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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

03 fevereiro 2011

Ou se É o que se É, ou não há o que Ser


Li hoje no facebook algo curiosíssimo: “‎ninguém é tão feio como na identidade, tão bonito como no Orkut, tão feliz quanto no Facebook, tão simpático como no Twitter, tão ausente como no skype, tão ocupado como no MSN e nem tão bom quanto no Curriculum Vitae”. Silvia Souza.

Queria lhe fazer uma perguntar: você entende algo sobre falsificação? Se visse um Van Gogh, poderia afirmar: parece; mas não é? E uma bolsa Luiz Viton? Teria condições de dizer se é original ou falsa? Um Rolex? É verdadeiro ou paraguaio?

A falsificação já foi considerada uma arte. É bem verdade que era utilizada por ladrões, mas, ainda assim, tornava-se imperativo reconhecer o talento do criminoso. Hoje a falsificação é uma indústria que gera perdas na economia mundial da ordem de 800 bilhões de dólares. Só no Brasil, somando-se apenas as indústrias fonográfica, cinematográfica e de programas de computador, a cifra chega a um bilhão de dólares anuais.

Por outro lado, a falsificação não está restrita aos bens de consumo. Já dizia Justiniano que ela “nada mais é do que a imitação da verdade”. Nos dias em que vivemos, é comum encontrá-la não só em coisas, mas, sobretudo, nas pessoas. E é este tipo de símile da realidade que é extremamente danosa, pois nada mais é do que uma adulteração, cada vez mais comum, de valores e conteúdos que deveriam construir o ser e que, invariavelmente, revelariam não só quem nós somos, mas, sobretudo, como e baseados em que vivemos.

Fato é que a sociedade contemporânea esta calcada sob a cultura da imagem: gente mais preocupada em parecer ser do que em ser de verdade. Kierkegaard com propriedade afirmou que “a vida é um baile de máscaras”, e essas máscaras tornam-se “escudos” atrás dos quais almas se escondem de si mesmas, e não apenas faces. Hoje, ser socialmente aceito ou parecer politicamente correto pode, em muitas situações, exigir de nós posicionamentos que, na verdade, abominamos ou rechaçamos. Todavia, para ficarmos bem na foto...

Mas o pior tipo de estelionato, convenhamos, é aquele ligado ao ser religioso. Sobre isto, bem conceituou Nietzsche: “o disfarce sob o manto da religião e da transfiguração através da moral são metamorfoses da escravatura”. Foi por isso que João escreveu que, conhecer a verdade liberta, mas, digo eu, se amasiar com a religião, escraviza.

Creia-me, não há coisa mais danosa a alma humana do que alguém que se tornou um simulacro eclesiástico, que abraçou uma espiritualidade performática, que pincelou um verniz de santidade na consciência, que viciou-se na hermenêutica que exuma letras mortas, mas recusa-se a trazer a vida a palavra que liberta, alguém que tem no olhar a impregnação do juízo e nas atitudes o proceder calcado na intolerância.

A figueira sem fruto, do texto de Marcos, bem nos revela este cenário. Ela nada mais era do que um arquétipo que apontava para o que acontecia com o povo de Israel. Era a religião das folhagens, das aparências, dos ritos, dos mitos, mas onde não se encontravam frutos. Jesus discerniu naquela geração o embuste, a mentira, a falsidade, o culto a aparência, o disfarce tentando travestir-se de verdade. Por isso a árvore foi amaldiçoada, pois para Deus ou se é o que se é ou não se é coisa alguma. O ser só torna-se ser quando se assume como verdade-existente. Evadir-se disto é tornar-se não-ser.

Isto me fez lembrar da belíssima passagem do livro “Todos os Homens são Mentirosos”, de Alberto Manguel quando afirma: nenhum rosto era verdadeiro, todos dissimulavam algo, cada qual mentia quase por hábito, era uma mascarazinha que refletia a máscara da cidade inteira, uma cidade que pretendia não ser o que era...”. Sei que não tem qualquer correlação, mas aí está um retrato do que era Jerusalém nos dias do Galileu... Por isso a figueira secou e, com ela, toda aquela geração de falsários e embusteiros.

Eu já fui figueira
Travestido de folhagens, mas sem frutos
Invertendo as estações da existência
Ocultando minha nudez outonal com atitudes performáticas
com exuberância desprovida de fruto
Amargava existir para fora
Sem poder ser exatamente eu mesmo
Eu... Nu... e em Cristo
Mas Deus
reverteu a morte gerada pela falsificação

Caio Fábio.

Como é difícil, mas desejo ardentemente fugir da falsificação. Tenho pavor da dissimulação, da representação, da mediocridade, dos que não são e nunca serão, pois existem como desmonte existencial, estão travestidos com as vestes da mentira, habitados por um espírito falsário, seu interior é como labirinto de trevas, masmorra que perpassa medo e solidão.

Se pudesse pedir algo a Deus, de todo o coração, gostaria de terminar os meus dias expressando o que disse o Luiz Fernando Veríssimo “eu sou hoje a melhor versão de mim mesmo”. E isso afirmaria na certeza de não ter tido qualquer mérito na construção de nada, em absoluto, mas a clareza de que tudo se fez em mim pelo poder da cruz e pela misericórdia que se derramou como orvalho em meu ser através da preciosa e incomparável graça de Deus.

Carlos Moreira

Pesquisa revela a tendência do cristianismo atual: Mediocridade


O instituto Barna Group publicou há poucos dias o resumo das principais pesquisas realizadas pela instituição nos Estados Unidos durante o ano de 2010. O resultado fornece um retrato de como o ambiente religioso nos Estados Unidos está se transformando em algo novo e também perigoso.

A matéria fornece seis tendências principais. Vejamos:


1. A Igreja Cristã está se tornando menos alfabetizada teologicamente

As pesquisas apontaram que o que costumavam ser verdades básicas e universalmente conhecidas sobre o cristianismo, são agora mistérios desconhecidos para uma grande e crescente parte de norte-americanos. Os estudos revelaram que enquanto a maioria das pessoas consideram a Páscoa como um feriado religioso, apenas uma minoria de adultos a associam com a ressurreição de Jesus Cristo. Outros exemplos, relata a matéria, incluem a constatação de que poucos adultos acreditam que sua fé é para ser o ponto focal de sua vida ou ser integrados em todos os aspectos da sua existência. Além disso, uma crescente maioria acredita que o Espírito Santo é um símbolo da presença de Deus ou do poder, mas não é uma entidade viva. A teologia livre para todos que está invadindo as igrejas protestantes em todo o país sugere que a próxima década será um momento de diversidade teológica incomparável e inconsistência.


2. Os cristãos estão se tornando mais isolados dos não-cristãos

Os cristãos estão cada vez mais espiritualmente isolados dos não-cristãos do que era há uma década. Exemplos dessa tendência incluem o fato de que menos de um terço dos cristãos tem convidado qualquer pessoa para se juntar a eles em um evento da igreja durante a época da Páscoa. Os adolescentes são menos inclinados a discutir o cristianismo com seus amigos do que acontecia no passado.

3. Um número crescente de pessoas estão menos interessadas em princípios espirituais e desejosos de aprender mais soluções pragmáticas para a vida.

Quando perguntado o que mais importa, os adolescentes norte-americanos disseram priorizar a educação, carreira, amizades e viagens. A fé é importante para eles, mas é preciso primeiro um conjunto de realizações de vida. Entre os adultos, as áreas de importância crescente são o conforto, estilo de vida, sucesso e realizações pessoais. Essas dimensões têm aumentado à custa do investimento em fé e família. O ritmo corrido da sociedade deixa as pessoas com pouco tempo para reflexão. O pensamento profundo que ocorre normalmente refere-se a interesses econômicos. As práticas espirituais como a contemplação, solidão, silêncio e simplicidade são raras. (É irônico que os mais de quatro em cada cinco adultos dizem viver uma vida simples.)

4. Entre os cristãos, o interesse em participar da ação da comunidade é cada vez maior

Os cristãos estão mais abertos e mais envolvidos em atividades de serviço comunitário do que no passado recente. No entanto, conforme alerta a matéria, apesar dessa tendência, as igrejas correm o risco desse engajamento diminuir, a menos que abracem uma base espiritual muito forte para tal serviço, e não por estímulo momentâneo.

5. A insistência pós-moderna de tolerância é de conquistar a Igreja Cristã

O analfabetismo bíblico e a falta de confiança espiritual fez com que os americanos evitassem escolhas baseadas na exigências bíblicas, com medo de serem rotulados de julgadores (ou preconceituosos). O resultado é uma Igreja que se tornou tolerante com uma vasta gama de comportamentos moralmente e espiritualmente duvidosos. A idéia de amor foi redefinido para significar a ausência de conflito e confronto, como se não existem absolutos morais que vale a pena lutar. Isso não pode ser surpreendente em uma Igreja na qual uma minoria acredita que existe uma moral absoluta ditada pelas escrituras.

6. A influência do cristianismo na cultura e na vida individual é praticamente invisível

O cristianismo é sem dúvida a cosmovisão que mais influenciou a cultura americana do que qualquer outra religião, filosofia ou ideologia. No entanto, isso não tem corrido nos últimos tempos.

Fonte http://www.comoviveremos.com/ Com dados do Barna Group 

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