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16 dezembro 2010

Só pra vomitar a solidão mais um pouco!

Hoje eu acordei sem entender porque. Acordei por acordar. Assim sem uma razão aparente. Eu só acordei, pronto. Foi o suficiente para perceber que eu não sei o porquê desse relógio ao lado da cama, desses papéis pra assinar, dessa louça pra lavar. Hoje eu chorei sem entender o porque. Chorei só por chorar. Assim sem um motivo plausível. Eu só chorei, ponto. Quando eu choro, o meu estomago chora junto comigo. Quando eu acordo, o meu medo abre os olhos e lamenta o dia seguinte. Só me resta ir ao banheiro e vomitar a solidão embrulhada aqui dentro. O espelho sorri do meu desespero e o telefone me lembra o quanto sou necessária ao mundo lá fora. Ele toca como se dissesse: """"se toca"""". Sim, as pessoas precisam de mim. Até às 18h00. Depois disso, meu mundo silencia e só me resta fazer uma prece para que meu sono chegue logo e dure o tempo da eternidade. Ou, pelo menos, que dure até às 8h00 da manhã do dia seguinte. É quando acordo sem entender o porque. Acordo assim só por acordar. Sem razão aparente ou motivo plausível. Só pra vomitar a solidão mais um pouco, em pausas, entre um alô e outro. Mas, calma: """"é só até às 18 horas"""", penso comigo.

Maíra Viana através do blog Maíra Viana 

Maíra Viana é escritora, jornalista, poetisa e faz parte de cena cultural e artística de São Paulo. Além disto, é minha prima e eu a amo muito. Depois de vê-la menina, só a descobri mulher! Vez ou outra sua poesia urbana vai pintar por aqui...

2 comentários:

Poderia ter sido escrito por mim ... Nos últimos dois meses, só tenho vivido assim, depois que meu relacionamento de dois anos e meio acabou. A diferença é que levanto da cama assim e caio de joelhos pedindo a Deus força e misericórdia. Creio que Sua Companhia tem me mantido viva, pois por vezes sinto que a morte seria um alívio, ainda mais se fosse pra repousar eternamente na presença de Deus. Fato é que sempre me pego desejando tanto que o noivo volte, que peço a Deus que me faça esse milagre, e eu nem sei se posso fazer esse tipo de oração a um Deus tão grande, a quem já devo tanto, por ter me salvado, me libertado, me abençoado, o que sinto é que diante dEle deveria passar os dias inteiros somente agradecendo por tudo. Mas hoje, especialmente, meus sentimentos humanos são mais fortes que tudo, e a única coisa que realmente me faria feliz, seria ver o sorriso da pessoa que ainda amo. Deus entende?

Como bem disse a Srta Li, este texto podia ter sido escrito por qualquer um de nós, em algum momento de nossas vidas. Não é a solidão física que incomoda e sim o sentir-se tragado pela cidade grande tal qual um cálice de vinho tinto que bebemos de um gole; são as nossas misérias pessoais que às vezes vêm à tona com a voracidade de um lobo faminto; são as inquietações existenciais com suas interrogações sem resposta aparente muito embora nosso esforço para tentar compreendê-las como se disso dependesse o sentido da vida. Vomitar a solidão dá uma sensação de alívio, de leveza, que nos permite atender ao telefone e começar tudo de novo, todo dia.
Charlito e Maíra, quando eu crescer quero ser igualzinha a vcs. rsrsrsrs
Amo vcs,
Tita

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É importante esclarecer que este BLOG, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). Além disso, cabe salientar que a proteção legal de nosso trabalho também se constata na análise mais acurada do inciso VI, do mesmo artigo em comento, quando sentencia que "é inviolável a liberdade de consciência e de crença". Tendo sido explicitada, faz-se necessário, ainda, esclarecer que as menções, aferições, ou até mesmo as aparentes críticas que, porventura, se façam a respeito de doutrinas das mais diversas crenças, situam-se e estão adstritas tão somente ao campo da "argumentação", ou seja, são abordagens que se limitam puramente às questões teológicas e doutrinárias. Assim sendo, não há que se falar em difamação, crime contra a honra de quem quer que seja, ressaltando-se, inclusive, que tais discussões não estão voltadas para a pessoa, mas para idéias e doutrinas.

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