' infoxicada, ou seja, é intoxicada pelo excesso de informação. Temos muita informação, mas pouco conhecimento que leve transformação à vida prática. 'O rei está nu.
Alan Brizotti
Pastor, teólogo, conferencista
Assembléia de Deus


O Crente e o Sexo, a Pesquisa - Parte 3


Parte 3 - Atitudes e Percepções


Esta é a terceira e última parte da pesquisa O Crente e o Sexo - Casados.


Veja também:

Veja aqui a Parte 1  - Fidelidade e Hábitos

Veja aqui a  Parte 2 - Vivências e Atitudes



Atitudes e Percepções

 Amostragem em escalas de dados ordinais, com expressão de percepção por concordância em escalas Likert. (exceto 2 questões de dados nominais). 




Se a base do casamento sólido não é CRISTO, é o que? SEXO? Deus fez o sexo pra nos alegrarmos, mas daí a se tornar base...
Willy Bretas Galgoul 
Editor Ichtus Editorial 
Coisas de Crente








Todos concordam, mas [...] É a hipocrisia do hipócrita.

Caio Fábio
Pastor, Teólogo
Caminho da Graça



Prega-se algo que não se vive. Por trás de uma fachada puritana se esconde todo tipo de permissividade, e até mesmo perversão.
  Bispo Hermes Fernandes
Escritor, compositor, teólogo 
Líder da Reina








A ocorrência de 37,5% dos evangélicos acreditarem que entre quatro paredes vale tudo mostra que somos vítimas de analfabetismo bíblico, superficialidade da fé e um hedonismo crônico. O modelo atual de igreja, que não discipula adequadamente seus membros, leva a conclusões absurdas como esta. [...] O fato de líderes cristãos de grande visibilidade na mídia afirmarem que vale tudo entre quatro paredes colabora para a prática em larga escala de sexo anal, quando a Bíblia infere isso como pecado.
Maurício Zágari
Jornalista, escritor, tradutor
Editor da Editora Anno Dominni
Editor e locutor do programa de rádio Mosaico Cristão (Rádio 93 FM – RJ).




Ou seja, para maioria dos respondentes o casal é o dogma.
Caio Fábio
Pastor, Teólogo
Caminho da Graça


Na sociedade contemporânea, talvez pela grande influência da mídia, o sexo entre os casais tem assumido matizes bem diferentes do início do século XX. Para mais de 55% dos entrevistados, desde que ambos concordem, na “cama vale tudo”, ou seja, o que depreende-se daí é que práticas tradicionalmente “problemáticas”, como os sexos oral e anal, hoje já não são mais tabu para estes evangélicos.
  Carlos Moreira
Pastor, escritor, teólogo 
Editor assistente do Genizah


Nos números mostrados, mais da metade - 56,4% - crê que vale tudo na cama, desde que aprovados pelo casal (até brinquedinhos e, quem sabe, lógico, os comprimidinhos com os quais, não existe cristão fraco ou sem apetite). Mesmo que, por conta da ala neo-pentecostal venham padecendo do mesmo mal que atingiu o ramo Católico-Romano, onde um clero (os profissionais da religião e aparentemente inimigos do prazer da criatura) vez por outra manifeste-se tentando legislar para muito além das fronteiras que lhe diz respeito, ditando o que podem ou não os casais no âmbito das suas intimidades. 
Rubinho Pirola
Pastor reformado, cartunista
e grato pelo dom do sexo.







Ainda assim, por males dessa religiosidade moralista e hipócrita, própria do ser humano - e reconhecida por eles mesmos – continuam os evangélicos muito exigentes com os pecados sexuais do que as falhas de carácter e ética. Parece que como todo grupo religioso - não cristão - cuja pregação é baseada na misericórdia e na tolerância para com a fraqueza humana - ainda também têm eles mais rigor para com os pecados nas camas dos outros do que na sua! 
Rubinho Pirola
Pastor reformado, cartunista
e grato pelo dom do sexo.






 35,8% dos homens casados evangélicos pesquisados concordam plenamente que a orientação pastoral pode ser edificante na vida sexual de um casal. Confesso que este foi um dos dados que mais me chamaram a atenção. Homens costumam ser muito reservados em se tratando de vida conjugal, e não gostam que outros opinem. Por incrível que pareça, entre as mulheres pesquisadas o índice foi ligeiramente menor. 34,8% estariam abertas à orientação pastoral quanto à sua vida conjugal. O problema é que pouquíssimos pastores se vêem preparados para dar este tipo de orientação. A política de muitos deles se baseia na expressão “deixa rolar”. Talvez se deixassem de enxergar Cantares de Salomão como se fosse simplesmente uma alegoria da relação entre Cristo e a Igreja, e passassem a pregar sermões para os casais baseados nesse livro, haveria algum progresso na compreensão de muitos com relação aos prazeres do sexo na vida conjugal.
  Bispo Hermes Fernandes
Escritor, compositor, teólogo 
Líder da Reina



 Por tudo o que vejo e sei acerca do típico agir do público masculino nas atividades das igrejas, fica a certeza de que este querer, manifestado aqui pelos homens (de contar com aconselhamento pastoral na matéria da vida sexual), reside mais no plano da vontade do que da prática. O que é bom! É evidencia de que há muito o que se fazer para reverter o quadro presente e os homens esperam por nossos esforços abertos e com alegria. Contudo, temos um caminho longo a trilhar de forma a alcançar a relevância no ministério junto aos homens. A igreja hoje é extremamente feminina e os pastores são, em geral, despreparados para entregar sermões e aconselhar nas matérias centrais da vida dos homens - isto inclui os desafios da fidelidade, da vida sexual saudável, dos negócios, da cidadania. Por consequência, a ética cristã nos negócios não prevalece e o mesmo acontece no plano moral, sexual, etc. A igreja precisa preparar servos com formação e vivência capazes de aconselhar homens em seus desafios específicos, à luz da Bíblia. Café da manhã devocional pode ser bom, mas não é isto que irá revestir os homens da armadura de Cristo em suas batalhas de segunda à sexta, pelo menos é o que se comprova.
 Danilo Fernandes
Editor do Genizah 








Comportamento e Percepções

Amostragem em escalas de dados nominais, escalas Likert de 3 e 5 pontos.








 A falta de diálogo está no topo das causas de atrito entre os casais. Eu diria mais: Da família. Como se vê no gráfico, tudo se supera com comunicação. Esta é a chave. A começar pelo casal que deve separar um tempo diário para conversar e outro tanto para estimular a família a estar junta, conversar e se acolher. O exterior está sempre propondo atividades que nos separam, mas não podemos abrir mão do espaço de convívio da família e desta com Deus. É este encontro que irá garantir a qualidade de todas as nossas outras atividades.
Cláudio Duarte 

Pastor e conferencista 
Batista





Eu próprio já vi até “tabelinhas do pode isso-não pode aquilo” em algumas dezenas de congregações. Nessas paragens, o livro bíblico de Cantares (de Salomão) cheio de um conteúdo poético-erótico, seria queimado em praça pública, não estivesse no cânon, ainda que se invente às pressas, sempre “interpretações meia-boca” para “suavizar” seu texto. 
Rubinho Pirola
Pastor reformado, cartunista
e grato pelo dom do sexo.




Ai está danado... São os Aiatolás da igreja decretando suas leis. [...] E é aquele negócio: Não pode "aitolá" aqui, não pode "aitolá" ali...
Caio Fábio
Pastor, Teólogo
Caminho da Graça





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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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