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Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23.

24 abril 2011

Jesus Está Vivo!


Queridos amigos leitores da Nova Cristandade, desde quinta-feira tenho feito pequenas reflexões tentando seguir o que aconteceu em cada um dos dias que antecederam a ressurreição. Mas hoje, meu desejo é cantar, e não escrever. Compartilho com vocês a música "Jesus is Alive" de Ron Kenoly. A tradução está logo abaixo. Espero que gostem do vídeo e da música. Aleluia, Ele ressuscitou! Um abraço do amigo Carlos Moreira.






Jesus Está Vivo

Ron Kenoly

 

Pois toda a terra tremia
O sol escondera sua face e
Todos os homens que andavam com ele
Se viraram e fugiram
Eles crucificaram seu Salvador
E o sepultaram
A vida que uma vez
Trouxe amor e esperança
Se foi naquela tarde
Satana´s se vangloriava com prazer
Naquele dia no Calvário
Pois pensara que vencera
Uma grande vitória
E assim como ele, todos os demônios
Do inferno aplaudiram
Mas eles mal sabiam
Que seu fim estava próximo

Porque no domingo bem cedo
Como Jesus havia dito
Ele quebrou o curso
Do pecado e da morte
E ressurgiu dos mortos
Agora temos um novo começo
E um reino qeu não tem fim
Aleluia! Aleluia!

Aleluia!
Jesus está vivo!
A morte perdeu sua vitória
E o túmulo foi rejeitado
Jesus vive eternamente
Ele vivo está! Ele vivo está!

Ele é o alfa e o ômefa
O primeiro e o último ele é
O curso do pecado foi quebrado
Temos liberdade perfeita
O cordeiro de Deus ressuscitou
Ele vivo está! Ele vivo está!

Ele é o autor e
O consumador da nossa fé
A pedra qeu foi rejeitada
Hoje é a pedra angular
A morte não tem mais sua vitória
E o túmulo não tem mais sentido
Aleluia! Aleluia!

Maravilhoso Conselheiro
Um Deus poderoso ele é
O Pai da Eternidade
Ele é o precioso Príncipe da Paz
É o Verbo que vive para sempre
Ele vivo está! Ele vivo está!

(Tradução: letras.mus.br)

23 abril 2011

Dá Licença, mas Eu não vou Rodar no Carrossel do Destino


Hoje é sábado e, conforme as Escrituras, Jesus neste dia estava sepultado. Depois de três anos andando e pregando por toda a Palestina, fazendo milagres, ressuscitando mortos e expulsando demônios, enfim, haviam dado cabo dele, a cruz tragara-lhe a vida e o túmulo guardara-lhe o corpo.

Fico imaginando as conversas em Jerusalém, nas casas, nas ruas, nas esquinas, no Templo... Todas as especulações levavam Jesus ao ridículo: “salvou a tantos, mas não pôde salvar-se a si mesmo”. Até os seus “...discípulos o abandonaram e fugiram”. Não havia mais o que se fazer. “The Dream is Over!” – O Sonho Acabou.

Como sabemos a história sempre é contada pelos vencedores. É provável que Pilatos, naquela manhã, tenha se gabado de ter posto fim a mais um motim judeu. Herodes, em seu palácio, dava gargalhadas e dizia: “vão ver agora onde está o “Rei dos Judeus””. O sinédrio, quem sabe, realizou uma reunião extraordinária para comemorar a articulação e execução do “plano perfeito”. Judas havia se enforcado. Pedro remoia-se em seu desespero. Cada habitante de Jerusalém tinha sua própria história e fazia suas próprias conjecturas.

Mas ainda havia o mundo espiritual, os principados e potestades. O que teria se passado nesta dimensão? Será que os demônios estavam de porre pela celebração que começara na sexta feira, quando Jesus rendeu o espírito, varou a madrugada do sábado e entrou dia adentro? Imagino o inferno, apinhado de demônios, todos celebrando a “vitória” – o Filho de Deus está morto!

Eu não sei se você já pensou, mas se tudo isso tivesse terminado dessa maneira, se aquele túmulo pudesse ter contido a Jesus, o Cristo, nossa história seria muito diferente... Sim, porque sem a ressurreição de Jesus, toda a existência seria roleta russa, submissão ao acaso, subserviência ao destino, um jogo de sorte ou azar, seria como lançar dados numa mesa e torcer para que a combinação certa acontecesse.

Sem Jesus estaríamos entregues a nós mesmos, as nossas próprias dissoluções, as nossas incongruências e interjeições. Sem Jesus não haveria possibilidade de arrependimento, de novo nascimento, de reconstrução da consciência, pois, sem Ele assentado a destra de Deus, ressurreto e glorificado nos céus, o Espírito não teria sido enviado a Terra, nem derramado em nossos corações, que foi o que nos possibilitou um novo começo.  

Se o sábado tivesse se constituído no epílogo desta “saga”, não haveria, para nenhum de nós, e para ser humano algum, em qualquer tempo, a possibilidade de sonhar com a experimentação da eternidade, nós estaríamos fadados a nos transformar apenas em cinzas e silêncio, voltaríamos irremediavelmente ao pó, o “sopro de vida” que um dia recebemos apagaria como uma vela ao vento, e todos iríamos ao encontro do nada, seríamos transformados no não-ser.

Sem Jesus, tudo o que nos restaria seria rodar no carrossel do destino, pois o texto de Paulo aos Romanos não se aplicaria a nós – “pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmão. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou”. Sim, sem Ele não haveria justificação, eu e você ainda teríamos de oferecer o sangue de animais sacrificados para podermos ser aceitos diante de Deus.

Mas fato é que o sábado passou e o domingo trouxe consigo um novo amanhecer, a ressurreição e a vida, a vitória e a salvação! Paulo nos diz em Filipenses “pois que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”.

Quero concluir com as palavras da parábola do filho pródigo. Terminarei desta forma, pois é assim que me sinto, como um que era indigno e que, caindo em si mesmo, retornou para casa. No meu imaginário, estas palavras do texto não se aplicam só a mim, mas creio que o próprio Jesus as tenha ouvido da boca do Pai ao retornar aos céus: “vamos celebrar, pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado”.

Carlos Moreira

22 abril 2011

Tetelestai!



Meu pai faleceu em 2006, vítima de um câncer no fígado. Durante 13 anos pagou religiosamente em dia um determinado plano de saúde para que, quando viesse a precisar, pudesse usufruir de seus benefícios. Certo dia ele me ligou e, com voz cansada, disse: “filho, eu não estou bem, leve-me ao hospital”. Em alguns instantes estávamos diante de um diagnóstico desalentador: peritonite aguda, uma infecção generalizada no abdômen.

Quando meu pai estava entrando no elevador para se dirigir ao quarto, o hospital impediu-o de subir, pois o plano de saúde havia negado a internação. Eu sabia que aquele era um caso de vida ou morte. Não tive dúvidas, levei-o ao hospital público mais próximo e internei-o para que pudesse ser atendido.

Paralelamente, entrei com um mandato de segurança para poder removê-lo de volta ao outro hospital ao qual ele tinha direito pelo plano. Foi uma luta imensa, mas lembro-me quando cheguei à enfermaria na qual ele estava com o despacho do juiz nas mãos para dizer-lhe, com lágrimas nos olhos: “está feito”.  

Em dias como o de hoje, fico imaginando o sofrimento de Jesus em seus últimos momentos. Mas também imagino o sofrimento do Pai, pois Ele sofria não só por aquele Filho dependurado entre o Céu e a Terra, mas por todos os outros pendurados nos madeiros da vida, crucificados pelas injustiças dos homens, trucidados pelo poder destrutivo do pecado, privados da luz pelas trevas, chicoteados pela miséria, pela dor, pelo abandono, coroados com coroas adornadas de espinhos de rejeição e de preconceito.

Sim, naquela tarde sombria do Gólgota, um Deus agonizava na Terra e os outros dois agonizavam nos Céus. Mas após aquelas três horas de intenso sofrimento, a frase que ecoava desde a eternidade – pois “o Cordeiro foi sacrificado antes da criação do mundo” – materializou-se historicamente na voz frágil do Profeta de Nazaré: TETELESTAI! “Consumatum Est
”. Está Feito! Está Consumado!  

Tetelestai é uma palavra grega que era bastante utilizada nos dias de Jesus, pois estava presente em alguns fatos da vida cotidiana das pessoas. Outra peculiaridade, além desta, é que ela podia assumir mais de um significado, conforme a ocasião requeria.

Tetelestai era usada como expressão quando um artista ou escritor concluía a sua obra. Caio Fábio afirma que antes de Deus dizer “haja luz!”, Ele disse: “haja cruz!”. No derradeiro momento do calvário, Deus concluiu o plano de salvação escrito na eternidade, Ele terminou a obra que vinha “pintando” desde o paraíso, finalizou, finalmente, o “quadro”, e assim devolveu ao homem a chance de se reconciliar com Seu criador.

Tetelestai era utilizada também quando o servo terminava um trabalho e o comunicava ao seu Senhor. Jesus sempre foi categórico em dizer que não estava a serviço próprio, mas fazia apenas aquilo que era da vontade do Pai. Até na hora da morte, quando pediu: “se possível passa de Mim este cálice”, declarou resignado logo em seguida: “mas não se faça a minha vontade, mas a Tua”. Ele foi tentado em todas as coisas e em nada caiu, cumpriu a Lei, fez o que lhe foi requerido e, no tempo e na hora exatos, terminou o trabalho que lhe fora confiado.

Outra aplicação para Tetelestai, dita em seu correlato aramaico ou hebraico pelos sacerdotes do templo, era quando um animal era oferecido em sacrifício. Após um exame minucioso, não sendo achado qualquer defeito ou mácula, o sacerdote declarava: Tetelestai. Naquela cruz estava o cordeiro pascal – “eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” – sem mancha, sem mácula, sem defeito, pois, como ovelha muda, foi conduzido até os Seus tosquiadores, ofereceu-se em sacrifício uma vez por todas e, “por meio de Suas pisaduras nós fomos sarados”.

Finalmente, Tetelestai ainda significava o resgate final de uma dívida. Era um termo usado pelos mercadores para designar que o débito fora totalmente pago. Por isso o apóstolo Paulo afirma aos Colossenses: “Ele cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz”,

Eu não sei se a data de hoje coincide com a sexta-feira da paixão. Isso para mim é totalmente irrelevante. O que me importa é que houve na história da humanidade uma sexta-feira em que o Filho de Deus esteve pendurado numa cruz, derramando Seu sangue para que o Pai pudesse perdoar aos homens os seus pecados e não imputar-lhes as suas transgressões. Por isso, neste dia de hoje, a coisa mais importante que eu posso lhe dizer neste artigo é: TETELESTAI! 

Carlos Moreira

21 abril 2011

A Ressurreição Transformou-se num Feriado!




As estradas de São Paulo estão intransitáveis. Pudera, com o feriadão pela frente todo mundo desceu para o litoral. No carnaval estive por lá. Fui para São Bento do Sapucaí, uma cidade serrana. Sete horas de viagem que poderiam ter sido feitas em duas e meia. Aí tinha o trânsito...

Mas o “fenômeno” não acontece só em Sampa não! Em todas as cidades do Brasil está todo mundo de malas prontas, seja para ir à praia, seja para ir ao campo, seja até para estar em clubes de veraneio próximos a cidade, pois a ordem é sair de casa, da rotina, buscar um pouco de descanso, afastar-se da asfixia provocada pelos grandes centros.  


Como pastor tenho testemunhado algo desalentador: o esvaziamento das igrejas no feriado da “semana santa”. Na celebração da data mais importante do cristianismo, as pessoas preferem estar se bronzeando no sol, andando de cavalo, tomando banho de piscina, fazendo rapel, subindo em dunas, relaxando no ofurô, ou visitando lugares pitorescos e históricos. Sim, com tristeza constato que a Ressurreição transformou-se num feriado!


Que o nosso povo não tem memória, isto já é fato consumado. Basta olhar para o Congresso Nacional e ver que ele se dá ao desplante de trazer de volta ao poder corruptos e estelionatários contumazes. Que os nossos heróis são esquecidos, e aqui cabe citar Tiradentes, que foi esquartejado em busca de ideais de liberdade, e que tem a sua morte lembrada no dia de hoje, 21 de abril, tudo bem, pois heróis precisam ser altruístas, eles não necessitam de reconhecimento. Mas o que falar da morte e Ressurreição do Filho de Deus? Era para passar incólume também?


Quando olho os cultos esvaziados das congregações em todo o país, chego à triste conclusão de que o coelhinho da páscoa possui mais admiradores e notoriedade do que o próprio Jesus. E o Rubinho Pirola, com seu humor peculiar, provoca no seu cartoon postado no Genizah: “coelhinho da páscoa o que fizestes por mim?”.


É triste ver que a vida que levamos não nos permite mais parar para refletir, orar, jejuar, agradecer, celebrar, dimensões vivenciais da fé que fazem do cristianismo uma religião de esperança, de conforto, de reconciliação, pois é fato que, naquela cruz, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens os seus pecados”.


Mas que importa tudo isto? Qual a relevância disto para mim hoje? Agora? O que está feito, está feito? Valeu Jesus! Brigadooooo! Mas, aqui pra nós, deixa eu curtir meu feriadão que eu não sou santo e, se fosse, seria santo de barro, portanto, vai “devagar com o andor” que eu posso “quebrar”, sobretudo se não descansar...


No domingo, em nossa comunidade, teremos 4 cultos. O primeiro deles é às 6:00h. da manhã. Chamamos de Culto da Ressurreição! Em seguida, virão os cultos normais, pela manhã, tarde e noite. Mas quantos estarão por lá? Sinceramente, não sei.


O que sei é que quando a Ressurreição se transforma em feriado, a cruz vira artefato histórico, o sangue vertido torna-se bizarrice romana, a morte passa a ser mito, o plano de salvação constitui-se dogma, a fé descamba para o fanatismo, a ceia é “transubstanciada” em ovo de páscoa e, Jesus, creia-me, é substituído sem grandes constrangimentos pelo incomparável coelhinho.

Diante de tudo isto, eu me pergunto: fazer o quê? Feliz Páscoa para você...

Carlos Moreira

19 abril 2011

Destruir para Construir-se


“Alguns dos seus discípulos estavam comentando como o templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus. Mas Jesus disse: Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”.
Lc. 21:5-6.






É comum os homens se impressionarem com a“opulência” da religião. Não foi diferente com os discípulos de Jesus. Eles conviviam todos os dias com o “Templo” que se movia, pois o sagrado havia tomado forma humana e se revestido de sangue e suor.

O verbo havia encarnado, deixado de ser palavra para constituir-se em ação, transmutara-se do metafísico ao físico, do transcendente para o imanente. Não obstante tudo isso, eles ainda se extasiavam com o aparente...

Também pudera! Ali estava o Templo! Suas pedras chamavam a atenção pela grandiosidade! Contudo e, intrigantemente, mesmo possuindo milhares delas engenhosamente arrumadas, faltava uma única para poder dar-lhe significado e propósito: a “Pedra Angular”.

Na verdade, ali não estava apenas uma imponente construção, mas o símbolo máximo de um sistema religioso cuidadosamente construído e que levara gerações para calcificar os mitos do sagrado de Israel.

Um coração quebrantado, todavia, era capaz de discernir que aquele lugar estava vazio, pois revestia-se de liturgias ocas, dessignificadas, constituía-se apenas obra de engenharia, mas não possuía qualquer possibilidade de produzir vida.   

Diferentemente de seus discípulos, Jesus não se impressionou com o Templo. Ele sabia que tudo o que ali era feito não passava de “sombras”, projeções vagas do que, de fato, possuía valor para Deus.

Se usássemos Platão, poderíamos dizer que o que ali se fazia era apenas a reprodução de imagens, hologramas do mundo das ideias, imitações do verdadeiro sagrado, o qual estava “no alto” e, por sua vez, era constituído de outra inteligência e vontade, com valores e princípios diferentes.

Nós, não raramente, achamos que as formas podem nos levar a experimentar os conteúdos. Equívoco! Eis o Templo, com seus artefatos de prata, de bronze, altar de incenso, local para sacrifícios, propiciações, turnos de oração, levitas entoando canções, gazofilácio para os dízimos, cultos diários, mas tudo não passava de moldura, era arquétipo de uma espiritualidade almejada, mas jamais vivenciada.

Aquelas práticas estavam enraizadas na tradição, mas suas raízes eram incapazes de chegar ao coração, pois a mente estava cauterizada, os sentido embotados, as ações mecanizadas, tudo havia se tornado vã repetição, sacrifício de tolos, devoção empírica, religião de exterioridades.

Naquela manhã, Jesus anteviu a destruição do Templo e a profetizou. Anos mais tarde, em 70 d.C, o general Tito entrou em Jerusalém e dele não restou pedra sobre pedra.

Mas a verdadeira destruição já havia se processado bem antes, pois apesar das pedras manterem a “casa” de pé, por dentro dela não se podia encontrar o Espírito, o qual, por meio da fé, mediante a graça, é o único capaz de produzir arrependimento e nos levar à salvação.

“Destruir para construir-se”. A frase não é minha, mas de Nietzsche. Está em Crepúsculo dos Ídolos, um de seus últimos escritos. Com uma “fúria” insuperável, ele ensina como se “filosofar com o marte-lo” e parte para a destruição de tudo o que tenha se constituído, de alguma forma, iconoclasta. Eis aí o grande problema da religião: a construção em série de ídolos!

“Quem perder a sua vida, por amor de mim, acha-la-á”.

Sem morte não pode haver vida! Sem desconstrução não existe ressignificação! Jesus morreu por volta do ano 30 e o Templo de Jerusalém foi arrasado 40 anos mais tarde. Enquanto um santuário, pela destruição, fechou as suas portas, o outro, pela mesma via, abriu-as por toda a eternidade.

A mensagem do Nazareno não pôde ser destruída, nem mesmo contida, espalhou-se por todo o mundo, de casa em casa, nas esquinas das ruas, nos becos, nas estradas da Palestina, em cada cidade ou vilarejo.

As portas do Reino dos céus foram escancaradas, pois Deus não estava confinado ao Templo, muito pelo contrário, havia resolvido andar com os homens, com aqueles que desejassem adorá-lo em Espírito e em Verdade. E Seu convite era irrecusável: “Vinde a Mim...”.

Creio firmemente que o cristianismo, na sua concepção atual, tornou-se um ídolo, precisa morrer, destruir-se para construir-se. Sim, precisa deixar as formas caducas e dogmáticas para que possa se encontrar novamente com os conteúdos da mensagem de Jesus de Nazaré.

Para tal, todavia, é preciso diluir-se, para que a verdadeira religião possa, mais uma vez, surgir. Sim, aquela da qual nos fala Isaías, que “solta as ligaduras da impiedade, desfaz as ataduras do jugo e deixa livre os oprimidos”.



Carlos Moreira

18 abril 2011

O que o coelhinho tem a ver com as calças?


Rubinho Pirola via Genizah

06 abril 2011

Envelheça Enquanto Ainda há Tempo


Muitas pessoas não chegam aos oitenta porque perdem muito tempo tentando ficar nos quarenta”. Albert Camus.


A imortalidade e a eterna juventude são sonhos míticos da espécie humana. A procura da fonte da juventude é assunto desde os mais antigos escritos. Por outro lado, o fenômeno da velhice, estudado e constatado de forma sócio-histórica e psicológica, está presente em todas as épocas e lugares, fazendo parte da evolução das civilizações.


A velhice, já está mais do que provado, possui associada a si o componente preconceituoso e estereotipado de uma fase do desenvolvimento humano marcada por acontecimentos negativos e fatos indesejados. A verdade é que ninguém quer envelhecer. Mas, felizmente, ou infelizmente, envelhecer não é uma opção, mas um destino. Como escreveu Goethe: "A idade apodera-se de nós de surpresa".


Tenho ficado impressiona ao ver o que muitos tem feito para evitar a velhice. Algumas destas coisas, inclusive, beiram o absurdo. Estamos na era da imagem. Ela está na TV, no computador, no celular, no cartaz, na revista, no letreiro... Em todo canto, para onde nos viramos, tem uma imagem. Você já ouviu a expressão “sair bem na foto”? É a tônica dos nossos dias. Não importa quem você é, o que você faz ou como você vive, o importante mesmo é “aparecer bem na foto”. O resto disfarça-se, pois é melhor parecer ser, do que ser de verdade.


Mas o tempo é inexorável, ou como disse Ovídeo, é o “devorador das coisas”. De que então ele nos serve? Qual o seu propósito na existência? Terá ele apenas esse mórbido prazer de nos mostrar que já não somos mais o que um dia fomos? Talvez... O tempo faz destas coisas, pois “o que o ele trás de experiências não vale o que leva de ilusões”. Jules Petit-Sen.


Pois bem, tratando desta questão, acabo me lembrando de dois textos das Escrituras que me servem muito bem como exemplo. O primeiro é Atos 7:58, que diz: “E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo”; e o segundo é Filemom 1:9: “prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus”. Entre o “jovem Saulo” e o “velho Paulo”, uma história de vida surpreendente e, em cada pedacinho dela, a força irresistível e inexorável do tempo.


Paulo sempre me fascinou. O “jovem Saulo” me assusta, mas o “velho Paulo” me inspira. Entre um e outro a maravilhosa obra que o Espírito Santo realiza na existência daqueles que desejam se parecer com Jesus, cumprindo assim o propósito de Deus em suas vidas.  


Saulo de Tarso era um jovem judeu, fariseu, zeloso e guardador dos mandamentos. Homem letrado, culto e poliglota, foi aluno de um dos maiores filósofos do seu tempo, o extraordinário Gamaliel, doutor da Lei e membro Sinédrio. Por ter nascido em Tarso, ganhou o direito de ser um cidadão Romano, o que no mundo antigo era algo importantíssimo.


Saulo era notável! Sem dúvida alguma, foi o homem mais influente do primeiro século depois de Jesus Cristo. Inteligente, impetuoso e estrategista, via no Evangelho uma grande ameaça a religião judaica e, por conta disso, encampou como desafio pessoal perseguir os cristãos com o objetivo de encarcerá-los. Ao depois, quando do julgamento, retornava para dar o seu parecer. Foi desta forma que se tornou peça fundamental na morte do diácono Estevão, o primeiro mártir do cristianismo.


Mas Deus tinha outros planos para este homem... E assim, numa viagem a cidade de Damasco, ele vê uma luz brilhante vinda do céu e ouve uma voz que lhe diz: “Saulo, por que me persegues?”. Cego, desnorteado, sem compreender o que lhe acontecera, foi orientado a ir até a casa de um discípulo chamado Ananias, onde foi batizado e recuperou a visão. Daí em diante, Saulo sai de cena e dá lugar a Paulo, o homem que “transtornou o mundo” de seu tempo com a pregação do Evangelho e a abertura de Igrejas. O apóstolo dos gentios, como era chamado, escreveu mais da metade do Novo Testamento e tornou-se o grande sistematizador das doutrinas de Cristo nos primeiros anos da era cristã.


Ser Saulo era uma coisa; ser Paulo era outra. Mas o apóstolo só descobriu isto caminhando no Caminho. Apesar de sua conversão, ele não era um homem fácil, pois possuía como grande adversário seu próprio temperamento. Essa característica pessoal lhe custou diversos desentendimentos e a perda de muitos companheiros e amigos, além, é claro, da conquista de poderosos inimigos.


Na ficha corrida de Paulo estão acontecimentos dos mais diversos. Ele se desentendeu com Barnabé por causa de João Marcos, discutiu com Pedro e Tiago, amaldiçoou Alexandre o latoeiro e lançou sobre Elimas, o mágico, uma cegueira temporária. Ao final da vida, parece que apenas Lucas o suportava, pois afirmou certa vez: “todos me abandonaram”.  Na Igreja de Corinto, por causa da impureza, sugeriu que se entregasse a alma dos que tais coisas praticavam a Satanás e enfrentou em toda a Ásia a fúria dos judaizantes. Esteve em perigo de morte várias vezes; foi 2 vezes açoitado, fustigado com vara, apedrejado, 3 vezes vítima de naufrágios, além de ter andado em fome, nudez e solidão. Tantas foram as suas agruras que na carta aos Gálatas disse “ninguém mais me moleste, pois já trago no meu próprio corpo as marcas de Cristo”.


Mas como diz o ditado, “numa maratona o importante não é como você começa, e sim como você termina”. Paulo, o velho, termina os seus dias de forma bem diferente de Saulo, o jovem. Lembrei de Eclesiastes: “melhor é o fim das coisas do que o seu princípio”. No fim de sua vida, Paulo era um homem manso, humilde, quebrantado, totalmente transformado pelo Espírito de Deus. Dizia “tanto sei ser humilhado como também ser honrado... tenho experiência de fartura e de fome, de abundância e de escassez. Sua morte trágica – decapitado pelo imperador Nero em Roma – não determina o fim de seus dias, mas apenas o extraordinário início de sua verdadeira vida, de sua existência na eternidade, o encontro com o propósito eterno para o qual ele foi criado. 


Saulo, o jovem, Paulo o velho. Entre estas duas personagens, vividas pelo mesmo homem, o tempo. Os anos se passaram e acabaram por produzir nele uma transformação maravilhosa. Paulo aproveitou a dádiva de envelhecer permitindo que Deus esculpisse nele um caráter inquebrantável, pois sua vida foi moldada como o oleiro molda o vaso.


Que bom seria se a velhice de todos os homens pudesse produzir o que produziu em Paulo: sabedoria, quietude, generosidade, pacificação interior, graça, poder de Deus, unção do alto. Como tudo na vida tem seu tempo próprio, há também o tempo de envelhecer. Por isso, digo sem temor: “estou envelhecendo enquanto ainda há tempo!”. É que nos nossos dias a grande maioria das pessoas fica velha e não amadurece, tornam-se idosos infantis.


Affonso Romano diz que a “gente tem a leviandade de achar que os velhos nasceram velhos, que estão ali apenas para assistir ao nosso crescimento”. Simone de Beauvoir, em seu livro clássico sobre a velhice, mostra, entre outras coisas, que “o inconsciente não tem idade e que temos forte tendência a nos comportar, na velhice, como se jamais fôssemos velhos”. E finalmente Cícero, no seu famoso tratado falando da velhice, diz: "Torna-te velho cedo, se quiseres ser velho por muito tempo". 

Já me disseram, talvez como consolo, que a vida começa aos 40. Mas eu discordo! A vida começa a partir do momento em que Jesus 
Cristo, o Senhor, entra na nossa “estrada de Damasco”. Ela começa quando vemos resplandecer em nós a Sua luz e ouvimos a Sua voz em nossos corações! A vida começa quando estamos dispostos a ser discípulos, quando estamos disponíveis para fazer a Sua vontade e andar nos Seus caminhos. 

É um grande engodo achar que a vida começa aos 40. Que nada! Nem aos 40, nem aos 50, ou 60, mas apenas quando Ele, que é o caminho, a verdade e a vida, passa a ser o motivo pelo qual andamos, respiramos, sorrimos, choramos e nos movemos. É certo que caímos, erramos e sofremos, mas, nEle, sabemos, que somos mais do que vencedores!  

Diz Albert Camus, “Os jovens andam em grupo, os adultos em pares e os velhos andam sós”. É a dura realidade de existir. Mas com você não tem que ser assim. Se és jovem, anda em grupos, mas saiba que o tempo de envelhecer já começou. Se és adulto, anda em pares, mas saiba que a velhice está a porta. Se és velho, saiba, este é o melhor tempo da tua existência. Este é o tempo onde Deus pode ser experimentado em “profundidade”, pois o melhor ainda está por vir. Ele começa neste dia, o dia chamado hoje, o dia que o Senhor fez. Por isso você não precisa andar só, pois Jesus disse que estaria conosco todos os dias até o fim dos séculos.


Desta forma, aproveite o que ainda pode ser experienciado, e deixe de chorar por aquilo que você não fez. Este é um dos maiores desperdícios da existência humana: sofrer pelo que não se foi e ansiar pelo que não se pode ser. Viva este dia! Carpie Diem! Deus tem o melhor para você e este melhor começa justamente hoje, agora!

Carlos Moreira

05 abril 2011

A Fila já Andou



Hoje à tarde fui ao shopping; coisa rara. Tinha que comprar um chip para o iPad e aproveitei para pagar uma conta telefônica na lotérica. O que deveria ser uma comodidade tornou-se, na verdade, um suplício. A fila era enorme, gente se apertando de todos os lados num pequeno corredor por trás das lojas.

Depois de meia hora sem sair do canto, eu já estava “viajando”. Minha cabeça, definitivamente, não se encontrava mais naquele lugar. Ouvia ao fundo um “zumbido”, mas ele não podia me tirar do meu “transe”. Foi aí que senti uma “cutucadela” nas costas. Virei-me e vi uma senhora dizendo: “meu filho, preste atenção! A fila já andou”. De fato, a fila andara e eu não havia me apercebido.

Mas não foi só a fila da lotérica que andou... Em quase 30 anos de caminhada, percebo claramente que uma outra “fila" também andou, aquela que me conduz para dentro de mim mesmo. Hoje, constato com alegria que, enquanto caminhava, desconstruí muita coisa que foi “erguida” erroneamente. A verdade é que pouco sobrou... Às vezes releio textos ou mensagens de alguns anos e não os reconheço. “Minha teologia” mudou significativamente nos últimos anos. Dores, perdas e alguns fracassos me tornaram mais humilde, mais quebrantando, talvez, mais simples.

Lembrei do Roberto Corrêa: “o simples é o contrário do fácil”. É muito comum confundirmos simplicidade com simplismo. Ser simples é ser singular; ser simplório é ser medíocre. Tenho pavor da banalidade, da unanimidade. Meu grande medo na vida sempre foi não me tornar alguém, não chegar nunca a ser eu mesmo, não me encontrar comigo.

É por isso que Jesus me fascina! Ele sabia quem era, conhecia o significado de sua existência, compreendia as implicações de sua vocação, seu propósito, discernia o que tinha de fazer, por onde devia andar, com quem precisava se ajuntar. O estilo de Jesus era singular, inconfundível.

Diferentemente de outros mestres, como Platão, que fundou uma academia, ou Aristóteles, que fundou um liceu, Jesus não fundou coisa alguma. Aliás, foi peça fundamental para afundar tradições, dogmas, ritos e mitos do “sagrado” de Israel.

Jesus era desalojado, era como o Pai, “claustrofóbico”, não podia ser “contido”, “aprisionado”. Ia às sinagogas, mas nunca quis ser membro delas, rejeitou a tentação de ser sacerdote, passou ao largo da possibilidade de tornar-se “refém” do Templo, deixou de lado a politicagem do Sinédrio e fez caso das seitas judaicas. Para Jesus, aquilo tudo tinha cheiro de morte, era a religião das aparências, da performance, do embuste, o estelionato do ser.

Por isso a escola de Jesus era na rua, nas esquinas, nos becos das cidades, nas casas, nos ajuntamentos a beira mar, ao pé das montanha ou nas colinas. Seus alunos não eram filósofos letrados, nem rabinos eruditos, muito pelo contrário, entre seus discípulos não havia pessoas com “pedigree”, apenas gente que queria aprender a ser gente.

Se não, observe! Veja se os encontros mais significativos de Jesus não foram com a rafaméia: a prostituta que ia ser apedrejada, os 10 leprosos, Zaqueu o publicano, a mulher do fluxo de sangue, o cego de Jericó, o aleijado do tanque de Betesda, a mulher Cananéia, a viúva de Naim, o endemoninhado gadareno, e outros tantos anônimos, excluídos, oprimidos, perseguidos.          

Lembro da parábola das bodas... Os convidados eram pessoas “distintas”, “nobres”, gente de “importância”, de “destaque”. Mas todos tinham seus afazeres e fizeram pouco caso do convite. Aí o Rei mandou chamar a gentalha, os estorvos, os miseráveis e os bêbados. Se fosse hoje estariam na festa viciados em crak, transexuais, lésbicas, gays, agiotas, traficantes, aidéticos, deprimidos, flanelinhas, e outros “diferentes”. Fico pensando se eu teria a dignidade necessária para me sentar à mesa com essa gente. Talvez não...

Fato mesmo é que Jesus ora estava aqui, ora ali, outra ora sabe-se lá onde. Até seus discípulos, por vezes, o perdiam de vista. Ele era ser errante, não tinha onde reclinar a cabeça, não criava “raiz”, nem amarras, sua casa era o mundo! Quando você pensava que Ele estava vindo, já tinha ido. Para Jesus a fila sempre estava andando, a vida sempre estava fluindo. Mas, desgraçadamente, aquela geração não soube reconhecer aquela “visitação”.

Olho as pessoas nos nossos dias... Elas estão sempre insatisfeitas, reclamando, querem mais e depois mais, buscam a fixidez, o concreto, a segurança, a estabilidade. Enquanto perdem tempo com suas questiúnculas, “a fila anda”, o sonho passa, a vida segue, o tempo voa. É gente insegura, gente ansiosa, gente ingrata, gente irresolvida, gente intemperante, gente que deixou de ser gente, gente que se dessignificou como gente, gente que desaprendeu a ser gente, tornou-se substrato de gente, gente partida, dividida, gente que já não é mais gente.  

Para quem chegou neste estágio, só tenho uma coisa a dizer: “a fila já andou”. Enquanto você se emaranhava com tantas questões fúteis, com tantos projetos inúteis, com tanta megalomania, “a fila estava andando...”. Havia nas esquinas da vida gente precisando de carinho, de afago, de uma mão estendida, de uma palavra de conforto, de uma ação de misericórdia, de uma atitude de solidariedade, de uma decisão corajosa, de uma posição assumida, de uma consciência renovada, de uma alma quebrantada, de um coração expandido. E você, onde estava? Onde eu estava?! Ah, nós estávamos nos templos, nas reuniões, nos encontros religiosos, nas vigílias, nos seminários, estávamos “fazendo a obra”! Mas que obra?! A obra de quem?!

Hoje à tarde eu quase adormeci naquela fila... Agora estou com medo de estar adormecido quanto à existência que me cerca, aos dramas que me rodeiam, as calamidades que acontecem a minha porta, na minha cara, na esquina da minha rua, na frente do meu trabalho, na ponte, na praça, pois nestes lugares é onde estão os bêbados, os mendigos, os gays, os travestis, os maconheiros, essa gente que eu tenho desprezo de olhar, aversão de ouvir, nojo de tocar, medo de sentir.

Entretanto, o grande paradigma em tudo isto é que são justamente estes que Jesus quer que eu convide para a “festa”, pois são eles os mais receptivos a Graça e ao Reino. Agora, se eu não me “tocar” quanto a isto, corro o sério risco de, em algum momento, ouvir dEle: “desculpe filho; "a fila já andou"; tive de usar outro em seu lugar, pois você estava muito ocupado com a sua obra”. Pense nisso...     

Carlos Moreira

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