Há uma grande diferença entre ser feliz e ser perfeito. Na sociedade contemporânea, felicidade nada mais é do que a busca compulsiva por uma idealização de prazer grego, uma espécie de epicurismo remodelado. Contudo, a felicidade, conforme Jesus, é um Caminho que convida o indivíduo a experimentar matizes da existência que só se revelam quando todo o banquete da da vida é degustado, inclusive as perdas e dores. Sim, perder a vida, como muitos imaginam, não é trancar-se dentro de templos religiosos, levar uma vida asceta ou amordaçar a alma com práticas pseudo-piedosas. Perder a vida, conforme o Evangelho, é abrir-se a novas percepções, abdicar o banal, sair da trivialidade dos conceitos religiosos...