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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

22 novembro 2016

A Soberania de Deus e o Curso da História Humana

A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos fez surgir calafrios e previsões apocalípticas da parte de muitos. Curioso, todavia, é que o futuro presidente, mesmo com tudo que atesta contra ele - racismo, xenofobia, fundamentalismos - foi eleito com 82% dos votos dos evangélicos. Ora, para quem sabe como a política funciona, é certo que Trump não poderá fazer o que prometeu nos arroubos da campanha. Sim, pois, por detrás dele, há lobbies poderosos como o da indústria de armamentos, dos Judeus de Wall Street, das 30 Famílias Mais Ricas, além dos Senadores e Deputados do Congresso. Na verdade, são tantos acordos e conchavos, que quem governa, mesmo, tem uma faixa de poder extremamente limitada. Trump é o seu grande medo? Um mundo pré-apocalíptico se avizinha? Deixa eu lhe dar uma notícia: Deus, o único que tem poder sobre os universos e sobre todas as coisas, ainda está no trono, portanto, como diz o salmista: “que mal me poderá fazer o homem?”. A partir do texto de Daniel capítulo 4, que trata da visão de Nabucodonosor interpretada pelo profeta, vamos fazer uma análise da simbiose político-cultural dos reinos da Terra com as potestades espirituais, de tal forma a discernirmos a fenomenologia que se desenha diante de nós. Assista a mensagem!


 

14 novembro 2016

Submissão Feminina: um Tabu que Resiste ao Tempo.



“Permaneçam as mulheres em silêncio nas igrejas, pois não lhes é permitido falar; antes permaneçam em submissão, como diz a lei. Se quiserem aprender alguma coisa, que perguntem a seus maridos em casa; pois é vergonhoso uma mulher falar na igreja”.
1 Coríntios 14:34,35.

Sempre tenho encontrado gente que me questiona sobre a doutrina que trata da submissão da mulher. Via de regra, homens que se agarram aos textos de Paulo sobre o tema são dominadores, preconceituosos e inseguros, mas, com uma bíblia nas mãos, eles se servem da força do dogma que impede uma leitura de Paulo condicionada ao prisma da sociedade em que ele vivia – machista e patriarcal – ou seja, uma cosmovisão totalmente diferente da nossa. 


O que eu me divirto quando encontro tais indivíduos, é que eles, como de costume, coam o mosquito e engolem o tiranossauro rex, são excêntricos observadores das porções que lhes interessa nas Escrituras, afirmando que os princípios de Deus são irrevogáveis, todavia, ficam sem qualquer condição de defesa diante de argumentos básicos da exegese, coisa que criança em escola dominical já sabe fazer. 

Veja você como os tais se complicam com um texto como o citado acima. Nesta passagem de 1ª. Coríntios, Paulo trata do tema da submissão da mulher, primeiro no que diz respeito a observância da Lei para o ambiente público, depois, na sequência, para o ambiente doméstico. Em ambos os casos, o princípio é o mesmo, ainda que com diferentes aplicações. 

Na sociedade de Paulo, mulher não tinha direitos, nem espaço, nem reconhecimento. A mulher paria filhos, cuidava da casa e pedia a Deus com todas as forças que seu marido não lhe desse uma carta de divórcio, pelo motivo que bem entendesse, deixando-a desamparada e exposta a enorme possibilidade de buscar a prostituição para poder sobreviver. Esse era o contexto, de forma esmagadoramente simplificada. 

Contudo, observe como os Doutores da Lei modernos são convenientes em suas interpretações. Por força da cultura social de nosso tempo, seria absurdo manter uma mulher calada na igreja, pois a mulher no século XXI pode fazer tão bem ou melhor qualquer coisa que um homem faça. Por conta disto, metade da passagem acima é flexibilizada em função de sua inadequação ao contexto do mundo contemporâneo, mas o mesmo não se aplica a outra metade, ou seja, no que convém, que é manter a mulher subjugada por uma doutrina que expirou, o texto se aplica, mas naquilo no qual a questão se torna indefensável, do ponto de vista do fenômeno sócio-cultural, ela pode ser relaxada. 

Portanto, o que temos aqui é mais um tabu da religião a ser quebrado. Ora, eu penso que o que regula uma relação afetiva não é a submissão, mas o amor! O mandamento é amar, não subjugar, é acolher, não amedrontar, é cuidar, não esmagar, pois em meio a essa questão da submissão da mulher o que mais se vê são os exageros e o uso perverso do texto sagrado para justificar desmandos inaceitáveis. 

Jesus não tratou desta questão, deixando claro, para mim, que o tema deve ser abordado de maneira consensual. Quando Paulo estabelece o postulado em várias de suas epístolas, ele trata de um ponto de vista dessa cultura patriarcal judaica, numa sociedade onde a mulher não tinha outra escolha a não ser aceitar o mando do marido. Seria absurdo, nesta perspectiva, o apóstolo ensinar qualquer outra coisa, pois aquele era o mundo onde ele vivia! 

Eu acredito que olhar para certas passagens das Escrituras requer coragem e bom senso. Nós sabemos que o texto é inspirado, mas também precisamos compreender que, alguns deles, em função de questões religiosas, culturais, políticas, econômicas, sociais, dentre outras, expirou! É o caso da submissão da mulher. 

Para ser factual nesta afirmação, basta analisarmos os dados do último censo do IBGE no qual cerca de 60% das famílias das classes C e D são mantidas pelo trabalho das mulheres. 

Com o intuito de buscarmos uma posição equilibrada, podemos desferir um outro olhar sobre o tema de tal forma a lançar uma nova luz. Quando Jesus trata da questão da autoridade, ele ensina que quem a exerce deve fazê-lo com a consciência de quem presta um serviço, ou seja, eu cativo a submissão de alguém porque, ante de tudo, cativei a pessoa pelo amor e pelo cuidado para com ela. O próprio Paulo já deixou plantada esta ideia quando usou a metáfora no texto de Efésios 5:25: “Maridos amai as vossas esposas como Cristo amou a igreja e sacrificou-se por ela”. 

Então, eu penso que este é um tema que deve ser abordado de forma honesta e buscando a luz da verdade para este tempo. Não vejo qualquer problema em haver igualdade de autoridade no lar, pois, onde há amor sincero, os conflitos são sempre resolvidos buscando o melhor para o outro. Onde não há, todavia, o código religioso será usado como mordaça existencial, como instrumento de opressão, como meio de chantagem, e tudo isso em nome de “deus”. 

Portanto, se você, macho-man cristão, quer uma mulher submissa a sua vontade, compre uma boneca de plástico para brincar. Agora, quando for tratar da questão na vida real, seja gentil e carinhoso, compartilhe decisões e busque o consenso. Acredite em mim: será muito melhor ir por este caminho... 

Carlos Moreira



03 novembro 2016

Protagonismo Perdido: a Trágica Situação da Igreja

Em meio ao caos social do Reino do Norte, o profeta Oséias, 2.800 anos atrás, responsabiliza os sacerdotes religiosos por promoverem o desenvolvimento de tal fenômeno. A dimensão da tragédia pode ser sentida no versículo 3 do capítulo 4, impactos produzidos não apenas na esfera da existência cotidiana, mas reverberações sobre o próprio planeta, com a natureza sendo duramente afetada. Num tempo onde a igreja se esconde por detrás de agendas de entretenimento intermináveis, movimentos e programas que visam, prioritariamente, engorda a estrutura, o confronto de Oséias se torna não apenas atual, mas, inexoravelmente, necessário. Nesta mensagem, somos chamados à responsabilidade de analisar os processos que levaram aquela sociedade a sucumbir, não obstante, paradoxalmente, ela tenha experimentado um alto índice de prosperidade econômica. Quais são os fatores cruciais atrelados à religião que levam um povo a ruína ética e espiritual? Quais são as dimensões da fenomenologia por detrás do recorte do povo de Israel em 870 a.C e que tem correlação arquetípica conosco? Qual é o nosso papel nos dias que vivemos: marionetes nas mãos do clero da igreja, sendo cevados com doutrinas alucinógenas, ou protagonistas na construção de uma nova sociedade, vivendo todas as dimensões do Evangelho? Assista esta mensagem e encontre, você mesmo, as respostas...


 

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