Este tem sido um ano difícil. Para alguém acostumado ao sucesso, a conquistas e vitórias, tive de “degustar” outras sensações como o fracasso, a “derrota” e a perda. Isso escrito em artigo fica filosófico, até intelectual, mas experimentado na vida dói, e dói pra valer...
Um ano para esquecer... Ou, quem sabe, para lembrar pelo resto da vida. Sim, seria melhor guardá-lo para que suas lições não se percam. E foram muitas. Depois de despencar de alguns barrancos, como diria o Lulu Santos, de ver alguns sonhos partidos, de experimentar a incompreensão, a traição, o descaso, a crítica mordaz, a mentira contada com requintes, vieram a reboque à queda dos paradigmas, a quebra dos modelos.
Mas eu sou assim... 100% explícito. Se você não gosta, fazer o que? Sou assim! Não consigo dissimular, fazer caras e bocas, dar beijos e abraços, tapinhas nas costas. Sou ser por fazer-se, cheio de incompletudes, de fragmentações, de desencontros, de medos, mas que não tem receio de botar a cara para bater, de dizer e escrever o que pensa, de ir na contra-mão, no contra-fluxo, o famoso pino quadrado tentando entrar no buraco redondo (Jack Kerouac).
Crítico profissional, fui alvo da crítica de todos. Bem feito, quem manda criticar! Falar é fácil, fazer é que é... Cometi erros, não há como escondê-los. Confessei-os de todas as formas, publicamente e em segredos... Se desse, eu os enterraria... Mas eles estão aí, todos às claras. Errei com Deus, com minha família, com gente que achava que era amigo, com amigos mesmo, com gente da comunidade, gente de dentro, de fora, do lado, de cima e de baixo. Errei. E daí, quem não erra? Errei tentando acertar! Melhor assim do que ficar assistindo da “geral” e apontando o dedo.
Não sei como será 2011. Não sei se “sobreviverei” a este tsunami. Estou de pé nocauteado; você sabe como é? Sabe nada... Não caí porque sou de uma persistência obtusa, consigo ir contra mim mesmo. E Deus? Ora, está mudo! Calou-se! Recolheu-se! Deixou-me só! Disse-me: "você não é o cara? Não sabe fazer tudo? Não tem os modelos, os métodos, tudo pronto, os planos perfeitos? Então vá lá, faça funcionar sem Mim!". E eu fui... Mas não funcionou! Fiz de tudo, mas não deu certo. Deus insiste em fazer com que os métodos não funcionem. Parece pura implicância, mas, de fato, não funcionam mesmo. E quer saber: dou graças a Ele que não tenham funcionado, pois se desse certo a glória seria minha e não dEle, seria veneno para minha alma, ácido para minha consciência, ópio para o meu coração.
A frase que trás o título deste artigo não é minha, é do Lobão – cantor, compositor e apresentador de TV – em sua música Decadence Avec Elegance – Decadência como Elegância. De fato, prefiro viver assim, 10 anos a mil a 1000 anos a 10. Prefiro viver intensamente, tentando fazer as coisas, errando, acertando, errando mais do que acertando, é claro! Mas vou tentando, pois tenho pavor da mediocridade, tenho pavor dos que assistem e dão desculpas esfarrapadas para não se envolver com nada, tremo diante da unanimidade, temo a vulgaridade, a commoditização, os simplistas, os que seguem mapas, os que nunca ousam sonhar... Como disse Oscar Wilde, “viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”.
Enfim, o ano acabou. Tinha a impressão de que ou ele acabava ou eu acabava com ele. Ele venceu... Com ele acabou-se muita coisa. O sábio diz que “melhor é o fim das coisas do que o seu princípio”. Estou constatando na prática. Este ano assisti ao fim de planos, de sonhos, de “amizades”, de projetos, e outras coisas sem relevância. Foi pau, pedra, e o fim do caminho... Deus salvou-me de mim mesmo, pois, em meio a tudo isso, consigo ver seu cuidado comigo. Ele livrou-me de ter sido bem sucedido em planos nos quais Ele nunca esteve, não porque eu não quisesse, mas por que Ele não quis... É complicado mesmo, não tente entender, apenas leia...
Aprendi com Millôr Fernandes que “há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos”. Eis aí estão as minhas derrotas. Quem quiser que as saboreie. Se eu tivesse chegado ao “pináculo do templo”, estaria rodeado de “amigos” querendo comer na minha mesa, mas os poucos que tinha me deixaram sós, sequer tiveram a coragem de se despedir. Vão em paz! Vão com Deus! Acha que guardarei mágoas? Não há espaços em meu coração para isso, pois sei que a amargura é como o câncer, corrói por dentro e esvazia o ser deixando o ambiente convidativo aos “fantasmas”. Não, não vou odiá-los, espero que achem boas paragens e paz e bem na vida.
“Assim, de boa vontade, por amor de vocês, gastarei tudo o que tenho e também me desgastarei pessoalmente...” 2a. Co 12:15. É o que creio. É o que faço há 27 anos. Ninguém pode dizer que não me gastei por amor das pessoas e do Evangelho. Se errei, foi tentando acertar. Trabalhei muito nestes anos. Vigílias, cultos de oração, encontro de jovens, de casais, cursilhos, seminários, escola dominical, pequenos grupos, aconselhamentos, cultos de louvor, cultos de ação de graças, casamentos, funerais, batizados, formaturas, cultos em empresas, acampamentos, louvorzão, foi tanta coisa que já perdi a conta. Faria tudo de novo. Me gastei e ainda me deixarei gastar, pois sei que “Deus não é injusto para ficar esquecido do meu trabalho para com os santos”.
Não peço sua aprovação, nem seu favor, apenas suas orações. Ore por mim, pois ainda que a intenção tenha sido boa, o resultado parece não ter sido dos melhores. Perdoe-me se lhe feri, se lhe ignorei, se lhe destratei, se lhe faltei com o devido cuidado. Ser empresário, pai, esposo, pastor, estudante, não foi coisa fácil este ano. Além de tudo isto, tem tudo o que sou e que não se desgruda de mim...
Não sei o que será daqui para frente. A coisa que acho que melhor sei fazer na vida é pregar o Evangelho. Vou continuar fazendo isto; não sei onde, não sei com quem, mas é certo que continuarei a fazê-lo.
Desejo-lhe de todo o meu coração um feliz natal e um próspero ano novo! O meu, este ano foi horrível, mas Deus me consolou de todas as minhas lamentações e me curou de minhas enfermidades, fez sobressair sobre mim a Sua luz e raiar sobre a minha face a Sua justiça. O que poderia eu desejar mais?
Por fim, não me responda nada. Seu silêncio me fará mais bem do que suas palavras. Se gostou, ótimo! Se não, CRTL + ALT + DEL. Ninguém me moleste mais por coisa alguma, pois eu já estou nisto há muito tempo e, penso, ganhei, ao menos, o direito de ser ouvido e respeitado, ainda que você não concorde com absolutamente nada do que disse.
Em Cristo,
Carlos Moreira
Enfim, o ano acabou. Tinha a impressão de que ou ele acabava ou eu acabava com ele. Ele venceu... Com ele acabou-se muita coisa. O sábio diz que “melhor é o fim das coisas do que o seu princípio”. Estou constatando na prática. Este ano assisti ao fim de planos, de sonhos, de “amizades”, de projetos, e outras coisas sem relevância. Foi pau, pedra, e o fim do caminho... Deus salvou-me de mim mesmo, pois, em meio a tudo isso, consigo ver seu cuidado comigo. Ele livrou-me de ter sido bem sucedido em planos nos quais Ele nunca esteve, não porque eu não quisesse, mas por que Ele não quis... É complicado mesmo, não tente entender, apenas leia...
Aprendi com Millôr Fernandes que “há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos”. Eis aí estão as minhas derrotas. Quem quiser que as saboreie. Se eu tivesse chegado ao “pináculo do templo”, estaria rodeado de “amigos” querendo comer na minha mesa, mas os poucos que tinha me deixaram sós, sequer tiveram a coragem de se despedir. Vão em paz! Vão com Deus! Acha que guardarei mágoas? Não há espaços em meu coração para isso, pois sei que a amargura é como o câncer, corrói por dentro e esvazia o ser deixando o ambiente convidativo aos “fantasmas”. Não, não vou odiá-los, espero que achem boas paragens e paz e bem na vida.
“Assim, de boa vontade, por amor de vocês, gastarei tudo o que tenho e também me desgastarei pessoalmente...” 2a. Co 12:15. É o que creio. É o que faço há 27 anos. Ninguém pode dizer que não me gastei por amor das pessoas e do Evangelho. Se errei, foi tentando acertar. Trabalhei muito nestes anos. Vigílias, cultos de oração, encontro de jovens, de casais, cursilhos, seminários, escola dominical, pequenos grupos, aconselhamentos, cultos de louvor, cultos de ação de graças, casamentos, funerais, batizados, formaturas, cultos em empresas, acampamentos, louvorzão, foi tanta coisa que já perdi a conta. Faria tudo de novo. Me gastei e ainda me deixarei gastar, pois sei que “Deus não é injusto para ficar esquecido do meu trabalho para com os santos”.
Não peço sua aprovação, nem seu favor, apenas suas orações. Ore por mim, pois ainda que a intenção tenha sido boa, o resultado parece não ter sido dos melhores. Perdoe-me se lhe feri, se lhe ignorei, se lhe destratei, se lhe faltei com o devido cuidado. Ser empresário, pai, esposo, pastor, estudante, não foi coisa fácil este ano. Além de tudo isto, tem tudo o que sou e que não se desgruda de mim...
Não sei o que será daqui para frente. A coisa que acho que melhor sei fazer na vida é pregar o Evangelho. Vou continuar fazendo isto; não sei onde, não sei com quem, mas é certo que continuarei a fazê-lo.
Desejo-lhe de todo o meu coração um feliz natal e um próspero ano novo! O meu, este ano foi horrível, mas Deus me consolou de todas as minhas lamentações e me curou de minhas enfermidades, fez sobressair sobre mim a Sua luz e raiar sobre a minha face a Sua justiça. O que poderia eu desejar mais?
Por fim, não me responda nada. Seu silêncio me fará mais bem do que suas palavras. Se gostou, ótimo! Se não, CRTL + ALT + DEL. Ninguém me moleste mais por coisa alguma, pois eu já estou nisto há muito tempo e, penso, ganhei, ao menos, o direito de ser ouvido e respeitado, ainda que você não concorde com absolutamente nada do que disse.
Em Cristo,
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