Sim, “palavrão” não é você dizer “porra”, “puta que o pariu” ou “caralho” como fruto de um vício de linguagem ou ato falho, isso é, quando muito, falta de educação, sobretudo em determinadas circunstâncias.
Quando Paulo fala aos Colossenses sobre um tipo de linguagem inadequada ao discípulo de Jesus, ele coloca o tema dentro de um contexto mais amplo: "Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar." Colossenses 3:8.
Perceba que a “linguagem obscena” está sendo comparada a coisas que acontecem como fruto de algo que está presente no coração, é, portanto, uma fotossíntese daquilo que está na alma, ou seja, “palavrão” é tudo que vem carregado de impressões e sentimentos do coração, a “palavra”, nesse sentido, nada mais é do que a materialização fonética de algo que acontece intrinsecamente nos escaninhos do ser.
Jesus nos deu uma explicação muito concisa, sobre algo parecido, quando tratou do homicídio subjetivo, aquele assassinato que não é fruto de um tiro de revolver, mas que, pela via do ódio elaborado no íntimo, fuzila o outro da mesma forma.
Eu não falo “palavrão” desde minha adolescência. De fato, eu tinha uma “boca suja”, por assim dizer, ainda que minha alma estivesse limpa, mas o poder da revelação do Evangelho me levou rapidamente a perceber que era preciso encontrar outras formas para me expressar.
Paulo nos ensinou isso em 1ª Coríntios 13 quando afirmou: “Quando eu era menino, falava como menino...”. Sim, excesso de “palavrão”, quando muito, é meninice, coisa que deixa a gente a medida que nos tornamos homens e mulheres na consciência da fé e do Reino.
O mais, meus manos, é fuleragem de quem, não raro, tem linguagem irrepreensível, cheia de galanteios e salamaleques, mas o coração cheio de maledicência e maldade. Nesses casos, não há outra coisa a dizer, é "foda" mesmo...
Carlos Moreira
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