A morte dramática do ator Domingos Montagner suscitou uma questão inquietante entre religiosos e a sociedade em geral: que parâmetros Deus usa para fazer justiça num mundo caído? Sendo Deus um Espírito amoroso, é possível conceber que ele seja responsável por atitudes extremas, sentenças insuperáveis ou castigos compensatórios? Faria Deus a sua vontade utilizando-se daquilo que nos parece mal, ou é a interpretação fundamentalista das Escrituras o meio que faz surgir uma divindade ávida por vingar-se de tudo aquilo que não se encaixa dentro de sua vontade? É possível crer num Deus que ama sem dar a liberdade de escolha, ou é Deus um ser controlador e egoísta, incapaz de lidar com sua criação quando ela lhe contradiz os desejos? São questões complexas e que devem ser analisadas cautelosamente. Num tempo onde a igreja encontra-se entregue a muitas fábulas, insuflando descaradamente uma espiritualidade mágica, movida a catarse coletiva e a hipertrofia das atividades supostamente metafísicas, é razoável questionar se aquilo que é atribuído a Deus pode, de fato, ser mesmo uma realização dele. Uma coisa, todavia, me parece certa: Quando o “deus” que criamos se torna um diabo para os outros, mas cedo ou mais tarde, ele se tornará um diabo para nós também. Assista a mensagem e discirna onde está a verdade!
Perseverança
Há 5 dias
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