“Terrivelmente evangélico”. O que significa o termo? O que quer dizer? À primeira vista, alguém arraigado, disciplinado, fiel as leis e aos costumes que fazem parte desta confissão, o indivíduo que guarda os valores e princípios de uma parcela de cristãos que hoje representa cerca de 48,0 milhões de pessoas em nosso país.
“Terrivelmente evangélico” designa o sujeito que optou pela ortodoxia doutrinária, pela plástica comportamental, pelos rigores das etiquetas estéticas, pela interpretação literal do texto sagrado. Ser “Terrivelmente Evangélico” é ser, por exemplo, contra a homoafetividade, a heteronormatividade, a liberdade de culto de outras crenças, sobretudo as de matriz africana, e a possibilidade de que Deus salve outras pessoas que não as que fazem parte de seu grupo.
Para ser “Terrivelmente Evangélico” você tem que colocar a bíblia acima da ciência, tem que acreditar em fantasias supostamente espirituais, em transes catárticos, em profecias mirabolantes, em visões esquisitas e, pior, enfatuadas, no dogmatismo, no fundamentalismo, na teoria da conspiração, em análises geopolíticas hegemônicas, em triunfalismo belicioso, em teocracia política, e no fato de que “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”.
Mas, acredite, tudo isso que estou colocando aqui ainda é muito pouco para definir o que, de fato, seja ser “Terrivelmente Evangélico”. Essas questões, por assim dizer, são miudezas, são apenas a epiderme de um fenômeno muito mais profundo, complexo e, aí sim, terrivelmente poderoso em sua capacidade de destruir pessoas. Quer saber mais? Assista a mensagem!
Perseverança
Há 6 dias
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