O mundo hoje discute sobre sustentabilidade, a capacidade de empreendimentos se tornarem viáveis no longo prazo, sem, sobretudo, ferir o meio ambiente. Quando olho para o futuro da igreja, não há outra palavra que me chame tanto a atenção quanto sustentabilidade. Sim, eu creio que o modelo da religião institucional se exauriu, não suportará mais uma geração, revolve-se em espasmos terminais. Clericalismo, liturgias ocas, dogmatizações, ajuntamentos impessoais, altos custos de manutenção de estruturas hipertrofiadas, nada disso sobreviverá aos dias vindouros. A questão central é que o mundo tem outra agenda, precisa de novas alternativas, novos modelos, Jesus é, de fato, a solução, mas a igreja não sabe mais quais são os problemas deste tempo, nem como debatê-los, nem como enfrentá-los, está perdida em devaneios. Enquanto a sociedade agoniza, em busca de escapatórias, a igreja se distrai com “batalhas espirituais”, a vida está cada vez mais insuportável, o ritmo cotidiano das pessoas é algo insano, descontrói a musculatura emocional de qualquer indivíduo e faz o ser sucumbir em meio ao mal deste século: a depressão. Vivemos num mundo impessoal, carente da experiência do encontro humano, das relações duradouras, a virtualização proporcionada pela tecnologia isola as pessoas e as torna refém de uma tela de computador, tudo ficou frio e distante. É nesse ambiente inóspito que a igreja está sendo desafiada a sobreviver, mantendo o Evangelho como a única mensagem capaz de ressignificar a existência, mas encontrando novas alternativas sócio-religiosas para ser relevante às pessoas. Mudar é preciso, e ter coragem para fazê-lo é imprescindível! Assista a mensagem e assuma sua posição!