Na última semana, em entrevista ao programa global do jornalista Pedro Bial, a holandesa Zahira Lieneke, uma das mulheres presentes, denunciou o médium João Teixieira de Faria – o João de Deus – por abuso sexual. João atua há mais de 40 anos fazendo cirurgias e outras ações de curas espirituais no município de Abadiânia, interior de Goiás, num centro de atendimento chamado “Casa Dom Inácio de Loyola”, onde cerca de 20.000 pessoas são submetidas, todos os meses, aos seus procedimentos terapêuticos. Nesta semana, o Ministério Público recebeu mais de 300 denúncias de mulheres que se dizem abusadas sexualmente por João de Deus, algumas das quais relatam que teriam sofrido a violência quando ainda eram crianças ou adolescentes. As Escrituras Sagradas não negam a existência da paranormalidade, há casos, tanto no Velho Testamento quanto no Novo, onde encontramos a liberação de poder sobrenatural através de magos, místicos, feiticeiros e paranormais, os quais operaram coisas extraordinárias, inclusive curas. A questão que se põe diante dos acontecimentos, todavia, é a seguinte: como pode um homem que realiza o bem a tantas pessoas ser também, ao mesmo tempo, um instrumento de tamanha maldade e perversão? O que leva o indivíduo que lida com o sobrenatural a entrar neste caminho adoecido onde o mal parece ser justificado em função de todo bem que está sendo promovido? Qual a fenomenologia por trás deste processo de desconstrução da consciência e de anomalização das interações que se dão no trato humano? E mais, no caso específico de Abadiânia, o que podemos afirmar? Será que estamos lidando com uma possessão demoníaca, um caso de insanidade mental, de perversão de natureza psicológica, ou uma sociopatia que se esconde por detrás de um dom sobrenatural? Assista a menagem e chegue a suas próprias conclusões!
Perseverança
Há 6 dias
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