Na semana em que, no Espírito Santo, o Estado foi vencido pelo vandalismo, cabe parar para refletir: em que tipo de sociedade nós desejamos viver? O que nos revela os saques às lojas e supermercados e a barbárie da violência descontrolada que aconteceu nestes últimos dias? O que faz com que cidadãos normais se transformem em bandidos de ocasião? Qual a fenomenologia que há por trás destes acontecimentos? A primeira vista parece que, retirado um dos instrumentos de coerção estatal – a Polícia – o que nos sobrou foi o caos, o que vimos foi o cidadão comum, esmagado em sua realidade perversa, oprimido por um sistema desigual, infeliz e insatisfeito, dando vazão a instintos reprimidos e revelando...