Eu pensei que a queda do Muro de Berlim havia ensinado aos homens que paredes de tijolo e cimento não resolvem problemas, apenas os separam em lados opostos. Mas Donald Trump pensa diferente...
Sim, enquanto o ser humano imaginar que apartar-se do seu igual pode ser a solução para alguma coisa, levantaremos barreiras visíveis, intermináveis, mas sequer seremos capazes de perceber que o grande muro está posto, na verdade, no coração e na consciência.
O “Muro do Trump” é só a representação visível dos muros invisíveis que crescem a cada dia dentro de nós. Olhe para o fenômeno, não para o evento, perceba o que há por trás de cada “tijolo” colocado nesta grande parede da vida.
De fato, o muro proposto pelo Trump separará nativos de imigrantes, mas se você analisar com mais cuidado, perceberá que, neste tempo, há outros muros erguidos, ainda que eles sejam invisíveis, como o muro que separa negros de brancos, pobres de ricos, direita da esquerda, capitalistas de socialistas, religiosos de ateus, protestantes de católicos, oriente do ocidente, islâmicos de cristãos, héteros de gays...
Olho para as Escritura e encontro: "Porquanto, Ele é a nossa paz. De ambos os povos fez um só e, derrubando o muro de separação, em seu próprio corpo desfez toda a inimizade...". Ef. 2:14. Portanto, não erga muros, pois você foi chamado para destruir fortalezas!
Ora, esse não será o primeiro muro que o homem vai construir, nem tão pouco será o último, mas a questão central é: quantos muros já cresceram dentro de você? E quantos ainda vão crescer?
Carlos Moreira