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24 agosto 2011

Por quê?


Por que as coisas mais incríveis da vida foram aquelas que passaram diante de nós e a gente quase não se apercebeu delas, foi como brisa de final de tarde num dia ensolarado de verão?

Por que a gente só dá valor a pai e mãe depois que a gente os perde na vida, depois que amargamos experimentar o fato de que os túmulos não falam, nem afagam, apenas calam?

Por que só aprendemos a reconhecer o valor da amizade quando perdemos nossos amigos, sofremos sozinhos, choramos escondidos, disfarçamos na mesa do bar as ausências reveladas pelas cadeiras vazias?

Por que a gente só se sente seguro depois que o corpo não corresponde mais aos nossos anseios, quando braços e pernas teimam em não mais nos obedecer?
  
Por que a gente só se sente maduro quando não dá mais para fazer coisas que só os garotos fariam, e por que a gente quando é garoto não consegue agir como gente grande?

Por que depois dos 40 a velhice se aproxima tão velozmente: a vista cansa, as costas doem, o sono é conturbado, a paciência diminui, tudo parece apenas mesmice?

Por que o amor com o tempo vai se apagando, como vela em fim de festa, e o seu brilho vai se ofuscando, como o orvalho da manhã que encobre o vidro da janela do quarto?  

Por que a vaidade nos deixa a certa idade, os sonhos se esfarelam, os planos se desfazem, as prioridades deixam de existir, tudo, absolutamente tudo, passa a ser algo dramaticamente real?

Por que os filhos crescem tão rápido e nós, pais, sem que façamos absolutamente nada, passamos de mocinhos a bandidos, de heróis a vilões; por que eles deixam de nos beijar, abraçar, de dizer que nos amam e precisam de nós?

Por que a certa altura da vida, o exercício de qualquer que seja a profissão trás consigo um grande enfado, pois quando este tempo chega, até ganhar dinheiro se torna coisa penosa?

Por que antes que venhamos a experimentar todas estas coisas, e os nossos dias tornem-se sem propósitos, não nos rendemos a Deus, que pode ressignificar hoje nossa existência, dar a ela outro destino, colorir o acinzentado que se acumulou em nossos olhos encharcados de tanto asfalto e concreto, por sabor em nossa comida, prazer em nossas relações, sonhos em nossa rotina, música em nossa alma, paz e bem em nossa vida?

Sim, por quê? Por quê? E por que não?

Carlos Moreira

 

2 comentários:

Você é muito sábio!
Texto mt convidativo a conhecer mais do Senhor que dá cor a vida.
Sou sua fã!!! \o/

@danysussa

Obrigado pelo incentivo. Espero continuar a escrever textos que ajudem as pessoas na sua caminhada com Deus.

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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