Começou uma campanha nas redes sociais que tem como objetivo demonizar a imagem do “coelhinho da páscoa” e do ovo de chocolate.
Como sabemos, a “crentaiada” adora caçar fantasmas e tudo em nome da ortodoxia! Mal sabem eles que os maiores mitos pagãos estão, hoje, dentro de seus próprios templos. A doutrina da prosperidade, da batalha espiritual, da maldição hereditária e da cura interior, práticas vigentes na grande maioria das comunidades cristãs, é material mais do que suficiente para atestar o que digo.
De fato, o hábito de oferecer ovos como presente vem da tradição pagã francesa e espalhou-se rapidamente por toda a Europa e Oriente. Tratava-se da celebração a Ostera, deusa da primavera, caracterizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade.
Na idade média, provavelmente na Inglaterra, a tradição foi “cristianizada” para associar a troca de presentes ao período de celebração da páscoa judaica. Os costumes folclóricos foram absorvidos uma vez que era comum essa prática entre aqueles povos.
No século XVIII, confeiteiros franceses tiveram a ideia de produzir os ovos de chocolate, o que fez com que o costume ganhasse contornos econômicos. Hoje, o que temos nada mais é do que a utilização da tríade: tradição – religião – mercado, sendo maximizada pelo marketing para fazer girar a engrenagem de consumo capitalista. Não há nem demônio nem maldição em nada disto, business is business.
Para finalizar, vou lhe dar uma sugestão: se você tem problemas com o “famigerado coelho”, ao invés de dar um de presente a meninada, troque por um boneco do Thales, o qual pode ser achado neste linkhttp://www.lojathallesroberto.com.br/produtos/54/bonecos ao preço de aproximadamente R$ 20,00. Com esse simples ato, ao menos, seu paganismo será gospel!
Feliz páscoa para você! E não coma ovo demais. Eles não causam embaraços espirituais, mas podem produzir complicações intestinais...
Carlos Moreira