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30 setembro 2019

A Epidemia de Suicídio de Pastores

“O meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mt. 11:30. São palavras de Jesus, não minhas. A luta no ministério é alago inegável, o desgaste é enorme, os dissabores são incontáveis, as traições são terríveis, as injustiças são inúmeras, mas, segundo Jesus, o fardo dele é leve, ou seja, quando a vida pastoral se torna insuportável, há que se questionar o seguinte: que fardo é esse que eu estou levando? E mais... Por que não estou trocando o meu fardo pesado pelo fardo leve de Jesus? Eu sei o que é ser exigido pastoralmente ao extremo, em 2013, esgotado fisicamente e emocionalmente doente, eu pensei em largar tudo e cuidar apenas da minha família e dos meus negócios. Eu sei como funciona a perversidade sofisticada da igreja, as frituras do clero, as manobras políticas, os conchavos de coxia, os jogos de interesses, as mentiras sinceras, as fofocas santas, o fetiche disfarçado, as manobras dos que manejam vidas. Sim, eu sei como a igreja adora tripudiar em cima da desgraça pastoral, tem crente que sente tesão em ver pastor “cair”, se for adultério, então, nem se fala. Mas a despeito disso tudo, eu sei também que esse não é o desejo do Senhor da Igreja! O problema do suicídio de pastores não é algo pontual, nós estamos diante de uma epidemia, mas, ao meu ver, olhamos para o fenômeno de forma equivocada, pois o problema não está nos desafios do ministério, profetas e apóstolos viveram isso, na história da fé, homens e mulheres experimentaram esses matizes, a Escritura diz que “Todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. 2ª T. 3:12. Diante dessa tragédia, temos que mudar o foco da análise, o problema não são os desgastes, mas a forma como os pastores encaram o seu próprio chamado, o problema é querer ser inerrante, é bancar ter uma família perfeita, é posar como inquebrantável, é tentar ser o super-homem, é aparecer rindo e feliz o tempo todo, é negar que há em si mesmo contradições, medos e pecados, como em todos os demais. Assista a mensagem e discirna os desafios da vida pastoral neste tempo.


 

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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