Jesus chorou, olhando para Jerusalém, pelo fato do povo não ter reconhecido a oportunidade da visitação de Deus. Sim, eles rejeitaram um Reino de bondade e justiça e escolheram ficar debaixo do jugo Romano, que viria a destruir a Cidade Santa, através do general Tito, no ano 70 depois de Cristo.
Mas toda tragédia tem sua própria anatomia, ela vai sendo construída pacientemente. No caso dos Judeus daqueles dias, duas escolhas foram decisivas para que a ruína começasse a ser tecida, o que durou, aproximadamente, 40 anos.
A primeira escolha desastrosa foi a escolha de Caifás como sumo-sacerdote, uma jogada que envolveu a indicação política dos Romanos em conluio com o comando religioso do Sinédrio.
Caifás era genro de Anás, que ocupava o cargo ante de sua posse, portanto, aquele era um “negócio de família”, uma vez que diversos interesses econômicos e políticos estavam em jogo na sensível relação dos Judeus com o Império.
Ora, Lucas afirma, no capítulo 3 verso 2, que o ministério de João Batista, filho do Sacerdote Zacarias, da Tribo de Arão, começou na mesma época do sacerdócio de Caifás. João, como sabemos, prepara o “Caminho do Senhor”, e segundo Jesus, entre os nascidos de mulher, ninguém era igual a João. Ele, portanto, era a escolha certa, tinha a hereditariedade, tinha o chamado do Espírito Santo, tinha as qualificações para exercer um ministério profético, mas foi rejeitado pela elite religiosa e pela demagogia política.
A segunda escolha desastrosa, que dispara o mecanismo que vai levar o povo a ruína, foi a escolha entre Jesus e Barrabás.
No pátio do Palácio de Pilatos, os Judeus daquela geração não escolheram apenas soltar um preso político e agitador, para livrá-lo da sentença de morte, eles escolheram entre o Reino de Deus e o Reino de Roma, escolheram entre a salvação e a danação, escolheram entre a vida e a morte.
Manipulados pelas autoridades judaicas, que já estavam articuladas com a autoridade do governador da Palestina, o povo escolheu seu próprio destino ao afirmar: “Crucifica-o!”, em relação a Jesus.
Fosse isso pouco, ainda disseram, em tom arrogante: “Caia sobre nós e sobre os nossos filhos o seu sangue”. 40 anos depois, o grande General Romano entrou em Jerusalém, destruiu a cidade e o templo, profanando o lugar sagrado e fazendo ali sacrifícios pagãos, mantando centena de milhares de pessoas.
A vida é feita de escolhas. Por vezes, lemos os textos, mas somos incapazes de articular o mosaico mais amplo da história. Na verdade, religião e política são duas potestades que sempre andam juntas, por isso, no livro do Apocalipse, elas são representadas por duas bestas.
Quem puder discernir o que digo, que discirna...
Neste domingo, o Brasil está diante de uma escolha que poderá mudar os rumos da nação para sempre. Espero, em Deus, que você faça a escolha correta e que aquele que for subir a rampa do Palácio esteja, realmente, pronto para governar e tomar as medidas que o nosso convalido País necessita.
Que o Senhor nos livre, portanto, de escolhermos errado e de vermos o sangue de inocentes caindo como cachoeiras em nossas cabeças. Oro para que sua decisão seja conforme o Espírito que vemos em Jesus e a consciência que há no Evangelho. Deus os abençoe!
Que o Senhor nos livre, portanto, de escolhermos errado e de vermos o sangue de inocentes caindo como cachoeiras em nossas cabeças. Oro para que sua decisão seja conforme o Espírito que vemos em Jesus e a consciência que há no Evangelho. Deus os abençoe!
Carlos Moreira
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