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21 julho 2017

Católicos X Evangélicos: Seis por Meia Dúzia.



Evangélicos criticam as procissões católicas e fazem a “Marcha para Jesus”.

Criticam os santos católicos e adoram os artistas gospel.

Criticam as velas católicas e pedem fogo do “espírito” para incendiar a igreja.

Criticam as vestes dos sacerdotes e usam Armani e Ermenegildo Zegna.

Criticam que os católicos não leem a bíblia, enquanto eles leem e não entendem.

Criticam o Papa, mas aceitam presidente de denominação.

Criticam a adoração a Maria e adoram Paulo, Lutero e Calvino.

Criticam catedrais suntuosas e fazem templos para 20 mil pessoas.

Criticam o uso do crucifixo, mas não se constrangem com shofar e menorá.

Criticam o terço e ao mesmo tempo ouvem o Cid Moreira lendo os Salmos.

Criticam a “Ave Maria” e oram o “Pai Nosso” como um mantra.

Criticam o celibato, enquanto se separam por qualquer coisa.

Criticam o purgatório, mas não se cansam de mandar todo mundo para o inferno.

Criticam missa de sétimo dia e fazem culto im memoriam.

Criticam o batismo de criança, mas permitem que adultos se batizem sem saber o que fazem.

Criticam as romarias e fazem campanhas e correntes de oração.

Criticam os símbolos romanos e ungem copo com água, sal e lenço.

Criticam a salvação pelas obras, mas são incapazes de realizar obras que testemunhem a fé.

Criticam a simonia, mas cobram dízimos para ensinar a prosperidade.

Criticam a penitência, mas vivem disciplinando os “desviantes”.

Criticam a confissão individual de pecados a um sacerdote, mas não se constrangem de fofocar publicamente sobre a vida do pastor.

Criticam os dogmas, mas aceitam a “tradição da igreja”.

Criticam os teólogos católicos e leem o “Poder da Mente” de Lair Ribeiro.

Criticam a crisma e fazem profissão de fé. Criticam o canto gregoriano e aceitam orações histéricas em línguas estranhas.

Criticam a entronização do santíssimo sacramento, mas aceitam a entrada da arca da aliança.

Criticam o turíbulo, mas aceitam gelo seco para apresentações de música e dança.

Criticam o altar, mas aceitam o púlpito de acrílico.

E eu, quanto mais vivo, mais me torno cético quanto a tudo isso...


Carlos Moreira





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