
A porta abriu-se e eu dei de cara com aquela quitinete toda pintada de amarelo ovo. Achei estranho, mas a casa tinha vida própria: braços, pernas, olhos e ouvidos. Nela mora “a menina das palavras”, uma escritora e poetisa que fez de São Paulo o seu mundo, o seu lugar.
Ela me mostrou seu cantinho com especial deferência, mas deu destaque àquela janela, uma que dá para a rua onde mora. Debruçada sobre ela, vê a cidade de um ângulo privilegiado,...