Quando em 1960, Manfred E. Clynes usou o termo “Ciborgue” – um ser dotado de partes orgânicas e cibernéticas – já se referia a possibilidade de se estabelecer uma conexão entre os seres humanos e as máquinas, entrelaçar mente e matéria, o que abriria uma nova fronteira para a civilização. Hoje, olhando para as possibilidades da biomecânica, da engenharia genética e da inteligência artificial, percebemos o quanto Clynes foi assertivo em suas considerações. Ora, além das questões técnicas e éticas que envolvem essa grande revolução, meu olhar deseja ir em direção a um campo pouco considerado nestas circunstâncias: as implicações espirituais e psicossociais. Que estamos diante de uma nova era, onde os seres serão meta-gênero, não há mais dúvidas, é só olhar a anatomia do que ocorre nesse tempo do ponto de vista das questões da identidade sexual. Mas o que se nos apresenta, conjuntamente, é a hibridização do ser humano com as máquinas, algo que vai alterar violentamente a maneira como a sociedade humana viverá nos próximos séculos. Será o fim da civilização como a conhecemos hoje, sobreposta que será pelo despertar de uma nova civilização. Mas qual a fenomenologia que está por trás de tudo isso? Como identificar o processo e discernir os seus desdobramentos e impactos sobre o mundo? E o mais importante: isso será bom ou ruim para as nossas vidas? Questões complexas que exigem um olhar cuidadoso, mas nós vamos em busca das respostas, olhando para as Escrituras e analisando o que Deus tem a nos revelar sobre tudo isso. Será que começamos a viver o tempo sobre o qual Jesus afirmou: “O amor se esfriará de quase todos”? Assista e tire suas próprias conclusões.