Como é curioso esse mundo no qual nós estamos vivendo onde até mesmo objetos inanimados estão em plena conexão, mas, contraditoriamente, as pessoas, apesar de também estarem ligadas em redes computacionais, estão cada vez mais desconectadas umas das outras. Sim, porque ligações eletrônicas por meio de fibras ópticas, de cabos, de sinais de ondas digitais, não implicam em empatia, solidariedade, generosidade, bondade e outras dimensões das trocas humanas que estão enferrujando em meio a uma sociedade onde as pessoas possuem nervos de aço e coração de lata. Pelo contrário, a impressão que eu tenho é que quanto mais o indivíduo está conectado digitalmente, mas ele se torna insensível do ponto de vista do mundo real, das relações cotidianos concretas. É muito mais fácil se comunicar virtualmente com alguém na China do que pessoalmente com o vizinho de porta, até mesmo porque a distância cria certas barreiras intransponíveis e algumas “comodidades” interessantes, pois, se não estou com você, pouco posso fazer a seu respeito. Muito em breve, as máquinas vão se comunicar muito mais do que as pessoas, elas vão, inclusive, tomar algumas decisões por você, e também é bem provável que, num espaço de tempo muito curto, você interaja mais com máquinas do que com pessoas. Analisando tudo isso, pegue a minha bíblia e me deparei com o fato de que, na verdade, o Evangelho é que é o grande patrocinador das conexões por excelência – de Deus com os homens, dos homens entre si, dos homens com a natureza, ele patrocina a maior de todas as redes e o seu protocolo de comunicação é o amor. É pouco provável que alguém tenha entendido, de fato, o que é o Evangelho, sem ter o desafio de criar sua rede de conexões visíveis e tangíveis com tudo o que tem vida. Nessa perspectiva, corrobora comigo o apóstolo João quando afirma que é impossível alguém amar a Deus, a quem não vê, e não amar ao próximo, que está diante de si. Pois bem, aqui surge uma questão: como andam suas conexões? Assista a mensagem!