Na idade média, era prática comum enterrar as pessoas dentro de igrejas. Famílias influentes, ricas e poderosas, tinham seus próprios jazigos nos corredores e assoalhos das catedrais, assim como bispos e autoridades sacerdotais também. Ser sepultado neste “solo sagrado”, de preferência em locais próximos ao altar, era privilégio para poucos. Com a pandemia da peste negra na Europa do século XIV, que dizimou aproximadamente 75 milhões de pessoas, o sepultamento em igrejas tornou-se algo inviável por questões de saúde pública, e assim surgiram os cemitérios como nós os conhecemos hoje. Eu tenho considerado a igreja dos nossos dias como cemitério de gente, com uma distinção fundamental em relação ao passado: hoje as pessoas estão sendo enterradas vivas, elas vão sendo sepultadas cirurgicamente: primeiro mata-se quem o indivíduo é, sua singularidade, depois castra-se seus sonhos, algema-se sua mente, reprime-se suas vontades, até que ele se torna um ser sem alma, sem paixão, sem alegria, sem vitalidade, sem brilho no olhar. Sim, neste tempo, a religião criou a “Fábrica dos Zumbis”, uma indústria de produção em série de mortos-vivos, gente que não tem o menor entendimento do que significa o Evangelho e, muito menos, o que implica seguir a Jesus. E assim milhões vão se arrastando pela vida, maltrapilhos de afetos, amputados de generosidade, leprosos de coração, dessensibilizados, eles ouvem, mas não compreendem, veem, mas não discernem, estão hipnotizados por uma ideologia que mata sem que o indivíduo sinta dor. Assista a mensagem e permita-se confrontar pelo Espírito!