Eu tenho afirmado, recorrentemente, que todo fundamentalismo, seja político ou religioso, tem um vértice comum, que é a ideia de que só um lado possui a supremacia em todas as questões, motivo pelo qual não pode ser questionado. Corrobora comigo neste pensamento o filósofo inglês do século XX, Karl Popper, quando afirma “Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos”. A religião é capaz de produzir coisas imponderáveis. Boa parte das tragédias humanas, tiveram, como pano de fundo, motivações religiosas, sobretudo no ocidente cristão, e isso diz respeito não só a fenomenologia do coletivo, no macro-social, mas também nas questões...