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15 setembro 2016

O Deus Capitalista

No capitalismo, todo investimento para ter sucesso deve prever uma taxa de retorno – o EBIT. A priori, ninguém coloca dinheiro em algo sem perspectiva de ver sua aplicação sendo remunerada, ao menos, pelos juros de mercado. Assim, quanto mais atraente for a remuneração para o investidor, mais gente interessada haverá em “apostar” dinheiro num eventual empreendimento. Olhando estas premissas, percebemos claramente como a igreja tem feito do Evangelho um negócio, a teologia ensinada nestes dias nada mais é do que uma cínica barganha com a divindade num arriscado jogo de oferta e procura no promissor mercado da fé. Para viabilizar tudo isso criou-se a religião do egocasting, ou seja, uma engrenagem onde a igreja produz conteúdos sob demanda para quem deseja apenas consumir o que lhe agrada ou apetece. De fato, a esmagadora maioria das pessoas está mesmo disposta a colocar grana – dízimos e ofertas – nesta “máquina de moer gente”, desde que o retorno sobre o investimento compense. Sim, busca-se Deus por aquilo que ele possa vir a fazer, mas, jamais, por quem ele é! Todavia, olhando por outra perspectiva, somos levados a, no mínimo, questionar o seguinte: E você? Você é um bom investimento? Você pode oferecer uma boa taxa de retorno para o “investidor”? Você é disciplinado, confiável, comprometido e habilidoso? Por que Deus deveria apostar em você e não em uma outra pessoa? Ora, se Deus é um grande capitalista, alguém determinado em investir em pessoas desde que elas possam dar o melhor retorno possível, não seria razoável imaginar que ele investe de acordo com certos interesses? Ficou confuso? Então assista a mensagem e o Espírito Santo lhe esclarecerá!

 

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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