Em tempos de Lava Jato, nada mais comum do que pedido de habeas corpus enviado a justiça. Advogados experientes, auxiliando clientes desesperados, tentam preservar a liberdade de réus cada vez mais complicados com provas incontestes. Essa semana, pela primeira vez, um Presidente da República sentou-se diante de um Juiz Federal para responder a um processo no qual pode ser preso. No contexto mais amplo, Lula tenta, a todo custo, se livrar de companhias indesejáveis, fantasmas pendurados no armário do seu governo: “amigos” empreiteiros, partidários presos, e alguns ainda soltos, desafetos históricos, executivos de grandes corporações, marqueteiros, é tanta gente entranhada em questões escusas que, para onde o Presidente se vira, tem alguém querendo “comer seu fígado”. Obviamente, Lula já se apercebeu que virou refém de uma centena de pessoas e luta para, de alguma forma, se vê livre delas. Assim, esperemos as cenas dos próximos capítulos, elas vão revelar se ele conseguirá este tento... Pois bem, pensando nisto, imaginei como seria se Deus entrasse com habeas corpus para se ver livre de sua relação com os homens. Sim, ninguém mais do que ele é usado e solicitado para todo tipo de demanda na Terra. Sendo honestos, vamos constatar que Deus está cercado de “amigos da onça”, gente que diz lhe amar, mas que só deseja receber benesses, tem de lidar, o tempo todo, com pessoas que construíram com ele relações promíscuas, baseadas na troca, no interesse, na busca de vantagens e no desejo de manipular o sobrenatural em favor próprio. Deus é traído o tempo todo! Ele é rejeitado e escarnecido por aqueles que dizem lhe devotar reverência e amor! Ninguém, na história humana, foi tão desejado para satisfazer desejos frívolos, para intervir em questões supérfluas, em demandas pequenas, em questiúnculas tolas, todos temas que revelam, despudoradamente, do que a vaidade, a ganância e maldade do homem são capazes. Deus é explorado, é chantageado, é tratado como amante, colocado em segundo plano, esfolado por uns, seviciado por outros, vive no imaginário das pessoas, mas só é buscado, de verdade, quanto a tragédia nos visita, quando um filho desenvolve um câncer, quando um acidente fataliza um pai, uma mãe, quando o desemprego bate em nossa porta ou o amor da vida se esvai pelo esgoto dos dias. Neste domingo, vou pregar sobre este difícil tema, e vou lhe demonstrar como sua relação com Deus é superficial, interesseira e desprovida de significados para a vida. Você tem coragem de Assistir?