Meme, na webesfera, trata do fenômeno de "viralização" de uma informação: um vídeo, uma frase, uma imagem, uma ideia ou música, algo que se espalha rapidamente e alcança muita popularidade entre os usuários. Eu sonho em ver o Evangelho se transformar numa espécie de meme, algo virulento, com uma capacidade explosiva de infiltração em todas as camadas da sociedade, em todos os lugares, mas, na prática, não é isso que tem acontecido. Pelo contrário, o cristianismo, como ideologia religiosa que tenciona ser a detentora dos direitos autorais do Evangelho, tem produzido, ao longo de sua história, desde sua constituição pelo imperador Constantino no século IV, escândalos, divisões, mortes, perseguições, acúmulo de riquezas, ostentação de poder, ou seja, tudo aquilo que não tem parte em Jesus. Mas analisando a história, vemos que não foi assim no começo, quando um pequeno grupo de discípulos saiu de Jerusalém para compartilhar a mensagem da fé e da ressurreição do Filho de Deus. Sem nada que não fosse amor e graça no coração, eles se espalharam por todos os lugares e, em apenas 300 anos, contaminaram o mundo antigo com a esperança da salvação. A verdade é que o cristianismo ganhou poder político, econômico e religioso, mas perdeu o poder espiritual, perdeu sua essência, seu caráter subversivo, perdeu a virulência da doce revolução. O cristianismo se tornou o Evangelho enlatado, industrializado pela igreja institucional romana, aditivado pela lógica aristotélica para se impor como filosofia prevalente. Ele deixou de ser a mensagem simples da salvação para se tornar num compêndio de doutrinas sofisticadas, deixou as catacumbas para entrar nos palácios, deixou o caminho para voltar para o templo, deixou a cruz para sentar-se na cátedra dos bispos. Assista a esta desafiadora mensagem e chegue às suas próprias conclusões!