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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

23 fevereiro 2016

Falha no Sistema! Reinicialize...

Na informática, quando os sistemas dão problema, uma das formas de resolver é alterar os programas e tentar executá-los novamente. Mas há erros que são incorrigíveis, são erros estruturais e, nestes casos, o melhor a fazer é abandonar tudo e construir algo novo. Numa análise paralela, há falhas de concepção no sistema religioso que ocasionam erros para os quais não cabem mais concertos, por isso, é preciso tomar uma decisão urgente, é imprescindível reiniciar o sistema! No que diz respeito à fé, creio que estamos vivendo num tempo limite, num ponto de mutação, e há muitos que já podem discernir isso. Mudanças estão ocorrendo, em todos os lugares do mundo, sentimos o frescor do Espírito trazendo um novo momento para a igreja. Decerto, não há nada de inédito no Evangelho, pois o que está posto não pode ser alterado, os fundamentos doutrinários estão concretizados em Jesus e na sua obra. O que surge, agora, é o desafio de encarnar isso de uma maneira totalmente diferente, de tal forma que as pessoas possam ser alcançadas, algo que não acontece no modelo atual, pois o cristianismo se torna, a cada dia, mais refratário à sociedade. Escândalos, manipulações, politicagens, abusos, essas são as marcas da igreja cristã neste tempo, a despeito de alguns grupos terem se mantido fiéis a Verdade. “Uma nova Reforma?”, alguns me perguntam... Não! Uma Nova Forma! Assista e surpreenda-se!

 

22 fevereiro 2016

Igreja: Um Ajuntamento Regular, Localizável e Organizado


Deus não habita nem em prédios de tijolo nem em corações de pedra. Então, cabe perguntar, o que é uma igreja? Bem, igreja, conforme o Novo Testamento é um ajuntamento regular, localizável e organizado. O próprio nome grego (Εκκλησία – Eclésia – Assembleia) já demanda, por si só, estas características.

Assim, não é possível estabelecer um conceito sobre igreja a partir de um modelo anárquico, ou seja, algo que acontece a revelia de todos os padrões mínimos que caracterizam a formação e o estabelecimento de grupos sociais com objetivos comuns.

É impossível pensar em igreja sem regularidade, pois, se não há um propósito para o ajuntamento, o que existe é a informalidade do encontro e tal característica, dificilmente, viabiliza a perenidade de um grupo humano. O que faz com que laços se constituam e se mantenham é a regularidade do convívio, pois, como é possível a comunidade de fé ser um Corpo se cada membro tem sua própria agenda e, sendo assim, não prioriza o encontro que atende a objetivos comuns?

Também não é possível ser igreja sem que haja um lugar para o culto, o partir do pão, a adoração, a coleta para os necessitados, o serviço solidário, o exercício dos dons, as missões, o ensino e tantas outras características que vemos no livro dos Atos e nas epístolas.

A igreja é Universal, no sentido de sua constituição atemporal, não espacial e mística, como Corpo de Cristo e Família de Deus, mas ela também é local, no sentido de seu ajuntamento geográfico formal! Todas as comunidades neotestamentárias possuíam um lugar próprio de encontro e culto, mesmo que ele fosse uma casa, um salão, ou até mesmo o cemitério! As cartas do Apocalipse, enviadas pelo próprio Senhor, bem como as cartas de Paulo, foram endereçadas a igrejas localizáveis e não apenas aos errantes espalhados pelo mundo anunciando a Salvação.

A existência de um lugar promove não só o acolhimento, mas até mesmo o desenvolvimento das pessoas, com estruturas adequadas para as ministrações, para a comunhão e o serviço. Desconstruir isso é investir na impessoalização da fé, num mundo onde tudo já está impregnado pelo virtual e pelo individual.

Por último, a igreja é organizada, uma vez que existem pessoas exercendo funções específicas e serviços sendo ministrados: assistência aos pobres, ensino das Escrituras, preparação e envio de missionários, atendimentos pastorais, atividades ligadas à oração, a adoração, dentre outros tantos. Sem uma organização, mínima que seja, não é possível uma estrutura funcionar. Não há pecado em formalizar as coisas, o pecado está no culto que se faz à forma!

Portanto, você pode ser de Deus e ser discípulo de Jesus mesmo escolhendo não se ajuntar, mas é impossível imaginar que uma igreja se estabeleça como algo casual, que acontece a qualquer hora, em qualquer lugar, ou informal, que promove encontros descompromissados. Não devemos confundir a vida dos que estão na igreja com a igreja em si.

No encontro de dois ou três, sem agenda, espaço ou propósito fixo, Jesus se faz presente, se ele for buscado e, como sabemos, Deus não se prende a templos e aboliu toda a geografia que diz respeito ao sagrado. Mas o encontro ocasional e fortuito, em absoluto, se constitui igreja e isso conforme o que nos está dito no livro dos Atos dos Apóstolos, nas Epístolas e no Apocalipse de João.

Assim, “Desigrejado”, para mim, não é o sujeito sem igreja, mas o que escolheu não ser igreja!


Carlos Moreira

18 fevereiro 2016

Discriminação Emocional



O deprimido, no meio religioso, sofre uma discriminação sem precedentes, é tratado como crente de segunda classe, alguém sem fé, sem coragem, um indivíduo que está amarrado por satanás.

Em se tratando deste contexto, já vi de tudo, do bizarro ao irresponsável, do sujeito subir no monte para expulsar o “espírito da depressão”, até aquele que deixa a medicação acreditando na profetada recebida no “culto de oração”. Trágico!

Negar a condição humana é especialidade de toda religião autofágica, aquela que faz com o que o indivíduo se alimente de si mesmo, e não de Deus. Ora, toda tentativa de ignorar nossas fraquezas desemboca, irremediavelmente, na composição de um psiquismo adoecido, o qual torna superlativo todo tipo patologia emocional, da ansiedade ao pânico.

Assim, ignorar a depressão como enfermidade da alma, atribuindo-lhe uma fenomenologia espiritual, é manter um tipo de ignorância incompatível com o tempo em que vivemos. Na idade média, muitos foram exorcizados e outros tantos trancafiados em hospícios por causa de distúrbios totalmente tratáveis em nosso tempo, como a bipolaridade e a esquizofrenia. E sabe quem mediava tudo isso: a religião!

Ora, hoje, com todo o ferramental disponível na psicologia e na psicanálise, é impossível ler as Escrituras sem perceber a depressão de Jacó, após a “perda” de José, a depressão de Davi, depois do adultério com Bate-Seba, a depressão de Jó, em pele osso e somatizações, a depressão de Jeremias, nu num calabouço sombrio, a de Paulo, sentindo-se só no final da jornada, e a de Jesus, antevendo a Cruz, no Getsemani, quando afirmou: “Minha alma está abatida até a morte”.

Tenho reverência pela dor do deprimido, pois sei que sua enfermidade não é visível, não deforma o corpo, mas faz sucumbir à mente em meio à aridez de sonhos e esperanças. Mas eu creio num Deus “que faz forte aos cansados e multiplica as forças dos que não tem nenhum vigor”, que levanta o caído e consola o destroçado de espírito.

Contudo, e não menos, também creio, concomitantemente, na ciência, pois sei que a Graça de Deus inspira médicos e cientistas em pesquisas e na criação de medicamentos para aliviar a dor humana. Portanto, seja por que caminho for, a glória é sempre de Dele!


Carlos Moreira

11 fevereiro 2016

Transar ou não transar?



Transar ou não transar? Essa é uma pergunta que me chega todos os dias... Ao invés de se enfrentar o problema, que, na verdade, não é problema, é impulso natural do corpo de ordem fisiológica e psicológica, a religião tenta achar suas “vias sacras” para lidar com a questão através de preceitos morais.

Diante disso, há sempre indivíduos mais ortodoxos que me dizem: “eu escolhi esperar!”. Sim, mas, até quando? A esmagadora maioria que tenta reprimir aquilo que é da ordem e dos fluxos da vida, fica doente. Sim, doente de alma, pois tudo o que produz mordaça no ser vaza por outras vias, seja em taras, em pulsões, seja em somatizações, em desvios traumáticos de conduta, em atitudes histéricas, e por aí vai...

Já cansei de aconselhar “meninos” e “meninas” que estão se castrando para o sexo que se viciaram em pornografia, ou se entregaram a experimentações bizarras, que, na tentativa de sublimar o desejo, enveredaram pela via da oração e do jejum como se isso fosse o “pó de pirlimpimpim” que vai arrefecer o fogo das paixões.

Ora, qualquer um que seja sério irá concordar comigo que este não é o caminho, pois é pela via da pacificação e da liberdade da consciência que a saúde do corpo aflora no chão dos dias.

Fazer o quê, então? Mandar a meninada transar? Bem, é melhor um jovem transando com uma namorada a quem ama ou fazendo programa e pagando para ter sexo com prostitutas, viciado em pornografia de internet, cheio de libido e tesão comprimido, impossibilitado até de andar no ônibus sem se excitar no esfrega-esfrega? É possível desconsiderar este tempo, essa sociedade erotizada na qual vivemos, e jogar sobre a garotada toda a nossa carga hipócrita de “santidade” relacional? Formiga no formigueiro dos outros é refresco...

Mas a religião acha melhor o indivíduo com uma aparência impecável mesmo que sua alma, desconfigurada, seja um jazigo de elucubrações as mais impensáveis! Parecer, para eles, é melhor do que ser... Assim, só há um jeito de lidar com o tema: trazer tudo a luz e a verdade!

Estou, portanto, mandando todo mundo transar e fazer o que quiser? Bem, as escolhas na existência sempre trazem suas consequências, e cada um deve avaliar o seu próprio caminhar debaixo do sol. Para os simples de coração, todavia, o que está dito, está dito. É que eu não estou disposto, a esta altura, a não enfrentar um tema porque ele é polêmico. Eu não tenho satisfações a dar que não seja a mim mesmo e àquele que me disse: "haja luz!".



Carlos Moreira

05 fevereiro 2016

Até que a Morte nos Separe... Só que Não!




Casamento é tema recorrente no aconselhamento pastoral: traição, separação, finanças, mesmice, os dramas se repetem e cansa ter de dizer, sempre, as mesmas coisas...

É difícil falar de casamento, sobretudo, para quem não está casado, e aqui digo casado não me referindo a quem acha que casamento é altar e cartório, ou seja, cumprir liturgias e rituais da Igreja e do Estado e viver na aridez, mas aos que se encharcaram de amor, os que penetraram não apenas o corpo do outro, mas os que invadiram alma e chegaram até o espírito!

Deixe eu lhe dizer uma coisa com a autoridade de quem está casado há 25 anos: casamento tem crise e, se não tiver, ele é a crise, pois a relação gangrenou e você não se apercebeu porque, provavelmente, já não se importa mais com o outro. Dependendo do que se carregue no coração, viver na mesma casa, dormir na mesma cama, comer na mesma mesa e fazer sexo com a mesma pessoa não é atestado de saúde conjugal, mas de esclerose relacional!

Eu sei que anos de convívio vão impor desafios hercúleos à relação: superar pequenas diferenças – que ficaram grandes, vencer a mesmice, reapimentar o sexo, cultivar o carinho, mas é fato que, mesmo com todo esforço, por vezes, o casamento acaba! Sem esforço, então, já nasce morto, dura de dois meses a dois anos, no máximo.

Portanto, um casamento acabar não é o fim do mundo, não obstante ser uma das maiores dores que um ser humano pode enfrentar, mas o problema, mesmo, é ele acabar sem acabar, ou seja, é você manter-se “casado” por causa do patrimônio, dos filhos, pela preguiça de separar, ou por questões religiosas. Aí, sim, é o fim!

Casamento acabado que não acabou é um horror, é como manter o vovô, morto, na sala de estar da casa, em estado de putrefação, degenerando-se lentamente na presença da família. Sim, óbvio, todos percebem: seus filhos – principalmente, os funcionários, os vizinhos, até o cachorro! E você ali, firme, como o capitão do Titanic, afunda com o barco, mas não perde a pose, e ainda mantém seu orgulho idiotado de poder afirmar que está casado, com a mesma mulher, há trocentos anos. E viva a hipocrisia!

Mas nada é mais bizarro do que casamento de crente que acabou e não acabou. Sim, é triste ver como as pessoas podem ser sequestradas de mente e alma pela religião, como um dogma aplicado de forma perversa sobre a existência castra sonhos e arrasa corações. E o sujeito-homem, defensor da moral e dos bons costumes, da indissolubilidade do matrimônio, do meio de sua amargura asfixiante, reza todo dia para a mulher cometer adultério – o que lhe daria a prerrogativa “legal” para a separação, ou que Deus leve sua “amada” para junto de Si, de tal forma que, pela via da viuvez, a vida possa, enfim, ser refeita.

Não sou dos que advogam o divórcio por qualquer idiotice, muito menos acredito em relações frívolas, mas creio que, por vezes, amputar o membro é melhor do que perder o corpo inteiro por septicemia. No que tange ao divórcio, Jesus afirmou: “Não foi assim desde o princípio...”, alertando-nos que, o melhor de Deus é casar e manter-se casado, mas, num mundo caído, onde nascem “cardos e abrolhos”, a vida é como pode ser, não como deveria ser, portanto, na falta de escolha, escolha o mal menor!

E assim, digo, com toda a responsabilidade que carrego, se teu casamento te faz pecar, corta-o e arranca-o fora, pois é melhor entrares divorciado e casado novamente no Reino de Deus, do que casado uma única vez, em meio a uma relação fraudulenta e cheia de perversidade piedosa, viveres, já aqui, no inferno da tua alma e, ao depois, na eternidade, quem sabe onde?

© 2016 Carlos Moreira

03 fevereiro 2016

O Diabo Veste Prada




O Velho Testamento fala no diabo 35 vezes, aproximadamente. O Novo Testamento, por assim dizer, cita-o 7 vezes mais, cerca de 140 ocorrências e isso certamente por influência das crenças persas e gregas que moldaram a cultura de certo período do mundo antigo.

Na verdade, o diabo foi se tornando mais glamoroso à medida que o pensamento humano foi evoluindo, ele foi se desenvolvendo tanto mais as percepções e inquietações dos indivíduos se adensaram. O terreno onde o diabo mais cresce é na mente das pessoas, onde há medo, angústia e ansiedade, há também ambiência fértil para que o diabo se “materialize”.

Portanto, é o homem que faz o diabo a imagem e semelhança do que pior existe em si mesmo e esse diabo varia de acordo com os "diabos" que estão dentro dele! Assim, o diabo do homem é do tamanho de sua culpa e é por isso que gente perdoada, que bebeu nas fontes da misericórdia, não tem medo nem de diabos nem de assombrações.

Eu não nego a existência do mal, nem tão pouco a de Satanás, mas não acredito em quase nada que lhe é atribuído pela religião. Esse diabo de "igreja" é por demais caricato, é o diabo de Dante Alighieri – do Inferno de Dante – um ser bestializado sob medida para assustar gente tola.

O diabo, mesmo, é muito mais sofisticado e sutil e, por isso, tão mais perigoso. A Escritura não se refere a ele com chifres e tridentes, mas como anjo de luz! Sim, tem gente que se assustaria se visse o diabo como ele é, não de medo, mas de estupefação!

Cristãos que imaginam que o diabo está distante, despachando no inferno, se enganam redondamente. O diabo, acredite, está sentado nos bancos de suas igrejolas, dando risada das aloprações que presencia, se deliciando com tanta ingenuidade e meninice...


Carlos Moreira

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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