O advento da modernidade, pelo olhar do sociólogo alemão Georg Simmel, pode ser melhor compreendido quando conhecemos dois dos seus principais símbolos: o dinheiro e a metrópole. Para Simmel, a evolução histórica destes elementos acentuou o que há de diverso no modo de vida moderno, a saber, um mundo onde as relações são objetivas e superficiais, uma sociedade marcada pela impessoalidade. Na mesma linha de pensamento segue o reconhecido sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que criou o conceito de “modernidade líquida”, algo que produziu uma cosmovisão na qual os valores se deterioram facilmente, o estilo de vida das pessoas passa a ser afetado pela impermanência e onde a tecnologia mecanizou as relações em redes sociais de interação virtual. A igreja, como não poderia deixar de ser, foi duramente afetada por essa dinâmica existencial, o que gerou o que denomino de “Cristianismo de Massa”, um fenômeno caracterizado pelo inchaço numérico das comunidades de fé, pela impessoalização das relações e das trocas humanas e o surgimento de uma demanda por programações que produzam entretenimento espiritual. O Cristianismo de Massa é o grande responsável pelo surgimento, a partir da década de 1980, das mega-igrejas, comunidades avantajadas e superpopulosas anabolizadas por práticas que são incapazes de produzir crescimento espiritual consistente e cumprir o propósito daquilo que Jesus qualifica no Evangelho como Εκκλησία – Igreja. Mas o que esse tipo de ajuntamento superlativo numericamente revela? Quais as consequências desta espiritualidade de massa que dilui o indivíduo e o torna apenas um número dentro de uma superlotada congregação? Em contra partida, qual é o significado da expressão “Corpo de Cristo”, utilizada por Paulo na carta aos Coríntios, e qual o modelo da igreja neotestamentária? Assista a esta mensagem e compreenda qual o verdadeiro significa de igreja.