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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

28 janeiro 2016

O Jejum que Alimenta o Coração

O jejum, no meio evangélico, é uma espécie de “Espinafre do Popeye”, o sujeito faz uso dele como um suplemento espiritual com vistas a se fortalecer, tornar-se mais ungido, mas destemido na sua luta contra o diabo, é algo travestido de sobrenaturalidade, não obstante não passe de uma prática supersticiosa e vazia. O Jejum de Jesus, por outro lado, foi feito como preparação para a oferta de si mesmo ao mundo, portanto, correlatamente, ele deve ser algo que aguça a consciência e fortalece o coração para a ação solidária e generosa com o outro no chão da vida. O jejum tem, sim, esse poder de nos mover para fora de nós mesmos, ele leva a fixar o olhar para o que está no entorno, para as realidades dramáticas que nos cercam, como a dor, a miséria e a injustiça contra aquele que é nosso igual. Isaías, no capítulo 58, já advertia a Nação de Israel quanto a esse jejum ascético, auto-indulgente e meritório, que visa fazer chantagem emocional com a divindade com vistas a tirar proveitos dela. Já ali, numa sociedade experimentando um desequilíbrio social grave, há a denúncia do abandono dos pobres em detrimento do exercício de uma espiritualidade oca, que imaginava que Deus desejava que o abastado se privasse de pão por um ou dois dias, enquanto o faminto agonizava sem ter o que comer. O único jejum que agrada a Deus é aquele que você faz para o benefício do outro, um jejum que remove a lepra da alma para torná-la sensível ao sofrimento humano, o jejum que traz algum proveito alimenta o coração de solidariedade, move mãos e pés na direção dos indigentes da terra, dos esquecidos e soterrados sem qualquer esperança. Assista a esta mensagem e mude, para sempre, sua forma de jejuar!




27 janeiro 2016

Meu Nome é “Legião”



Na vida, você pode ser possuído por dois tipos de espíritos: o dos demônios e o espírito do próprio homem. Sim, gente pode possuir gente para o bem e para o mal, pois todo encontro humano é, de certa forma, possessão.

Portanto, tenha cuidado com aquele que você convida para entrar no íntimo do ser, pois a “variedade” promíscua, ao invés de proporcionar experiência, fomenta, na verdade, a decadência da alma, exila o indivíduo para o mar do abandono dentro do seu próprio corpo.

Pessoas que tem por hábito cultivar relacionamentos fortuitos, gente que se entrega a um rosto bonito ou um corpo esculpido, não percebe o mal que faz a si ao trazer para o coração uma mistura enorme de sentimentos, o que faz com que a mente se torne compulsiva pela busca de novas possibilidades.

Tenho pena dos que imaginam que se entregam pelo prazer e que isso nada lhes custará, pois, mais cedo ou mais tarde, perceberão que perderam sua essência, diluíram-se dentro de si mesmos, já não possuem mais identidade nem unicidade, se você lhes perguntar o nome, tristemente, responderão: “meu nome é legião”.

Desta forma, percebo que o indivíduo que tem reverência pela sua solidão é mais feliz do que aquele que fez das trocas relacionais uma orgia de encontros descompromissados, onde o sexo rolou frouxo e a busca pela satisfação constituiu-se o único objetivo a ser alcançado. Quem vive imbuído apenas em sentir prazer experimentará angústias inesgotáveis quando ele lhe faltar e, tenha certeza, isso acontecerá, cedo ou tarde...

Carlos Moreira

26 janeiro 2016

A Ceia só é Santa se a Fome for Farta



Santa Ceia? É ser pão para o faminto e vinho – alegria – para o oprimido de alma. O resto é rito dominical elitizado para uma igreja cauterizada de mente e gangrenada de coração.

Compreenda, portanto, que todo memorial que não aponta para a vida e não se faz carne e sangue no Caminho, para nada aproveita, é tradição religiosa que reverbera apenas como piedade perversa. 
A mística do Corpo e do Sangue servem para aguçar o Espírito em nossa consciência quanto ao Evangelho, essa é a benção, sermos livres do egoísmo que opera em nós, pois não há nada que produza mais doença do que ser autocentrado.  

Jesus afirmou que era o verdadeiro Pão que havia descido do Céu, e assim, arrematou: "A minha comida e a minha bebida é fazer a vontade de meu Pai". Ora, nós já sabemos que a vontade do Pai é ser amado no próximo. O outro, portanto, é o altar onde eu devo realizar o meu serviço, pois, só fazendo assim, é que o Senhor virá até nós, sentará à mesa e cerará conosco.

Quando Jesus declarou na Eucaristia: "Fazei isto em memória minha", ele não tencionava induzir ninguém a repetir um rito sem qualquer entendimento, pois, em verdade, aquele ato significava algo com uma perspectiva muito maior! Chega a ser bizarro imaginar que Jesus desejava que comêssemos pão e vinho, fizéssemos o sinal da cruz, cara de piedade e voltássemos saltitantes para nossos lugares no culto.

Na verdade, a fala do Senhor, ao depois, desdobrou-se de forma mais profunda e consistente no fato dele ter dado a Sua vida em prol do mundo! Então, Santa Ceia é aquilo que me leva, a partir do rito e dos símbolos, a entender que eu também devo ser pão para os outros, que devo gastar minha vida em prol de amenizar a dor dos que não possuem esperança. Que melhor maneira de anunciar a "morte e a ressurreição do Senhor" que não esta? 


Em absoluto, é propósito de Deus que, semana após semana, ano após ano, o indivíduo faça o "árduo" caminho do banco até o altar para tomar a sua Ceia e voltar ao seu lugar, tão inerte de consciência e insensível de alma quanto estava antes.

E assim, a Ceia só se torna Santa se a fartura da mesa seja tanta que chegue até os miseráveis e indigentes da Terra. Caso contrário, é apenas pão, vinho, religiosidade e descaso...



Carlos Moreira

O Jejum que Alimenta o Coração




O jejum, no meio evangélico, é uma espécie de “Espinafre do Popeye”, o sujeito faz uso dele como um suplemento espiritual com vistas a se fortalecer, tornar-se mais ungido, mas destemido na sua luta contra o diabo, é algo travestido de sobrenaturalidade, não obstante não passe de uma prática supersticiosa e vazia.

Sim, o Jejum de Jesus foi feito como preparação para a oferta de si mesmo ao mundo, portanto, correlatamente, ele deve ser algo que aguça a consciência e fortalece o coração para a ação solidária e generosa com o outro no chão da vida.

O jejum tem, sim, esse poder de nos mover para fora de nós mesmos, ele leva a fixar o olhar para o que está no entorno, para as realidades dramáticas que nos cercam, como a dor, a miséria e a injustiça contra aquele que é nosso igual.

Isaías, no capítulo 58, já advertia a Nação de Israel quanto a esse jejum ascético, auto-indulgente e meritório, que visa fazer chantagem emocional com a divindade com vistas a tirar proveitos dela. Já ali, numa sociedade experimentando um desequilíbrio social grave, há a denúncia do abandono dos pobres em detrimento do exercício de uma espiritualidade oca, que imaginava que Deus desejava que o abastado se privasse de pão por um ou dois dias, enquanto o faminto agonizava sem ter o que comer.

O único jejum que agrada a Deus é aquele que você faz para o benefício do outro, um jejum que remove a lepra da alma para torná-la sensível ao sofrimento humano, o jejum que traz algum proveito alimenta o coração de solidariedade, move mãos e pés na direção dos indigentes da terra, dos esquecidos e soterrados sem qualquer esperança.

Tudo o mais, para mim, é só fuleragem, não é necessário se fazer um curso para aprender o óbvio! Com o que está dito aí, você já está diplomado em jejum, não precisa de mais nada...


Carlos Moreira

12 janeiro 2016

O que Fazer se Deus Deixar de Funcionar?

Para que você quer um deus? Para lhe salvar do inferno? Para lhe livrar do câncer? Para lhe dar uma esposa? Para lhe impermeabilizar contra a violência, o desemprego, o dia da tragédia? Que sentido há em servir a um deus que não nos oferece benefícios? O que fazer quando deus falha? Ora, e Deus pode falhar? Bem, depende de que deus estamos tratando! A verdade é que, nos dias de hoje, a religião se tornou um serviço como qualquer outro. Sim, igrejas vendem o sagrado sob medida, customizado para atender as demandas dos clientes que, com todo conforto, usufruem das ofertas commoditizadas da fé. Pagando o dízimo, uma espécie de seguro contra perdas & danos, o fiel segue na prática de uma espiritualidade desprovida de significados e propósitos, uma vez que o cristianismo se tornou, juntamente com outras correntes do pensamento, uma ideologia a mais no panteão das filosofias humanas. Assim, de forma pragmática, quem tem um deus não tem nenhum, e, quem tem dois, quem sabe, pode até ter um! Portanto, se deus falhar, é preciso ter uma plano “B”, um “deus coringa” que nos livre de nossos temores e nos faça feliz. Ao final, o que importa mesmo é que sejamos salvos, que ganhemos a nossa Coroa e nos tornemos cidadãos da Nova Jerusalém. Mais é só isso? Assista a esta provocante mensagem e discirna que tipo de fé é a sua.


 

04 janeiro 2016

Vinho Novo para Odres Novos

“Libertei mil escravos. Poderia ter liberto outros mil se eles soubessem que eram escravos”. Harriet Tubman, abolicionista norte-americana do século XIX. Uma das forças mais poderosas as quais um homem pode ser submetido é aquela que patrocina a ignorância e a religião, indiscutivelmente, é um dos meios eficazes para se produzir esse fenômeno. Desde o mundo antigo, deuses religiosos exercem domínio e fascínio sobre os seres humanos. Foi assim com as divindades geográficas egípcias, babilônicas e persas, com os mitos gregos e romanos divinizados e com o panteão de santos associados à figura emblemática de Jesus no cristianismo europeu. Em todos esses arquétipos político-religiosos, faraós, reis, imperadores e papas exerceram glamoroso e impiedoso poder sobre terras e mentes. Não é diferente hoje... A grande polarização mundial não é econômica, não estamos diante de uma luta entre capitalismo e socialismo, mas de um embate religioso entre cristianismo e islamismo, uma guerra insana realizada pelos homens e patrocinada por principados e potestades. A grande tragédia destes dias é vivermos em meio a uma geração de crentes inoperantes, marcada pela industrialização da mensagem e a serialização da consciência. Sim, esse é um tempo de igrejas grandes e mentes pequenas, muito barulho e pouca devoção. Olhando com atenção, é como se essa igreja fosse uma Matrix, um ambiente pseudo-espiritual capaz de promover alienação em massa. Portanto, libertar as pessoas da própria instituição a qual pertencem parece ser uma tarefa auspiciosa. É triste, mas muitos se tornaram escravos desse sistema sem sequer saber, eles poderiam ser libertos pelo poder do Evangelho de Jesus, mas estão anestesiados nos bancos de suas catedrais. Assista esta mensagem e discirno o que, de fato, está acontecendo!

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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