Acolhendo pessoas, na escuta pastoral terapêutica, o que mais encontro são indivíduos esburacados de alma, gente que falta pedaços, que ficou atrofiada de sentimentos, que, em função da carência ou da total falta de afeto, tornou-se aleijada emocionalmente. Sim, somos seres sentimentais, precisamos de amor, de cuidados que nos façam sentir importantes e desejados. Quando, pelas dinâmicas da vida, estas questões são negligenciadas, ou mesmo desprezadas, tornamo-nos vulneráveis a desenvolver patologias relacionais, sentimo-nos como se estivéssemos competindo com o outro, todo o tempo, que somos menos qualificados, que não somos interessantes, que não temos capacidade de realizar, que não temos...