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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

27 outubro 2011

É Meu e Ninguém Tasca!




"Vivo cercado de padres e sacerdotes que dizem que seu reino não é deste mundo, no entanto, agarram tudo que podem." Napoleão Bonaparte


Se existe uma palavra que nos ajuda a compreender o tempo em que vivemos esta palavra é “competição”. Uma sociedade voltada para a produção e o consumo tem na competição o seu motor de propulsão.


Tudo compete com todos: os continentes competem uns contra os outros; os países competem uns contra os outros; as empresas e instituições competem umas contra as outras; as pessoas competem entre si. E é óbvio, o objetivo da competição é alcançar a vitória; ninguém, em nosso tempo, está interessado em ser o segundo lugar.


Se há uma frase que pode ser considerada clichê na história recente da sociedade humana é “o importante não é ganhar, mas sim competir”. Para refletir a verdade existencial que encarnamos todos os dias, a frase deveria ser dita da seguinte forma: “o importante não é competir e sim ganhar!”.


Vivemos num mundo feito apenas para os campeões! É mais importante vencer no mundo do que vencer o mundo. Ai daqueles que fracassarem! Ai de quem quebrou profissionalmente, caiu em depressão, foi surpreendido em adultério, ou está algemado há algum tipo de vício. Ai de quem não tem condições de ir regularmente a Europa, ou usar roupas de marca, quem não mora em um suntuoso apartamento, ou não tem mais de um carro importado. Se você se encaixa em alguma destas situações, ai de você!


Mas o trágico mesmo é quando a competição chega a Casa de Deus. Sim, igrejas competindo com igrejas, ministérios lutando entre si, pastores tentando superar seus “oponentes”, membros obcecados por manter “posições” institucionais. Fato é que práticas empresarias tornaram-se não só comuns, mas desejáveis no Corpo de Cristo.


Você duvida? Observe, então, se os fiéis não são tratados como clientes e os sacerdotes como executivos? Na verdade, o “sagrado” sempre foi o melhor de todos os negócios! Nos dias atuais, transformamos a fé em produto commoditizado e as igrejas em “balcões de prestação de serviço” religioso.


Já há muito, Templos deixaram de ser local de adoração e culto e passaram a ser ambiente de entretenimento, uma espécie de cirque du soleil eclesiástico. Quem tiver as melhores idéias, quem prover a melhor infra-estrutura, quem oferecer a melhor “programação”, os melhores “efeitos especiais” e, sobretudo, quem detiver as mais incríveis “atrações”, sai como “vencedor” na “captura” do fiel. Mas lembre-se: ninguém pode relaxar, pois uma coisa é conquistar o “cliente”, outra, todavia, é fidelizá-lo.


Por isso meu “mano”, procure outra pessoa para enganar! Esse que está lendo meu texto eu vi primeiro, já é meu, e ninguém tasca!

Carlos Moreira

17 outubro 2011

Apenas um Toque


Assista na seção "Mens. em Vídeo", na barra de menu acima, a mensagem "Apenas um Toque" pregada em 16.10 2011 na Catedral da Trindade. Você gostaria de encontrar uma pedra de toque? Um objeto com poderes mágicos? A mística por trás desta história revela três facetas que estão presentes em todo ser humano: o desejo de tocar, de desvendar, de conhecer; a necessidade de transformar as coisas, de mudá-las, de alterá-las e a busca incansável pelo prazer e pela felicidade. Aprenda nesta mensagem sobre o único toque que pode ressignificar a existência dando a ela cor, sabor, propósito e significado: o toque da “Pedra Angular”, Cristo Jesus.

12 outubro 2011

O Luto de Eli


A última moda agora é falar em sustentabilidade. Trata-se de um “conceito sistêmico relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”.

A sustentabilidade, fundamentalmente, visa preservar a biodiversidade e os ecossistemas. A tecnologia deve ser sustentável, o desenvolvimento econômico precisar ser sustentável, as empresas buscam ser sustentáveis, e por aí vai... Uma coisa, entretanto, não tenho ouvido falar nestes dias: famílias sustentáveis.

Como pastor, tenho aconselhado em média 15 pessoas por semana. É uma rotina difícil e desgastante. Diferentemente dos profissionais da saúde, que fazem escuta terapêutica e são treinados para ouvir dramas e não se envolver com eles, pastores sofrem junto com as pessoas, choram com os que choram.

Neste contexto, impressiona-me a quantidade de gente que carrega problemas que foram se complexificando desde a infância. As questões são as mais diversas, porém as mais freqüentes estão relacionadas à auto-imagem, insegurança, baixa auto-estima, auto-sabotagem, além de transtornos ligados à orientação sexual e a afetividade.         

Em um “recorte” de recente artigo da revista “Filosofia e Psicanálise” o psicanalista francês Charles Melman afirmou: “pela primeira vez na história, a instituição familiar está desaparecendo, e as conseqüências são imprevisíveis. Impressiona que antropólogos e sociólogos não se interessem por isso”.

Surge, então, a questão: como está a sua família? Você acha que ela é sustentável? Sua casa é um ambiente saudável ou insalubre? Como estão seus filhos? Eles estão crescendo de forma equilibrada: física, emocional e espiritualmente?

Hoje é dia das crianças, mas, sinceramente, muitas delas não têm o que comemorar. Seus pais são personagens ausentes, transeuntes insensíveis e inafetivos que circulam pelos corredores das casas em que elas habitam. Estão sempre sobrecarregados, suas agendas são intermináveis, não dispõem de tempo para amá-las, orientá-las ou brincar com elas. Estes "afazeres" são delegados as babás, a escola, a igreja e, pasmem, aos programas de TV!  

Por que você honra seus filhos mais do que a mim...?”. 1 Sm. 2:29. Esta afirmação contundente foi feita pelo próprio Deus enquanto arrazoava com o sacerdote Eli pelo fato dele negligenciar a educação dos filhos. Apesar de ser um “homem do sagrado”, Eli fez vista grossa para o que acontecia bem debaixo de seus olhos, pois seus dois filhos, Hofni e Finéias, além de se prostituírem a porta da tenda da congregação, ainda profanavam as ofertas e sacrifícios que eram oferecidos ao Senhor tomando parte deles para consumo próprio.    

A conseqüência de tamanha licenciosidade foi desastrosa: “E isto te será por sinal, a saber: o que acontecerá a teus dois filhos, a Hofni e a Finéias; ambos morrerão no mesmo dia”.

As Escrituras afirmam que “os filhos são herança do Senhor”. Eles são a melhor coisa que um homem ou uma mulher podem ter sobre a Terra. Podem trazer muita alegria, ou nos fazer amargar de tristeza; tudo depende de como estão sendo criados.

De uma coisa, todavia, estou convencido: “nossos” filhos não são nossos, são do Senhor! Ele nos delegou a responsabilidade de cuidar deles de tal forma a sermos referência em tudo em suas vidas. Se não os educarmos e não lhes transmitirmos os valores do Evangelho, Deus certamente cobrará de nós o destino que eles terão debaixo do sol.

O que aconteceu aos filhos de Eli foi trágico. Desgraça ainda maior sucedeu a sua descendência: “eis que vêm dias em que cortarei o teu braço e o braço da casa de teu pai, para que não haja mais ancião algum em tua casa. O homem, porém, a quem eu não desarraigar do meu altar será para te consumir os olhos e para te entristecer a alma; e toda a multidão da tua casa morrerá quando chegar à idade varonil”.      

O luto de Eli durou pelo resto de sua vida. Ele fracassou na mais importante tarefa que um ser humano pode ter: edificar a sua própria casa. Hoje, dia das crianças, quem brinca são elas, mas nós, adultos, devemos refletir seriamente sobre como as estamos criando, pois chegará o tempo em que a brincadeira se acabará, o que sobrará será apenas a vida real. Por isso, lembre-se do que citou Pitágoras: “corrija as crianças e não será necessário castigar os homens”.

Carlos Moreira

10 outubro 2011

"Eu Sou a Mosca que Pousou na sua Sopa!"


E mandou o rei Zedequias soltá-lo; e o rei lhe perguntou em sua casa, em segredo: Há porventura alguma palavra do Senhor? E disse Jeremias: Há. E disse ainda: Na mão do rei de babilônia serás entregue”. Jr. 37:17.

Não sei se você conhece o contexto desta passagem... O rei Zedequias estava cercado pelas tropas dos babilônicos. Ele havia sido traído pelos egípcios que bateram em retirada quando souberam que iriam enfrentar a Nabucodonosor.

No mesmo instante, o profeta Jeremias estava atolado em um poço fétido, com lama até o pescoço. Ele tinha sido colocado ali com autorização do próprio rei, acusado de traição e de desanimar o povo com “suas” palavras.

Mas houve um momento, antes da batalha final, que o rei Zedequias mandou tirar Jeremias daquele poço de agonia e solidão. Fico pensando que ele provavelmente imaginou que um pouco de poço faria um “bem” enorme a Jeremias. Sim, quem não se quebrantaria diante de uma situação como aquela? Quem ousaria permanecer firme, falar a verdade, manter a coerência, a consciência, sustentar convicções, profetizar aquilo que o Senhor havia lhe ordenado? Provavelmente ninguém... Menos Jeremias.

O profeta foi arrastado até o palácio. Diante da opulência do lugar e da imponência do rei ele foi posto perfilado. Ali não estava mais um homem, apenas os trapos que dele restara. Jeremias estava exausto, faminto e mal cheiroso. O rei havia lhe chamado as escondidas. Imagino a cena... Com olhar sarcástico, ele perguntou ao profeta: “há alguma palavra do Senhor?”. E o homem de Deus respondeu: “Há. Na mão do rei de babilônia serás entregue”. E assim sucedeu.

O massacre dos Caldeus sobre Jerusalém foi algo sem precedentes. A cidade, após ser sitiada, acabou não mais resistindo e foi invadida. Seus muros foram queimados, o Templo destruído, os nobres assassinados. Por fim, o rei Zedequias assistiu a morte dos próprios filhos. Foram às últimas imagens registradas pelos seus olhos, que se tornaram cegos após serem vazados pelos seus adversários. Ele foi algemado a grilhões de bronze e levado como escravo para a babilônia.

Olho para os nossos dias... Onde estão os profetas do Senhor? Onde estão aqueles dispostos a falar a verdade a qualquer preço? Onde estão aqueles dispostos a sacrificar a “carreira ministerial”, ou a “sujar” o currículo eclesiástico, ou mesmo a ser perseguido, ridicularizado, caluniado, ultrajado, desprezado? Existirá ainda algum profeta entre nós? Há quem possa em nosso meio dizer como Isaías “quem deu crédito a nossa pregação!”.

Depois de 30 anos de caminhada com Deus pensei já ter assistido a todo tipo de barbaridade. Mas a cada dia sou surpreendido por uma atrocidade diferente e inusitada. Sobre isto bem escreveu Paulo aos Romanos: “não hã quem busque a Deus... não há quem faça o bem... não hã quem fale a verdade...”.

Eis aí os inimigos da Cruz de Cristo! Eles estão diante de nossos olhos! Quem ousará os repreender? Quem se levantará contra eles? São feiticeiros do sagrado, traficantes de um “evangelho” falsificado, intermediários do “divino”. Eles se auto-proclamam “apóstolos”, “evangelistas”, “missionários”, “patriarcas”, “bispos”, mas na verdade são sinagoga de satanás, vendilhões de uma religião oca e vazia, de liturgias dessignificadas, de ritos de ocasião, da fé commoditizada, comercializada como produto de supermercado. Mas um dia eles haverão de se encontrar com o Senhor de toda a Terra, estarão diante do Leão da Tribo de Judá, não mais do Cordeiro de Deus.

Você deve estar se perguntando: “quem és tu para afirmar estas coisas?”. Eu sou um profeta do Deus altíssimo! Não me constituí a mim mesmo, fui chamado com este propósito! Eu ando na contra-mão, no contra-fluxo, na subversão do Reino de Deus, na loucura da Palavra da Cruz, na insanidade do Evangelho de Jesus Cristo. Eu fui chamado para pregar aquilo que não se quer ouvir, para proclamar aquilo que incomoda. Eu meto o dedo na ferida, faço a alma virar ao avesso, à consciência arder, o coração se compungir. Sim, o Espírito do Senhor está sobre mim e ele me ungiu para pregar o “dia da vingança do nosso Deus”!  

Você talvez não suporte o que escrevo porque eu digo a verdade. Eu não vivo de aparência, de subterfúgios, de disfarces. Eu não ando de máscaras, não sou “politicamente correto”, não tenho “rabo preso”, não sou devedor de homens. “Eu sou a mosca que pousou na sua sopa!”, eu estou aqui para falar e não há quem possa me calar. Ouça o que eu digo, escute o que eu prego e você verá o que Deus fará na sua vida! Mas tenha cuidado, pois eu sou “perigoso”. Se você me “engolir” poderá morrer de “indigestão”, pois a Palavra que foi colocada na minha boca tanto sara como fere, tanto faz viver como pode matar.

"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.". Jack Kerouac

Eu escrevo este artigo para você que perdeu o temor de Deus, que tem negligenciado o zelo com as coisas de Deus, que se esqueceu da coerência necessária com a Mensagem de Deus. Escrevo para você que cauterizou a sua consciência, endureceu o seu coração, exilou de si mesmo a sua alma. Sim, ainda há tempo para o arrependimento! Arrepende-te, pois, antes que Ele venha e “mova o teu candeeiro”. Não torne vã a graça, nem desprezes a misericórdia, “pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mal”. Ec. 12:14

Carlos Moreira

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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